27 - Coragem

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Nunca sabemos oque nos resta até que o medo de perder tudo venha a tona.

  Abri os olhos, piscando uma, duas, três vezes pra me adaptar a claridade do ambiente, embora eu não o reconhecesse e minha visão estivesse turva

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  Abri os olhos, piscando uma, duas, três vezes pra me adaptar a claridade do ambiente, embora eu não o reconhecesse e minha visão estivesse turva. Meu corpo estava completamente apoiado em algo macio, uma cama... Senti a textura de lençóis finos e frios sob meus dedos.
Minha cabeça latejava um pouco, contornada por uma dor quase petulante. Me sentia frágil, fraca e exporta e conforme eu ouvia vozes aguçadas e meramente conhecidas, percebi que meus sentidos estavam voltando aos poucos.

Deliberadamente notei que eu não estava em um lugar qualquer, que eu não estava deitada sob o chão frio e cheio de cacos que praticamente perfuravam a minha pele. Eu não estava com a cabeça repleta de um sangue que escorria e me lembrava lucidamente de que era meu e quem haveria de ter causado seu derramamento.

  — Céus!! Você acordou!!
 
eu conhecia aquela voz, a voz calorosa preocupada e arrisco dizer que até materna. Minha tia, foquei minha visão agora recuperando ela por completo e percebendo que eu estava em uma sala de hospital, com diversos aparelhos ao meu redor e olhares preocupados e aliviados ao mesmo tempo. Então não se tratava de apenas um pesadelo... Era real.

— Ana! Chame os médicos e avise que ela acordou! — minha tia pediu com os olhos cheios de lágrimas e Ana saiu imediatamente da sala

— Me desculpe tia... — Susurrei juntando cada mínimo de força que tinha em meu corpo

— Não, meu amor — Minha tia deu um rápido beijo em minha mão — está tudo bem, está tudo bem...

— foi culpa minha..

— Escute, não se esforce muito! — pediu ela — você acabou de passar por um baita susto!

— Estávamos todos aflitos! — Alicia foi quem tomou a fala me fazendo olhar pra loira

  Olhei ao redor com o máximo de lucidez que ainda me restava, o ambiente frio, as roupas de hospital, a pequena pressão que sentia em minha cabeça que parecia ser um curativo, a luz alta e já era noite pelo o visto.

— Quanto tempo eu apaguei? — perguntei

Tia Lauren e Alicia se entreolharam de maneira leve, cogitando e conversando entre olhares se era bom ter aquela conversa agora ou não.

— Quanto tempo, tia?

— quatro dias, querida... — Disse ela com tamanha paciência

— quatro dias? — perguntei com o tom bastante surpreso

— Não se esforce Amberly! — disse Alicia — Você acabou de acordar, deve ficar o mais calma o possível.

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