16 - Dia de agradecer

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O dia na casa da minha tia tinha começado de meneira espontânea, ela foi em todos os quartos e acordou todo mundo com um sorriso quase grande o suficiente. Ela abraçava, nos dava beijinhos e dizia o quanto era grata por nos ter em sua vida.
Eu nunca tinha participado de um dia assim, mas dava pra ver a importância elementar que esse dia tinha. Não era um simples dia, era um dia de se parar, refletir e agradecer por tudo. Era magnífico ver que em um mundo hoje consideravelmente tão vandulo, havia pessoas que acreditavam com toda a sua alma no melhor e na bomdade, era um dia de se agradecer a Deus por cada dia que se passou até ali e pedir sua proteção nos próximos a vir.

— O almoço vai ser um uma delícia — Comentou Alicia quanto se deliciava de uma fatia de bolo na mesa

Eu não podia discordar dela, o dia de hoje prometia muito e de certa forma, isso me deixava assustada... Eu estaria mesmo tomando uma boa decisão em chamar Maxson pra cá? Céus, e se alguém expôs-se ela ou se flagrassem ele aqui...
Mas, Max é meu amigo... Eu só queria que ele soubesse que em um dia como hoje sou grata por ter ele em minha vida depois de uma série de desconfianças.

— Mas eai? Quem você chamou? — Alicia perguntou e eu ia responder ela quando uma presença surgiu na cozinha.

Luna e Levy entraram na cozinha aos beijos, os dois estavam em um momento íntimo o suficiente pra não se importar com as demais presenças, mas na verdade... Luna sabia que eu estava lá, ela fez aquilo justamente pra se certificar.

— Se foram se comer, o quarto é lá em cima. — Alicia falou ríspida

Luna deixou apenas um breve selinho em Levy e então olhou pra nois duas com um sorriso presunçoso, enquanto Levy apenas me olhava. Nunca me dirigiu uma se quer palavra e eu agradecia isso.

— Pro seu infortúnio, não pode presenciar a felicidade dos outros né... — Luna provocou

— Se fosse pra presenciar isso — Alicia indicou os dois com a cabeça — Eu preferia no mínimo me interrar de ponta a cabeça.

Acabei rindo do comentário baixinho, mas não baixinho o suficiente pra que Luna não notasse meu ar de ironia.

— Engraçado, sua prima estar rindo de algo assim – Luna voltou seu olhar pra mim — Ela morreria pra estar no meu lugar...

Alicia serrou os próprios punhos em cima da mesa e eu balancei a cabeça em negação. Desacreditada do que acabei de ouvir.

— Está no seu lugar? — questionei — E correr o risco de ser traída por alguém sem caráter algum e sofrer por isso, não obrigada.

Luna mordeu o próprio lábio ficando velha em ódio e ao meu lado Alicia deu um sorriso felino diante das minhas palavras, mas quando achei que Luna quem fosse me atacar, a resposta veio de outra pessoa.

— Cuidado com suas palavras. — Levy direcionou sua fala a mim pela a primeira vez — Luna é mil vezes melhor que você, não tenho razões ou qualquer motivo pra trai-la.

E eu fui atingida em cheio na quele momento. Apesar de manter a postura de alguém intacta, só eu sabia a dor que senti na quele momento ao ouvir aquilo sair da boca de alguém que amei tanto e fiz de tudo pra ser o melhor pra essa pessoa. Alicia ao meu lado foi quem levantou e caminhou em direção a uma Luna com um sorriso vitorioso e a um Levy de ego inflamado.
Eu não tive qualquer ação de impedir que ela os matasse ali se desejasse fazer isso.

— Escuta aqui, vocês dois. — Alicia arrumou sua postura para luando diretamente pra eles . — Estão sob o meu teto, dentro da minha casa. Ou calam a merda da boca, ou vou chutar vocês de volta pro Brasil.

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