5 - Cut diamond of the city II

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Interessante???

  Essa era a denominação mais estupida que eu já vi alguém se referir a mim. Então pra ele eu era uma pobre interessante a qual ele pensou que poderia me impressionar com seu evidente dinheiro e luxo?

   — Não quero seu presente. Preciso apenas do meu celular. — Falei já me sentindo ofendida

O homem a minha frente sorriu de leve, mostrando está meio impressionado com a minha relutância. Talvez não muitas mulheres já tenham negado presentes como esses, no entanto, não sou interesseira. Gosto de ter minhas coisas por minha própria conta, ainda mais se ele não tem nada haver com algo que ocorreu a elas.

— Acho que você não entendeu — Ele disse como um sussurro — seu celular está molhado e bem provável não volte a ligar.

— Eu posso mandá-lo ao concerto, você não tem que se preocupar. — meu tom de voz estava felino

— Senhorita, eu realmente não tô fazendo isso pra impressionar você ou te ofender — Max prossegui — Estou fazendo isso, por que de alguma maneira quando você estava bebada me proporcionou conhecer realidades a qual nem em meus mais profundos pensamentos eu imaginei ter...

— Fico feliz por você, mais eu realmente não preciso ser bajulada.

— Amberly, apenas me escute — Pediu ele com o tom mais forte que eu já vi, sua voz era sensual de mais

  tentei deixar meus pensamentos calmos e não tão agitados como estavam.

— Você é uma mulher sincera, carismática e muito bonita... — Dizia ele — Eu não pedi esse jantar atoa, eu pedi ele por que precisava conhecer você. Queria saber se realmente era aquela mulher a qual vi aquela noite.

As palavras dele me fizeram corar. Eu estive tanto tempo em abestinencia de uma amor falso, sem receber o mínimo que acabei esquecendo a última vez que recebi qualquer elogio de algum homem. Talvez, Ana realmente estava certa. Eu havia me descuidado e esquecido muitas vezes quem eu era, e acabei me perdendo no processo de dedicar tudo de mim a outro alguém.

— Então oque quer? — perguntei — Quer que eu ouça tudo da sua vida e do seu dia a dia pra opinar sobre, como uma espécie de conselheira?

Meu tom estava irritado, eu já tinha visto isso antes. Eu já estive na pele de quem apenas ouvia e nunca falava, Levy me colocou lá muitas vezes...

— Não — respondeu ele — Quero conhecer você, saber tudo que se passa na sua cabeça. Pode parecer loucura, mais pra mim você realmente é alguém interessante. Então não me ouça, apenas fale.

— O...Oque? — meu tom saiu chocado de mais

— Quero conhecer você, senhorita Amberly.

E no momento em que as palavras dele pairavam sobre mim, eu podia ouvir plenamente algo tão singelo surgir. Ele realmente parecia interessado em me ouvir... A troco de que? Os pratos pedidos começanram a chegar a nossa mesa e por mais que mil dúvidas pairassem, eu queria apenas poder ser eu essa noite.

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Eu perdi as contas de quanto tempo havia se passado. Só sei que em um piscar de olhos eu estava rindo feito louca junto a Max, nois dois desfrutávamos de um vinho e pelo menos dessa vez eu não estava rindo por causa do álcool e sim por que eu tive razões libertadoras pra olhar pra trás e usar as recordações como maneiras espontâneas e engraçadas.

— Você não fez isso... — Max ria da história

— Eu era muito inconsequente, minha mãe tinha problemas sérios na minha pré adolescência. — Justifiquei ainda entre risos

— Mais colocar porpurina no banheiro masculino inteiro? — Max ainda estava indignado

— eles brilharam realmente por dias...

Em uma recuperada de fôlego, me permiti olhar pra quela paisagem linda a nossa frente e deixar que minha mente fluísse de volta pro Brasil.

— Se você gostava tanto do Brasil... por que sair de lá? — Uma pergunta bem curiosa

— Tinha que deixar coisas pra trás, problemas em casa... — Respirei fundo — O casamento da minha mãe e do meu padrasto estava por um fim, e ele jogava muito a culpa em mim...

— E por que ele achava isso?

— Roger casou com minha mãe já vindo de um relacionamento terminado, ele trouxe uma filha um ano mais velha que eu... E de todas as maneiras ela... Ela era ou sempre ficou superior a mim. Isso começou a gerar muita confusão, por que a maioria das brigas entre eles era gerada através de pequenos ou grandes desentendimentos entre mim ou ela.

O clima passou de comédia a tenso em poucos segundos. Eu podia sentir uma dor imensa no meu coração ao falar tudo aquilo.

— Minha mãe no começo ficava ao meu lado, e depois, ela passou a pensar que o problema realmente poderia ser eu. Então, a atenção se voltou totalmente a enteada dela. — mordi os lábios

— Isso é tão injusto com você... — Max falou com um tom que parecia conter ódio

— Eu estudei muito, fiz alguns testes de bolsas gratuitas e consegui passar pra uma faculdade aqui. Pretendo fazer o curso de direito e quem sabe logo logo atuar na profissão.

Tentei dissipar o assunto triste mudando ou melhor... Reidirecionando ele a outro rumo que fosse mais leve.

— Então... Como eles reagiram a isso?

— Minha mãe não se importou muito com isso, acho que no fundo ela viu que era o melhor a se fazer. Meu padrasto quase soltou fogos e a filha dele fez questão de comemorar ao lado do meu ex.

— Seu ex? — Max se interrompeu — Então, o tal Levy que ligou diversas vezes era seu Ex?

Desviei meu olhar um pouco constrangida.

— Sim, Levy foi uma das razões pela a qual eu vim pra cá também. Ele me fez muito mal, eu... eu esqueci como era ser amada e ele se aproveitou da minha ingenuidade e da paixão que eu sentia pra me trair com a mesma garota que dividi teto durante anos. A filha do meu padrasto. — Falei de uma vez

Max parecia chocado com tudo que eu contava.

— Ele fez mal a você, você não deve se sentir culpada e nem entrar em detalhes se sentir desconfortável. — Disse Max com um conforto

Sorri por que ele parecia entender que aquilo era difícil de mais pra mim.

— Eu tenho que agradecer por o jantar e pela a conversa agradável... — Sorri ao ver o brilho na queles olhos verdes. — Queria poder não ter feito você gastar tanto...

— Você não fez. — Garantiu — Essa noite foi inestimável, eu que agradeço.

Sorri completamente envergonhada.

— E se quer realmente me agradecer, aceite o celular de presente. Pode ser uma boa ferramenta de estudos pra você e de oportunidades também.

— Max... eu... — tentei falar

— Porfavor, considere um presente de início de amizade.

— Início de amizade? — Perguntei confusa

— Você contou sua vida quase inteira pra mim em duas noites, pensei que pudéssemos ser pelo menos amigos...

Eu rir da questão dele e Max me olhava curioso.

— Sim, claro... amigos. — concordei — Mais pra sermos amigos, eu também tenho que saber um pouco sobre você...

Max riu como se não fosse falar e eu fiz cara feia.

— Meu nome é Maxson Mersyn, gosto de esportes e caminhadas, amo ouvir músicas e me exercitar. — Disse ele pra mim

— Então ta explicado o por que você ficou tão revoltadinho quando falei de futebol, você é fã né... — Brinquei

— Por ai... — Max riu

Por alguma razão, eu tive quase certeza no fundo da minha mente e coração que ali poderia se iniciar uma boa amizade, uma amizade que poderia ser sólida e até mesmo louca pela a forma como começou. Mas, eu estava confiante.

Placar do amor Onde histórias criam vida. Descubra agora