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E aí, galera? Preparados para mais um capítulo?
Capítulo revisado, mas ainda pode conter alguns erros. 
Segue o capítulo e já aviso: segura o coração, porque altas emoçoes estão vindo aí!

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Eram seis e vinte da noite e Lisandra se encontrava em seu quarto, deitada em sua cama, olhando para o teto e esperando a chegada de suas amigas.

Nessa sexta-feira, as meninas iriam para sua casa acompanhada de seus pais, por conta da tão solicitada reunião que os adultos insistiram em fazer. Ela havia dormido a tarde inteira desde que chegara do colégio, acordou alguns minutos antes das seis e foi se arrumar para o jantar.

O que vai ser de mim se tudo isso der errado? Pensava, ainda encarando o teto.

O jantar estava previsto para começar às seis e quarenta da tarde, horário em que a maioria dos pais estaria disponível.

— Se eles disserem não, darei um jeito de ficar — resmungou, ainda encarando o teto. Suspirou e fechou os olhos por alguns instantes e ao abri-los novamente, percebeu um líquido negro escorrendo em alguns cantos das paredes de seu quarto. — Mas o que...? — começou a se perguntar apoiando-se nos cotovelos para elevar um pouco o corpo.

O líquido escorria de forma rápida e Lisandra perguntou a si mesma se estaria sonhando novamente. Levantou-se da cama e chegou perto de uma das paredes, esticando a mão para tocar a mancha. Passou os dedos, ainda hesitantes, por cima da parede e sentiu a umidade sob a pele. O material tinha uma textura gosmenta e gélida, parecia tinta, mas com um cheiro diferente, forte.

— Enxofre? — sussurrou. — Mas como isso é possível? — questionou-se, retirando a mão da parede.

Assustada, decidiu ir ao banheiro lavar a mão, porém, antes de dar um passo em direção ao banheiro, sentiu um formigamento no local onde o líquido negro havia tocado e, apesar de pouco, percebeu que ele começava a escorrer, deixando toda sua mão negra e fedorenta, como se estivesse apodrecendo de forma rápida e espontânea.

Lisandra não conseguia entender como uma quantidade mínima poderia se espalhar de forma tão rápida. Ainda assustada, correu até o banheiro e rapidamente jogou a mão embaixo da água corrente que descia da torneira, esfregou a mão com um sabonete líquido com fragrância de morango que se encontrava em cima da pia. O líquido havia se transformado em um tipo de cola, e custava a sair de sua pele. Entrando em desespero, ela esfregou com força e repetiu o processo por quase quinze minutos, mas parou quando percebeu que havia saído quase tudo, ficando apenas um pouco no formato de uma lua crescente no dorso de sua mão, que encruara na pele se tornando algo parecido com uma tatuagem.

Lisandra esfregou por mais três minutos, mas não conseguiu remover a mancha. Ela começaria o processo todo de novo, até remover a mancha em formato de lua crescente, se não fosse interrompida pela chegada de cinco garotas completamente diferentes uma da outra fazendo uma enorme algazarra, das quais Lisandra conhecia muito bem. Suas amigas, ou irmãs de coração como costumava chamar.

— Lize? — Alícia chamou.

— Estamos há quase vinte minutos lá embaixo esperando a senhorita dar o ar de sua graça. — Era Viviane falando.

Ela sorriu ao ouvir a voz das amigas, mas o sorriso logo sumiu ao lembrar-se do líquido esquisito que descia pelas paredes de seu quarto. Sem pensar, pegou uma toalha para pôr em cima da mão direita e correu banheiro afora, ela queria evitar que as amigas tocassem naquele líquido.

— Não toquem nas paredes! — ela gritou, adentrando no quarto e encarando as amigas.

— O que? — questionou Viviane, encarando-a com olhos confusos.

Segredos dos Mundos - Livro I: A Encaminhadora de AlmasOnde histórias criam vida. Descubra agora