Tomé e Maria da Luz chegaram à cidade grande. Era domingo é procuraram uma hospedaria que o pouco dinheiro que tinham pudesse pagar.
Para ficar mais barato e porque não queria deixar a mãe só, pediu apenas um quarto com duas camas.
Estavam ambos cansados, mas depois da mãe pegar no sono, Tomé deixou o quarto e foi conversar com o dono da hospedaria.Conversaram sobre trabalho, mas primeiro Tomé queria um conselho para que lhe indicassem um médico para tratar da mãe.
- Olha, meu jovem. Aqui ao fundo da rua tem uma clínica. Hoje é domingo, mas amanhã vai lá. O Dr. Rodolffo é muito querido por toda a gente.
- E será que é caro? Eu não tenho muitos recursos.
- Não tenhas receio. Vai lá conversar com ele e depois resolves.
- Obrigado. Se souber de algum trabalho que me possa indicar eu agradeço. Qualquer coisa, eu faço.
Tomé foi no mercado e comprou algumas frutas, pão e biscoitos para levar e comer com sua mãe. Tinha que economizar o dinheiro para sabe-se lá quantos dias. Trouxe um chocolate também pois sabia que a mãe adorava.
Entrou no quarto e ela ainda dormia. Deitou-se na sua cama e cochilou.
O cochilo foi breve, mas sonhou com as suas irmãs. Nele via as duas felizes e sorridentes.Sua mãe acordou, olhou tudo em volta e seus olhos encheram-se de lágrimas. Tomé foi até ela e aconchegou-a nos braços.
- Vai ficar tudo bem, mãe. Agora somos só nós dois.
- Ju e Bia? Pela primeira vez ela perguntou pelas filhas.
- Estão bem. Logo, logo a gente encontra-se com elas. Eu prometo.
Ela deu um beijo e fez uma festa no rosto dele, coisa que ele já tinha esquecido o que era. Ficou feliz. À maneira dela estava reagindo.
Na manhã seguinte depois de tomarem o café que estava incluído na diária foram os dois até à clínica.
Na recepção Tomé preencheu os papeis necessários e sentou-se na sala de espera.
- Sra. Maria da Luz, chamou a enfermeira.
Rodolffo lia a ficha de inscrição da paciente nova e não teve como não notar na semelhança dos nomes que ouvira Juliette falar.
Deve ser só coincidência, pensou. Os familiares dela moram na aldeia nova e aqui tem a morada desta rua.
Foi tirado destes pensamentos com a entrada de uma senhora e um jovem.
- Prazer, sou o dr. Rodolffo. O que os trás por cá?
Tomé contou o historial da mãe, já que ela nada dizia.
Rodolffo estava cada vez mais certo de que se tratava da mãe e irmão da Juliette.
- Tomé, a sua mãe precisa de passar por uma bateria de exames. Só depois poderemos fazer um diagnóstico certo.
- Isso é muito caro, Doutor?
- Não se preocupe. O essencial é cuidar dela. Pode deixá-lá cá hoje? Onde estão a viver?
- Na hospedaria ao fundo da rua. Foi o dono que me indicou o doutor.
- Vou deixar vocês conversarem. Explique a ela que precisa ficar cá e depois volte que eu tenho mais algumas perguntas para fazer.
Tomé foi com a mãe acompanhados de uma enfermeira para uma outra sala.
Depois de explicar à mãe tudo o que era necessário fazer, voltou à sala de espera, enquanto a enfermeira levava a mãe. Rodolffo estava agora com outro paciente.
Tomé estava nervoso e suava das mãos. Passava a mão pela coxas de modo a limpar o suor nas calças. Foi até o banheiro para lavá-las e quando regressou foi chamado pela enfermeira.
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Espinhos no caminho
FanfictionPor cada espinho encontrado no caminho, encontrarás o dobro da forças para os arrancares.