CAP. XXV

75 7 3
                                    

Juliette acordou cedo e foi tratar do café.

Rodolffo chegou na cozinha sentindo o cheirinho de torradas.

- Queria eu habituar-me a esta vida. Bom dia amor.

- Bom dia vida.  Ainda te vais enjoar de mim.

- Nunca. Vais fazer o que hoje?

- Vou ao banco abrir as contas deles e fazer as transferências.  Depois vou tratar do aluguer do apartamento.  Quero deixar tudo resolvido até voltar.

Tomé apareceu.  Tomaram todos café e depois os dois foram para a clínica.   Juliette foi acordar a Bia.

- Despacha-te.  Temos assuntos a tratar e depois vamos fazer compras.

-  Bia ficou toda animada.  Há muito que queria roupas novas.

Juliette tratou de tudo no banco e depois seguiu com Bia para o shopping.  Compraram diversos conjuntos, roupa íntima e até sapatos.  A cada compra ela dava beijo na irmã.

Juliette comprou algumas peças para ela, mas para deixar em casa do Rodolffo para quando viesse.

Passou depois à perfumaria e maquilhagem.  Não que isso lhe fizesse muita falta, mas ela gostava de pôr uma corzinha uma vez por outra e principalmente quando saia com Rodolffo.

Juliette não esqueceu o Mateus nem os avós.  Comprou uma lembrança para todos.

Cheias de sacolas entraram na ourivesaria.  Juliette escolheu um relógio para Rodolffo e Bia um para Tomé.

Sorte é que o shopping era perto, senão teriam que voltar de táxi.

Colocaram tudo no sofá para depois arrumarem.

Rodolffo tinha uma senhora que vinha fazer a limpeza duas vezes por semana.

Juliette perguntou se ela conhecia alguém para ajudar a tratar da mãe.

- Eu mesma, menina.  Só tenho este trabalho e estava procurando mais algumas horas.
Eu venho trabalhar todos os dias para a menina e aproveito duas ou mais horas que tenha alguém em casa com sua mãe e venho limpar a casa do doutor.

- Pode ser.  A Bia só deve ter aulas num período do dia e o Tomé também.  Dá para fazer as duas casas e o doutor não tem dias preferidos.

- Então estamos combinadas.  Começa quando a minha mãe tiver alta.

Juliette estava satisfeita.  A vida dos irmãos e da mãe estava organizada.  Bagunçada estava a sua.

Marcou com o senhorio para as 17 horas.  Assinaram o contrato.  A casa estava completa de móveis.   Precisava comprar alguns utensílios e roupas.  Os dias que faltavam até voltar à fazenda ia dedicá-los a isso.

A noite veio e ela sentia-se esgotada.   Bia fez uma bolonhesa, um macarrão e uma salada.

Juliette encheu a banheira do banheiro do Rodolffo e sentou-se lá dentro.
Fez um apoio para a cabeça com uma toalha e fechou os olhos.

Rodolffo foi encontrá-la quase adormecida.

- Amor, isso é perigoso.  Não podes adormecer na banheira.

- Ainda não estava a dormir.  Estava a tentar relaxar.  Estou tão cansada.

Rodolffo fechou a porta do quarto e do banheiro.  Tirou a roupa e entrou na banheira por trás dela.

- Encosta no meu peito.  Vou fazer-te uma massagem.

- Isso não vai dar certo.

- Porquê? sou bom massagista.

- Não duvido, mas o teu amiguinho já está todo entusiasmado.

- Também quer ser massajado.

- Deixa eu me virar de frente.

- Perdeste o sono?

- O sono, o cansaço e daqui a pouco a razão.

- Gosto de te ver assim toda doidona.

Juliette sentou nas minhas pernas e com as dela abraçou minha cintura.

Não tardou muito.  Depois de alguns beijos e carícias,  os nossos corpos estavam conectados num sexo gostoso.

Antes que alguém pergunte, nós não usamos preservativo.  A Juliette usa anticoncepcional desde muito nova para regular o seu período.  Ela até parou quando foi morar com meus pais, mas já tem um tempo que recomeçou.

Espinhos no caminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora