CAP. XXIII

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Estávamos eu, Bia e Tomé na sala esperando a donzela se aprontar.

Tomé tirava onda comigo. Não sei onde este moço , com tão pouca idade e tanta malícia.

Juliette chegou chegando. Recebeu um assobio dos dois e palmas da Bia.

- Estás linda, mana.

Eu havia percebido que nos últimos dias Juliette usava o meu perfume.

- Toma. Comprei hoje, mais cedo.

Juliette viu o perfume e agradeceu. Deu duas borrifadelas e Bia quis experimentar também.

Agora estou pronta. Podemos ir.

Saíram os quatro. Juliette entrou no carro de Rodolffo enquanto os dois irmãos foram caminhando.

Rodolffo conduziu durante uma hora. Pouco antes de chegarem fez uma ligação a dizer que estavam a poucos minutos.
Estacionaram o carro em frente de um chalé todo iluminado.

Juliette já gostou muito da àrea externa. Apesar de ser noite e não dar para ver os pormenores e ainda assim ficou maravilhada.

Na entrada em cima de uma mesa estava um buquê de flores que Rodolffo lhe entregou.

- Primeira vez que ganho flores. Obrigada.

- Primeira de muitas, respondeu colando os lábios nos dela.

Rodolffo abriu a porta.

A entrada era directa para a sala iluminada com algumas velas.

A mesa estava posta para dois. O champanhe estava no gelo com duas taças de lado. Havia morangos e chocolates junto.

Ao lado da mesa estavam as lamparinas com uma chama mínima debaixo de alguns tabuleiros.

Juliette estava adorando o cenário.

- É tudo perfeito.

- Quero que esta noite seja perfeita.
Deixemos o champanhe para mais logo. Vamos jantar.

Rodolffo abriu o vinho, serviu as duas taças e Juliette foi servir o seu prato.

- Uhmm, isto parece delicioso.

Os lugares à mesa estavam em lados opostos. Rodolffo juntou as duas cadeiras.

- É ruim que eu vou jantar a metros de ti.

- É fino, assim, disse Juliette

- Isso é para casais que se odeiam. Eu amo-te. Quero é estar grudadinho, assim, boquinha com boquinha.

- Também te amo.

O jantar decorreu entre provocações e troca de mimos.

Juliette não estava habituada a beber. À primeira taça já estava tagarela e super descontraída.

Terminaram a sobremesa e ela queria mais vinho. Rodolffo não deixou. Queria que ela tivesse uma noite inesquecível e não que passasse mal.

Saíram para o exterior. A noite era quente e bastante agradável. Rodolffo sentou-se num maple com Juliette no colo.
Ela passou os braços à volta do pescoço dele e beijou-o.
Rodolffo correspondia e tentava conter a vontade de fazer amor com ela.

Por momentos ela ficou bastante quieta com a cara encostada no ombro dele. Estava tão quieta que ele perguntou se ela estava com sono.

- Eu não.

- Estás tão quieta porquê? Em que pensas?

- Estou a pensar que se não me levares para o quarto eu faço amor contigo aqui mesmo.

Rodolffo riu, pegou nela e entrou em casa fechando a porta com um pé. Sem a largar entrou na quarto e colocou-a na cama beijando-a nos lábios enquanto se desenvencilhava da camisa.

O vestido dela era fácil de tirar. Rodolffo puxou-o para passar pelos braços dela que logo ficou apenas com uma lingerie rendada branca.

Ela desafivelou-lhe o cinto e abriu o ziper das calças enquanto ele as puxava para baixo.

- Eu prometo fazer com carinho, sussurrou ele ao ouvido dela.

- Só na primeira vez, pediu ela e ele lançou-lhe um olhar de malícia.

Os preliminares não duraram tanto como ele previa. Juliette parecia uma gata no cio. A lubrificação estava perfeita e quando ele finalmente tomou a iniciativa de penetrá-la, ela retraiu-se e gemeu de dor.
Ele parou uns segundos de depois de insistir conseguiu que ela então relaxasse e experimentasse o prazer.

No final Juliette estava de lágrimas nos olhos.

- Magoei-te? Desculpa.

- Não são lágrimas de dor, são de felicidade.

- Vou buscar o champanhe e os morangos.

Rodolffo aproveitou as lamparinas e derreteu alguns bombons numa taça. Voltou com o champanhe para o quarto.

Mergulhou um morango no chocolate com sabor a menta, colocou-o nos lábios e ofereceu-o na boca dela.

Serviu as duas taças de champanhe e brindaram à sua felicidade.

- Uhmm, gostoso o champanhe com a menta.

- E afrodisíaco, disse Rodolffo.

- Será que é por isso que eu sinto uma sensação estranha aqui pelas pernas acima?

- Onde? Mostra lá.

- Aqui mesmo, apontou ela para as coxas.

- Eu tenho uma técnica infalível para isso, disse ele segurando na taça dela e colocando-a na mesinha enquanto iniciava nova sessão de beijos.

Desta vez ela tomou o comando. Não tinha experiência mas tinha algo superior a isso. Muita tesão.

Espinhos no caminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora