Domingo ao final do dia, Rodolffo e as duas meninas despediram-se dos pais dele e partiram para a cidade.
Bia estava muito entusiasmada por rever o irmão e finalmente poder estar com a mãe.
Juliette estava mais apreensiva e não era pela mãe. Esta nova situação de namoro e o facto de ir ficar na casa dele estava a deixá-la ansiosa.
Rodolffo colocou música e enquanto Bia saltitava e cantava no banco de trás, Juliette ia em silêncio com a cara encostada no vidro lateral e o olhar no exterior que por ser noite não se via nada.
Rodolffo passou a mão pelo braço dela fazendo um carinho.
- Em que pensas?
- Em nada e em tudo.
- Relaxa. Tudo vai dar certo.
- Eu sei que sim.
Ela segurou a mão dele e beijou-a.
No apartamento de Rodolffo, Tomé terminava o jantar para todos. Sempre teve habilidade para a cozinha e nos últimos meses após a fuga das irmãs era ele quem praticamente cozinhava todos os dias.
Acabara de desligar o forno do fogão quando ouviu abrir a porta de entrada. Foi até lá e logo uma Bia eufórica lhe saltou para o colo.
- Calma, pirralha. Ainda me fazes cair.
- Boa noite Rodolffo.
- Oi Ju!
- Mano, como estás?
- Muito bem. Chegaram mesmo a horas. Desliguei agora o forno.
- E cheira bem, disse Rodolffo.
Anda. Vamos levar as malas das meninas para o quarto.Juliette foi atrás deles e depois de pousar as malas, Rodolffo disse a Tomé ao mesmo tempo que a abraçava.
- Agora foste promovido a cunhado.
Eu e a tua irmã somos namorados.- Ai é? Vou estar de olho em ti. Pisa na bola que eu conto tudo.
- Gostei, irmão.
- Dedo duro. Eu sou um santo. Anda Ju, vou mostrar o resto da casa.
- Eu vou por a mesa com a Bia. Já, já sai o jantar.
A casa não tinha muito para mostrar. Rodolffo entrou no quarto dele, fechou a porta e queria era beijá-la.
- Quero que fiques à vontade aqui em casa.
- Como te sentes? De homem sózinho a viver com 3 adolescentes?
- Confesso que se fosse minha escolha, hoje eu queria que estivesses só tu aqui, mas eu estou bem com os teus irmãos. Havemos de dar um jeito de estarmos sózinhos.
- Obrigada. Amo-te.
- Repete.
- Amo-te.
- E eu a ti. Muito, muito, repetiu ele beijando-a apaixonadamente.
- Vamos, senão as crianças vêem à nossa procura.
Saíram abraçados para a cozinha onde Tomé trinchava o belo frango assado.
Bia terminava de temperar a salada.Jantaram e conversaram sobre a visita à mãe que seria no dia seguinte.
Rodolffo aconselhou-as a não fazerem muitas perguntas e não reagirem a qualquer disparate que ela dissesse.
Depois de terminarem o jantar e arrumar tudo, Tomé fez sinal a Bia que queria mostrar-lhe alguma coisa lá no seu quarto.
- É só para eles ficarem sós, segredou ao ouvido dela.
- Vamos então.
Juliette e Rodolffo ficaram sózinhos no sofá da sala. Ele sentado e ela aninhada ao lado dele.
O que dava na TV eles não prestavam atenção. A atenção deles era um no outro.
Entre beijos e amassos, contidos por medo de serem apanhados, eles fizeram juras de amor.
Foi Rodolffo que, porque ainda lhe restava um pouco de sanidade, resolveu que estava na hora de dormir.
- Misericórdia. Esta mulher ainda me leva à loucura.
- Disseste o quê?
- Que são horas de dormir. Amanhã é dia de trabalho.
- Não foi isso que eu percebi, disse ela, dando-lhe o último beijo antes de se dirigir ao quarto de Tomé para chamar a Bia para dormir.
- Dorme bem.
- Tu também.
-
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Espinhos no caminho
FanfictionPor cada espinho encontrado no caminho, encontrarás o dobro da forças para os arrancares.