Chego na casa do meu pai faltando dez minutos, e toco a buzina.Anna vem dois minutos depois, linda como sempre e muito animada.
— Tá linda. — Elogio, assim que entra e dou partida.
— Obrigado, você também.
Coloco minha playlist do The Weeknd, e seguimos cantando juntas pelos próximos quarenta minutos.
A fachada do Draken lembra muito um bar, e dentro também também.
Mas com a palavra certa, os clientes são guiados para o verdadeiro Drakon.
Emil estava no bar quando nós chegamos e logo me deixou a par de tudo enquanto seguimos para o local das lutas.
— Eu vou lutar hoje. — Digo a meu braço direito aqui dentro.
— Tenho a pessoa certa para você. — Diz, com um sorriso perverso.
Emil me guia até os equipamentos, enrolo uma faixa na mão e pego um chicote.
No ringue é permitido tudo, desde que o cliente queira.
E sempre para os dois, não é por que é cliente que vai lutar com alguém desarmado, não sou cruel.
Tiro minha lindas botas, entregando a minha irmã.
Finjo que não vejo os olhares entre ela e Emil e sigo até o ringue.
O local tá cheio, as pessoas gritam pelos que estão lutando nesse momento.
Dois homens, um deles eu reconheço, o filho de um capitão do Pakhan.
Ele vence com facilidade, e quando me aproximo pra entrar após eles sairem ele me encara de cima a baixo, com certo interesse.
Ele é lindo não posso negar, mas sei que não passará de beijos, então apenas lhe dou um meio sorriso.
As pessoas ficam em silêncio conforme me vêem, e Emil entra ficando ao meu lado.
— Senhoras e senhores, hoje é um dia especial, apresento a vocês a dona do Drakon, a delogadora. — Grita, e em seguida as pessoas gritam de volta.
Esse idiota, não deveria ter falado do apelido.
Emil sai e desenrolo o chicote, estralando no chão.
Minha adversária chega.
Mais forte que eu e mais alta também, a mulher tá um trapo só, toda suja.
Seu semblante é abatido e quando ergue os olhos para mim, seus olhos refletem ódio.
Ódio por saber que eu vou picadinho dela.
Quem vê não imagina que essa nojenta matou o próprio filho de apenas três meses de vida, com 16 facadas.
— Meu filho também era ruivo. — Fala, com nojo.
Não respondo.
— Lutem! — Emil grita, e meu chicote vai certeiro em seu olho direito, sem que ela tenha tempo pra desviar.
A desgraçada grita, com a mão no olho.
Acerto o chicote novamente em seu ombro esquerdo, em sua costela e em seu antebraço.
A mulher cai de joelhos, agonizando.
Jogo o chicote para o lado, vendo o bastão que escolheu do lado dela.
— VADIA! — Grita ficando de pé e correndo até mim.
Ela não é muito ruim, e imagino a força que colocou em cada facada que deu no pequeno.
VOCÊ ESTÁ LENDO
NELLI - A GÊMEA REJEITADA
RomanceAssim que completa 18 anos, a apaixonada e ingênua, Nelli Pavlova acaba criando coragem para se declarar para o Pakhan, Ruslan Romanov. Ela só não imaginava ser rejeitada e ter seu coração quebrado por ele. - Você é apenas uma criança, menina. E mes...