CAP 06

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Chego na casa do meu pai faltando dez minutos, e toco a buzina.

Anna vem dois minutos depois, linda como sempre e muito animada.

— Tá linda. — Elogio, assim que entra e dou partida.

— Obrigado, você também.

Coloco minha playlist do The Weeknd, e seguimos cantando juntas pelos próximos quarenta minutos.

A fachada do Draken lembra muito um bar, e dentro também também.

Mas com a palavra certa, os clientes são guiados para o verdadeiro Drakon.

Emil estava no bar quando nós chegamos e logo me deixou a par de tudo enquanto seguimos para o local das lutas.

— Eu vou lutar hoje. — Digo a meu braço direito aqui dentro.

— Tenho a pessoa certa para você. — Diz, com um sorriso perverso.

Emil me guia até os equipamentos, enrolo uma faixa na mão e pego um chicote.

No ringue é permitido tudo, desde que o cliente queira.

E sempre para os dois, não é por que é cliente que vai lutar com alguém desarmado, não sou cruel.

Tiro minha lindas botas, entregando a minha irmã.

Finjo que não vejo os olhares entre ela e Emil e sigo até o ringue.

O local tá cheio, as pessoas gritam pelos que estão lutando nesse momento.

Dois homens, um deles eu reconheço, o filho de um capitão do Pakhan.

Ele vence com facilidade, e quando me aproximo pra entrar após eles sairem ele me encara de cima a baixo, com certo interesse.

Ele é lindo não posso negar, mas sei que não passará de beijos, então apenas lhe dou um meio sorriso.

As pessoas ficam em silêncio conforme me vêem, e Emil entra ficando ao meu lado.

— Senhoras e senhores, hoje é um dia especial, apresento a vocês a dona do Drakon, a delogadora. — Grita, e em seguida as pessoas gritam de volta.

Esse idiota, não deveria ter falado do apelido.

Emil sai e desenrolo o chicote, estralando no chão.

Minha adversária chega.

Mais forte que eu e mais alta também, a mulher tá um trapo só, toda suja.

Seu semblante é abatido e quando ergue os olhos para mim, seus olhos refletem ódio.

Ódio por saber que eu vou picadinho dela.

Quem vê não imagina que essa nojenta matou o próprio filho de apenas três meses de vida, com 16 facadas.

— Meu filho também era ruivo. — Fala, com nojo.

Não respondo.

— Lutem! — Emil grita, e meu chicote vai certeiro em seu olho direito, sem que ela tenha tempo pra desviar.

A desgraçada grita, com a mão no olho.

Acerto o chicote novamente em seu ombro esquerdo, em sua costela e em seu antebraço.

A mulher cai de joelhos, agonizando.

Jogo o chicote para o lado, vendo o bastão que escolheu do lado dela.

— VADIA! — Grita ficando de pé e correndo até mim.

Ela não é muito ruim, e imagino a força que colocou em cada facada que deu no pequeno.

NELLI - A GÊMEA REJEITADAOnde histórias criam vida. Descubra agora