Assim que completa 18 anos, a apaixonada e ingênua, Nelli Pavlova acaba criando coragem para se declarar para o Pakhan, Ruslan Romanov.
Ela só não imaginava ser rejeitada e ter seu coração quebrado por ele.
- Você é apenas uma criança, menina. E mes...
Faltava pouco para eu pedir ao meu pai para ser mais discreto.
O homem não se controlava perto da morena.
Estávamos sentados nas arquibancadas, e meu pai estava sempre atento a cada fala ou gesto de Tatyana.
— Então, você está saindo com alguém? — Pergunto e ela cora, enquanto meu pai desvia o olhar, furioso.
— Não, apenas me divirto de vez em quando, a faculdade me deixa muito ocupada.
Tatyana fazia doutorado em ciências biológicas.
A noite continuou ótima, meu pai ficava furioso toda vez que perguntava sobre homens.
No fim da noite, ele instituiu em levá-la para casa, e se ofereceu para dirigir o carro dela e depois ir para casa.
Ela negou várias vezes, mas ele continuou até ela aceitar.
De volta para casa, dormi com Alec na casa da minha irmã, por que não queria acorda-lo.
Na manhã seguinte, tive treino pesado, e a noite me arrumei para mais uma festa, dessa vez, só membros da máfia.
A presença de Anna não era obrigatória e ela preferiu ficar mudando das crianças.
Mais uma vez que acho uma grande gostosa, o vestido curto na metade da coxa, as alças finas, e o decote em formato de coração deixando visível o nome de Alec.
Os detalhes prateados do salto preto, contrastando com o colar que mandei fazer dias atrás com as iniciais A.P.
Ficou melhor do que imaginei, delicado por causa dos diamantes mas visível o suficiente para todos verem.
Pego meu carro e sigo o local da maldita festa.
No salão, quando chego na mesa que tem poucos convidados por ser cedo, procuro meu nome nos assentos e o encontro perto do nome do meu pai e para o meu desgosto perto de Ruslan, e para pior tudo, de frente para Galina.
Que bela noite.
Quando todos estão presentes, cumprimentamos o Pakhan todos juntos.
Mesmo não querendo sinto o olhar de quase todos sobre mim, como se eu fosse algum quadro em uma exposição de arte.
A Nelli do passado teria ficado acanhada e com vergonha.
As vibrações negativas de Galina estão me deixando sufocada, nunca entendi o motivo de tanto ódio direcionado a mim.
Pensei em ser por causa de Ruslan visto que me enquadrou uma vez, mas isso vem desde antes, muito antes.
Paro de comer, e não meti a força que coloquei quando baixei o guardo.
O som de coisas vibrando não abafa o som do meu ódio.
Me apoio nos cotovelos, encarando Galina com meu lado mais sombrio.
— Tem algo para me falar, Galina?
A loira recua, assustada mas eu não estou a fim de dar para trás agora.
Meu pai me chama nervoso mas eu estou muito ocupada encarava Galina.
— N-não. — Responde, e olha para Ruslan em um pedido claro de ajuda.
Me pergunto se eles estão juntos, mas me recuso a saber a reposta.
— Tem certeza? — Pergunto novamente e ela nem sequer me olha novamente, encarando Ruslan como se fosse seu salva vidas.
— Se comportem, podem se matar lá fora mas aqui não. — A ordem de Ruslan sai em alto e bom som.
Recolho minha mágoa e tranco qualquer sentimento que eu tenha tido por ele.
Finalmente a Nelli de 18 anos se deu conta de que Ruslan não é para nós.
Nós merecemos mais. E eu concordo com ela.
O resto do jantar ocorre perfeito, conversas sobre máfia e só.
No salão de baile, saio do topor ao ver o filho de um associado vindo em minha direção.
Seu sorriso bonito e o claro interesse me faz questionar se ele não é o que eu preciso para esquecer complemente Ruslan.
Poderia perder minha virgindade com ele, e depois ver se daremos certo, ou só dar para ele e seguir solteira até a pessoa certa chegar.
E se não chegar que se foda, o único homem que eu preciso ainda é uma criança, meu filho.
Faço questão de retribuir o sorriso que me dá, ao me cumprimentar com um beijo em cada lado da minha bochecha.
Seu perfume não é um dos melhores, mas seu rosto e seu corpo compensam.
— Dança comigo? — Pergunto me adiantando, o pegando de surpresa.
— Com todo prazer. — O toque de sua mão nas minhas costas me aquece mas não é abrasador.
Ignoro e dançamos ao som da música delicada.
Ignoro também o olhar que me queima a cada passo que dou, por que Ruslan não merece minha tentação.
Nunca vai merecer.
O aperto de Ivan fica mais firme como se também sentisse a aura assassina de Ruslan.
E acredite, eu não quero saber o motivo.
Por que não quero saber de nada sobre ele.
Me aproximo dele e encaro os olhos azuis de Ruslan enquanto sussurro perto do ouvido de Ivan.
— Relaxe.
O ruivo está tenso, duro feito pedra.
Ele apenas concorda com a cabeça e terminamos a dança com ele fazendo o esforço máximo para não me tocar ou se aproximar demais.
A coragem e o desafio corre nas minhas veias, quando estendo a mão depois que a música acaba.
— Quer ir para outro lugar? — Pergunto e ele arregala os olhos castanhos e paralisa.
Espero sua resposta que não vem, pois em questão de segundos ele é empurrado para o lado e eu sou erguida do chão.
Apenas quando estou olhando para o chão que entendo o que aconteceu.
Ruslan simplesmente me colocou sobre seus ombros como se eu fosse um saco de batatas.
Meu rosto esquenta mas é de raiva.
Me mexo e tento não bater em suas costas, ele pode ser um idiota mas ainda é o Pakhan e eu o respeito por isso.
— Senhor Ruslan, o que está fazendo? — Tento parecer firme, mas não o faço.
— Você só tinha que se comportar, diaba. — Sua voz marcada por fúria e posse deveriam me irritar mas me deixam excitada.
Fecho os olhos com força me odiando por sentir minha calcinha molhada.
— Me coloca no chão! — Tento falar baixo, e odeio que minha voz saia tão rouca.
A sua resposta me deixa muda, por que não foi nada mais nada menos que um tapa na minha bunda.
Engoli o grito e o gemido que sairiam.
Ele bateu na minha bunda?
NA. MINHA. BUNDA.
E a fodida aqui está pingando de tanto tesão.
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