CAP 08

1K 63 7
                                    


NELLI

Termino o laço da minha bota, ao mesmo tempo que escuro Nade dizer que minha família chegou.

Encaro o reflexo do espelho, me sentindo gostosa pra caralho.

O vestido preto com detalhe trançado na lateral esquerda, junto com o colar que ganhei de Yildiz.

Por conta do forro do vestido na parte dos seios, não marca os meus piercing.

Desço até o andar de baixo, cantando baixinho.

E estanco no último degrau ao ver Ruslan no meio da minha sala, olhando meu quadro.

Vejo seus punhos fecharem com força, provavelmente de raiva.

Meu pai troca com conversa com Nade, e minha irmã observa cada canto da minha casa com a boca aberta e o os olhos arregalados.

Rio e desço o último degrau, e logo Ruslan vira o rosto em minha direção me encarando dos pés a cabeça.

— Boa noite, bem vindos. — Saúdo ignorando as sensações que o homem que me rejeitou me traz.

Meu pai e minha irmã me comprimentam, e Ruslan faz o mesmo sem me encarar.

O homem vem na minha casa e finge que eu não existo, tem doido pra tudo.

Ficamos na sala conservando sobre coisas da máfia e logo seguimos para a sala de jantar.

— Aliás irmã, por que está tão arrumada? — Anna pergunta curiosa.

Sorrio, piscando um olho para ela.

— Depois daqui irei ao Drakon depois daqui, tenho assuntos pendentes. — Respondo e logo a loira parece interessada.

E eu sei muito bem o motivo.

Conhecendo minha irmã, fará de tudo pra confirmar que Emil tem um coração.

Somos insistentes.

— Posso ir? — Pergunta, com um sorriso enorme.

Como negar algo a um anjo desse?

— Pode ir quando quiser a hora que quiser Anna, somos família.

Seus olhinhos iguais aos meus ficam ainda mais brilhantes.

— Mas não poderei ficar com você, nem sei se volto hoje ainda, é coisa pra caramba. — Complemento para não magoa-la.

Anna concorda com a cabeça dizendo que vai mesmo assim.

Apreciamos a comida maravilhosa em silêncio.

— Sempre revolve seus assuntos durante a noite? — Ruslan pergunta, e parece irritado por algum motivo.

— Do Drakon, sim.

O homem aperta a taça de vinho com tanta força, que parece que vai quebra-la.

Se eu fosse tentar entender esse maldito, ficaria louca.

NELLI - A GÊMEA REJEITADAOnde histórias criam vida. Descubra agora