RUSLAN
— É minha. — Digo, possessivo.Essa ruiva maldita me atenta demais.
Não aguentei quando disse que viria aqui hoje, e simplesmente não me arrependi de ter vindo.
A cena dela no ringue nunca sairá da minha cabeça.
Degoladoda gostosa do caralho.
Não pretendia vim atrás dela quando saiu, mas quando dei por mim já estava esperando ela sair do maldito banheiro.
E para acabar de vez com a minha paz, tive a fodida idéia de fazer ela gozar nos meus dedos.
E puta que pariu, eu quero que goze em mim novamente.
Quero que gema meu nome baixinho como fez e nem percebeu.
Quando a vi pela primeira vez, fiquei sem saber o que fazer, e me senti um cretino por sentir algo por uma garota de 17 anos.
Eu fugia dela como o diabo foge da cruz, mas então ela veio até mim.
E porra, eu me arrependi no instante que vi seus olhinhos cheios de água.
Não podia sentir nada por ela, simplesmente não podia.
Ela era jovem demais, ingênua demais.
E foi quando eu fiz a borrada de anunciar que iria me casar com Alina.
A mágoa em seus olhos me perturbou todos esses anos.
Não cheguei a casar com Alina, desfiz o noivado uma semana depois do anúncio, quando descobri que Nelli tinha ido embora.
E também por Alina vir até mim, implorando para acabar o noivado por amava outro homem e estava grávida dele.
Se eu já pensava em acabar, ali eu anunciei o fim de algo que nunca iria começar.
Alina nunca seria Nelli.
Tentei várias vezes procurar pistas para onde foi, mas nunca tive sucesso.
E quando voltou, porra... gostosa pra cacete.
A fênix em suas costas que eu gostaria muito de ver quando estivesse na minha cama.
Porra, meu pau virgem baba por ela.
Ainda lembro quando me senti quando disse que era virgem, assim como eu.
Nunca tive vontade de estar com uma mulher de uma forma tão íntima que não fosse a minha.
Meu irmão do meio diz que sou um mafioso romântico, esperando pela mulher certa.
E porra, não me vejo ficando com uma mulher que não seja a diabinha.
A primeira vez que beijei foi agora, e agradeço por ter esperado para ter seus lábios nos meus.
Não sei se percebeu minha inexperiência, mas pela forma como reagiu gostou tanto quanto eu.
Seu mel é tão bom quanto a sua boca e eu não vejo a hora de estar com cabeça entre suas pernas.
Perderemos a virgindade juntos, e seremos os primeiros e únicos um do outro.
Encarando a ruiva que entreabre os lábios pela minha pegada em sua nuca, constato que era por ela que eu estava esperando.
Nelli é minha, será minha mulher e a mãe dos nossos filhos.
A ruiva fecha os olhos e tenta se afastar novamente e eu deixo dessa vez.
— Preciso ir... minha irmã está me esperando. — Diz baixinho.
Balanço a cabeça concordando, não querendo força-la.
Quando chega até a porta, a abraço por trás e beijo sua nuca, ouvindo seu suspiro.
— Nos vemos, pequena. — Digo, já com saudades.
A diabinha não diz nada e sai, espero alguns minutos e saio também, não a encontrando em lugar nenhum.
Já deve ter ido embora.
Sigo para o estacionamento, pego meu carro e vou pra casa.
Não estranho ver minha irmã no sofá vendo televisão.
Minha irmã caçula tem apenas sete anos, e a mãe dela faleceu no parto.
Natasha não era a melhor madrasta do mundo, mas ela já amava muito a filha, é triste saber que não pôde vê-la crescer.
Natasha era a segunda esposa do meu falecido pai, minha mãe acabou falecendo quando Nikolai tinha apenas dois anos.
E mesmo com dois herdeiros, o conselho insistiu que ele casasse novamente.
Ele relutou, mas acabou cedendo.
O segundo casamento não era amoroso, mas eles respeitavam um ao outro.
Meu pai foi morto pelos italianos pouco tempo depois que me tornei o Pakhan em seu lugar.
Sasha ainda estava não tinha nascido quando aconteceu, minha irmã infelizmente ficou sem ambos os pais.
Eu tinha acabado de fazer 28 anos anos, e passei a cuidar da minha irmã como se fosse minha filha.
Quando fez cinco anos eu expliquei que era seu irmão mais velho, ela chorou muito quando entendeu um pouco a perda dos pais.
Sasha é uma garotinha incrível, sempre diz o quanto ama os irmãos.
Eu a mimo muito, mimo mesmo, mais em nenhum momento ela ficou mimada a ponto de ser desprezível com as pessoas.
Pelo contrário, quanto mais mostravamos o quanto a amamos ela nos retribuia o dobro de carinho.
— Irmão! — Grita assim que me vê e corre para os meus braços.
— Coala. — Comprimento, e cheiro os cabelos pretos ondulados.
Seu cheirinho de criança me traz uma paz enorme.
— Já está tarde mocinha, por que não está na cama? — Pergunto, enquanto carrego ela nos braços em direção ao seu quarto.
— Estava te esperando. — Diz, fazendo o biquinho emburrado.
Sorrio e a deito com cuidado na cama rosa.
Deixo um beijo em sua cabeça e fico ali até ela pegar no sono.
Saio para o meu quarto, tomo um banho e me deito pensando na diabinha.
Sentimentos conflitantes em relação a ela.
Quero tê-la para mim e ao mesmo tempo quero me afastar por me fazer sentir tanto.
Durmo achando que teria um pouco de paz, e acabo sonhando com a ruiva.
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NELLI - A GÊMEA REJEITADA
RomanceAssim que completa 18 anos, a apaixonada e ingênua, Nelli Pavlova acaba criando coragem para se declarar para o Pakhan, Ruslan Romanov. Ela só não imaginava ser rejeitada e ter seu coração quebrado por ele. - Você é apenas uma criança, menina. E mes...