CAP 17

814 55 2
                                    


NELLI


Depois de passarmos quase meia hora comprando roupas para as crianças, fomos para casa.

Anna me ajudou a banhar todas as crianças, e eu me controlei muito a minha fúria quando vi que todos eles tinham marcas de agressão, até mesmo Alec.

Quando todos estavam com seus pijamas, fomos todos para a sala e liguei a tv para assistirem desenhos.

Alec estava perto de mim o tempo todo, e eu não queria me afastar dele nem por um segundo.

Depois do banho, seus cachinhos ficaram ainda mais lindos.

Entre as crianças tinham apenas dois meninos incluindo Alec, e o resto eram só meninas.

Uma mais linda e fofa que a outra.

Percebi o modo como Anna olhava para uma delas, a caçula do grupo. A pequena Mariya.

Não sei se era por ela ter os cabelos tão loiros quando o dela, ou pelos olhos castanhos que provavelmente lembrava os do Emil.

Não quis falar nada, mas o modo como se olhavam eram quase como mãe e filha.

Quando Ruslan veio deixar Sasha as crianças estavam prestes a dormir.

O trabalho de manda-lo embora foi todo da Sasha, eu apenas observei.

Dividimos as crianças em dois quartos, e foi inevitável dar um sorriso triste ao vê-los tão felizes afirmando o quanto os colchões eram macios.

Não consegui dormir, fiquei velando o sono deles.

Alec foi o último a dormir, ficava me encarando como se tivesse medo que eu fosse embora.

— Estarei sempre com você, Alec. — Só depois de dizer isso, foi que ele dormiu.

A manhã foi animada, assim como toda a semana que passou.

Ontem, recebi a notícia de que Alec era legalmente meu filho, um Pavlova.

Fiz o pedido na mesma noite que o trouxe para cá, ao melhor advogado do nossos meio.

Não fiz questão de saber como ele conseguiu a guarda definitiva em tão pouco tempo, apenas agradeci e o registrei com meu sobrenome.

Infelizmente as crianças teriam que ir para o abrigo amanhã.

Agora encarando Anna, enquanto sua atenção está toda na pequena fada loira, nos braços de Emil.

Quem diria que um dia, eu teria um homem de quase dois metros, que mais parece um urso de tão grande, segurando uma menina nos braços e deixando ela tocar seu rosto.

Nem parece que se conheceram hoje.

Anna me encara e segura minhas mãos.

A suas estão geladas e tremendo.

— Eu a adotei, Nelli. — Confessa, e não fico surpresa.

— Parece que Sergei Pavlova ganhou dois netos de uma vez só. — Relevo, e ela arregala os olhos entendendo e depois sorri me puxando para um abraço.

Infelizmente o dia seguinte chegou, e foi inevitável chorar quando deixei as crianças no abrigo.

Sem relevar nada, apenas pedi para Alec se despedir deles e voltar comigo, junto com Mariya, Anna e Emil.

Quando voltamos para casa, deixamos os dois anjinhos no sofá e ficamos na frente deles.

Encarava Anna, sem saber como começar a falar.

NELLI - A GÊMEA REJEITADAOnde histórias criam vida. Descubra agora