CAP 21

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RUSLAN

Nelli me deixou na empresa e voltou para casa.

No fim da tarde, acabei recebendo um encomenda e o que vi dentro me tirou o ar.

Várias fotos de Nelli e Alec em vários lugares juntos, e um maldito bilhete.

"Deixe-a, do contrário os dois pagarão."

E porra, Eu fiquei desesperado.

Liguei para a equipe de segurança e pedi as gravações das câmeras do prédio mas não ajudou em nada aquele maldito estar todo encapuzado.

Como ninguém suspeitou disso?

Frustrado e furioso, segui para casa odiando a maldita reunião daqui meia hora.

Tomei um banho tentando não parecer desesperado e segui para a sala.

Um a um, todos chegaram, inclusive Nelli.

A reunião demorou quase duas horas.

Vi todos saírem e Nelli parecia em outro mundo, não falou uma palavra e tenho certeza que não ouviu absolutamente nada.

O que você tanto pensa, diaba?

E como eu poderei me afastar de você quando quero correr e te abraçar?

Vi quando deixou a bolsa encima da mesa e saiu sem se dar conta, então a maldita ideia me veio a mente.

Isso irá destruir sua confiança em mim, mas prefeito isso a ter que vê-la sem vida.

Na sala acabou ficando apenas e Emil.

— Quando vai pedi-la em casamento? — Pergunta.

E eu queria dizer que já pedi e que ela já aceitou, mas depois de hoje, nunca mais vai me querer por perto.

Como estamos perto da porta que se encontra entreaberta ouço seus passos.

— Casamento? Por que eu faria isso? — Meu peito dói pela mentira e vejo Emil ficar tenso.

— Você não a ama?

— Amor? Eu não a amo e nem vou ama-la, ela é só mais uma das que se apaixonaram por mim, mesmo depois de rejeita-la ainda anciava por mim e eu dei o que ela queria, foi até prazeroso, e eu tive que lutar para não rir da sua cara quando acreditou em minhas palavras ao dizer que ela era a única mulher que eu tive. — Toco no ponto mais fraco, sou cruel.

Mas tudo o que importa agora é a segurança dela e de Alec.

Sei que escutou quando ouço o soluço contido.

Ela está sofrendo, mas não tanto quanto eu por mentir desse jeito.

Emil fica pálido e quando percebe que Nelli estava ouvindo me fuzila com o olhar.

— Você é um desgraçado. — Diz apenas e sai atrás de Nelli.

E eu fico aqui, com o nó na garganta e com os pedaços de nossos corações.

Minha Nelli.

Minha diabinha.

Sem você não há cor, amor.

Em um rompante começo a chorar.

Daria tudo para tê-la em meus braços.

Me perdoe, pequena.

Me perdoe.

Depois de chorar até cansar, me levanto e sigo para o meu quarto.

Olho para a maldita caixa encima da cômoda e então tomo uma decisão.

Irei encontrar o responsável por isso, irei resolver tudo e implorar para que Nelli ainda me ame.

Pego meu celular e ligo para a única pessoa que posso confiar.

— Vou me casar com Nelli. — Digo assim que atende.

Ouço seu suspiro.

— Você a ama?

— Com toda a minha foto da existência.

— Bom... qual o problema? — Pergunta, sem rodeios.

— Alguém está vigiando-a e me ameaçou, e... precisei magoar Nelli para afasta-la, caso contrário a matariam.

— Malditos! Esses vermes desgraçados.

— Precisamos descobrir logo, não posso viver sem ela. — Não me importo de parecer vulnerável.

— Vamos descobrir. — Diz, e eu desligo na esperança que isso seja logo.

— Eu a amo tanto, céus... — Digo para o nada, sentindo o peso no peito novamente.

NELLI - A GÊMEA REJEITADAOnde histórias criam vida. Descubra agora