Prince of Mônaco - Charles Leclerc

• 14. Vermelho •

LECLERC.

Eu precisava do banho mais gelado que eu poderia tomar. Eu estava pirando, por muito pouco eu não beijei Isis, era tentador. Mas eu não vou fazer isso, temos mais 20 corridas, um ano inteiro, eu não podia.

- Um ano inteiro. - Falei Desacreditado. Eu teria que me segurar para não agarrar aquela mulher por um ano inteiro. Dessa vez ela não se esquivou do meu olhar, me deu esperança, se ela se aproximasse eu não ia conseguir me segurar.  - Eu vou pirar!!!

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Saí do banheiro e ela estava na cama dela, me deu um sorrisinho e foi em direção ao cômodo.

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Ela demorou, mas quando saiu estava esplêndida, era um jantar formal então ela estava com um vestido vermelho que desenhava todo seu corpo, e destacava o mel das suas pupilas.

Ela parou na minha frente e se virou, pediu pra que eu fechasse o resto do Zipper que faltava. Ela estava me torturando.

Resolvi dar o troco, quando o zíper fechou por inteiro meu dedo seguiu subindo por suas costas lentamente. Ela se arrepiou. E olhou para o celular disfarçando.

- Temos que ir, estamos atrasados. - Falou com pressa.

Quando chegamos, Isis e eu saímos do carro os paparazzi gritavam perguntando se estávamos juntos, e clicavam a câmera sem parar.
Foi o jantar mais longo da minha vida. Tiramos fotos, esclarecemos para alguns curiosos que não éramos um casal e fingimos que nada tinha acontecido antes de sair do hotel.

Eu estava um pouco altinho quando saímos da celebração. Então Isis decidiu dirigir. Quando chegamos ela me escorou para que eu andasse em linha reta. A abracei e sentimos flashs, mas não paramos até Isis me colocar sentado na cama.

Ela tirou seus sapatos e parou na minha frente com os braços cruzados.

- Está bem piloto, agora você. - Falou me deixando confuso.

Tirou meu sapatos e todas as peças menores e me deixou só de calça e camisa branca. Ela foi em direção ao banheiro e ficou lá por alguns minutos. Levantei e fui em direção a porta quando ela se abriu.

- Aí que susto Charles!! - O tom saiu de forma esganiçada.

Ela parou na minha frente, mas eu não dei passagem. Ao invés disso a empurrei para a parede e a beijei. No início ela não retribuiu mas logo se entregou. Foi lento mas faminto, eram semanas de vontade guardadas.

Parei, dei selinhos em sua boca, e ela ainda estava de olho fechados e respirando pesado quando entrei no banheiro.

Quando sai ela já estava na cama, coberta até a cabeça. Já a minha estava pulsando, me joguei na cama, mas não estava tão mal, então lembraria de tudo no outro dia.

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ISIS.

Eu dormi por um milagre. Ele tinha me beijando, e foi maravilhoso. Mas ele estava bebado! Lembra Isis, ele estava bêbado.

No outro dia acordei com o despertador, tínhamos que ir para a sede da Ferrari para fazer os vídeos.

- Bom dia! - Falou rouco. Me virei para ele. E lá estava seu cabelo bagunçado e olhos baixos, resultado de uma noite mal dormida. - Nossa minha cabeça, que dor.

- Isso que dá beber e escutar música Alta. - Disse séria.

- Como você me trouxe para cá? - Perguntou.

Ele não se lembrava, por um lado eu fiquei aliviada, mas confesso que doeu, ele só me beijou porque estava bêbado.

- Você estava conseguindo andar, não foi difícil. - Falei.

- Desculpe pelo transtorno.

- Tudo bem. - Falei em tom baixo e um tanto desanimado.

E ele entrou no banheiro.

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LEClERC.

- BURRO BURRO BURRO BURRO. - Foi o que sususrei irritado quando fechei a porta.

Eu lembrava de tudo, de beijá-la, do gosto da boca dela, da sensação da sua mão em minha nuca e dos seus cabelos entre meus dedos. Lembrava de tudo.

Mas menti deixando ela pensar que fiz tudo por conta do álcool, eu era um idiota. Ela retribuiu. Eu estava perdido. Sai do banheiro, e ela estava fazendo as malas, me desesperei.

- Isis aconteceu, tá bom, aconteceu mas você não precisa ir embora, me escuta. - Falei com pressa.

- O que? - Estava confusa.

- Nós vamos resolver, foi um beijo... Não precisa ir embora. - Tentei justificar.

- Eu estava arrumando para a viagem que vamos fazer à noite. - Explicou. - Espera! Você lembra que me beijou? - Questionou com um pouquinho de raiva.

- Lembro mas pera lá, NÓS, nos beijamos. - Esclareci. - Você retribuiu que eu lembro muito bem.

Isis corou e eu ri.

- Você me pegou de surpresa.  Retribui no susto! - Sua voz parecia irritada.

-  Ah claro, foi o que pareceu. - Disse desdenhando.

- Não vamos falar sobre isso, passou. Vida que segue. Não vai acontecer novamente. - Disse convencida. - Você estava fora de si, e não vai mais acontecer.

Eu não estava fora de mim, eu sabia exatamente o que eu estava fazendo. Suspirei alto mas concordei pelo bem de nossa relação.

Fomos no carro em silêncio até a sede da Ferrari.