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Era uma noite comum, quando Stenio foi deixar Helô em casa depois de irem no mercadinho para mãe de Helô.

— Gostaria de convidar você e seus pais para um jantar que Laís irá oferecer na casa dela pela inauguração do nosso escritório... —  Stenio falou de forma tímida tirando o envelope e entregando para Helô. 

 — Por que você está me convidando? — Ela perguntou cética, mesmo que ela gostasse dele, ela nunca deixaria ele saber disso, pelo menos não ainda, pois ela ainda achava que ele só a queria como passa tempo.

— Moretti, ele vai gostar... —  Stenio disse, naquela noite, Moretti não tinha ido com eles pois Stenio havia dado a noite de folga para ele e ele resolveu procura Guerra que desde o assalto não sabia se ele estava vivo ou morto.

—  Qual é o seu relacionamento com essa tal Laís? —  Helô perguntou, Stenio falava tanto da Laís que a deixou levemente enciumada. 

—Lais é irmã do meu pai, ela e o marido nunca tiveram filhos então mesmo que ela jamais admita, eu assumi essa função... — Stenio disse com um leve sorriso.

— Ah, mas e seus pais? —  Helô perguntou, mas viu que Stenio travou o corpo. —  Eu não quero incomoda-lo...

—  Não, tudo bem... —  Stenio suspirou. — Digamos que o amor da vida do meu pai é a empresa de construção dele, simplesmente não existe como competir com isso e eventualmente todos se cansam dessa disputa, Jéssica cansou, eu cansei...

— E sua mãe? —  Ela perguntou.

—  Uma prostituta que meu pai visita vez ou outra...—  Stenio disse sem emoção. — Eu me pergunto como ele me assumiu como filho, quero dizer, será mesmo que eu sou filho dele? — Stenio disse pensativo.

— Stenio eu... —  Helô não sabia o que fala, mas então notou que ele estava mentindo. — Eu não acredito...

— Ah, vai, foi uma boa historia... —  Stenio disse rindo. 

Helô bufou. —  O quanto disso é verdade?

—  Muita coisa... —  Ele disse quando pararam em frente a porta da casa dela.

—  E você não vai me contar ? —  Ela questionou.

—  Você vai na festa? —  Ele falou.

 — Talvez... — Ela sorriu.

 — Então talvez eu te conte...  — Ele disse sorrindo para ela.

— Heloísa, entre já!  — Antônio disse bravo quando eles se aproximaram da porta da casa de Helô.

 — Papai, esse é Stenio...  — Helô disse, os dois nunca tinham se cruAdo antes depois da festa, aquela era a primeira vez.

 — Boa noite senhor, muito prazer em conhece-lo.  — Stenio falou educado estendendo a mão para Antônio.

 Antônio ignorou Stenio,  e não estendeu a mão para ele. — Heloísa, está tarde entre agora! — Ele falou para filha fingindo que Stenio não estava lá.

 — Boa noite Helô.  — Stenio disse, entrou no carro e saiu.

 — O que deu em você, por que você fez isso...  — Helô perguntou irritada com o pai quando entrou.

 — O que deu em mim? O que deu em vocês!  — Antônio disse.  — Como você fica saindo por ai SOZINHA com ele?

 — E qual o problema?  — Helô perguntou.

 — Não é de bom tom que uma moça solteira ficando por ai com um homem que não seja seu noivo...  — Antônio disse.

 — Stenio é meu amigo e eu tenho direito de andar por ai com quem eu quiser, não sou sua prisioneira! — Helô falou.

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