— Clarisse e Cadu, essa aqui é a Maitê, uma das melhores amigas da mamãe... — Helô disse apresentando Maitê para as crianças.
— Meu Deus, ela é a sua cara... — Maitê disse sorridente. — Oh, essa aqui no carrinho é a Aninha! — Maitê disse.
— Olha mamãe, um bebê! — Clarisse apontou, ela não tinha visto um bebê tão de perto, era a primeira vez.
— Mas cadê o cabelo dela? — Cadu perguntou, o único bebê que ele tinha visto era a irmã.
— Vai crescer, nem todo mundo nasce com tanto cabelo como a Clarisse.... — Helô riu.
— Está uma tarde ótima, vamos levar as crianças na pracinha? — Maitê perguntou.
— Eu não sei... — Helô estava insegura, ela tinha medo de expor as crianças.
— Eu não me importo, e aí se alguém disser alguma coisa. — Maitê disse sabendo o receio de Helô. — Qualquer coisa eu mando prender, de alguma coisa tem que valer ser casada com o delegado da cidade!
— Aí Maitê! — Helô riu. — Está bem, vamos!
A pracinha era perto, como esperado, algumas pessoas olharam pra elas de cara feia , mas Maitê não se importou. Helô deu dinheiro pras crianças irem comprar pipoca e elas estacionaram o carrinho em que Aninha estava do lado delas e sentaram em um banco, onde Helô não perdia as crianças de vista.
— E como você está? — Maitê perguntou.
— Tem dias que tô bem, outros não muito, mas muito melhor que antes! — Helô disse.
— Tem nem como comprar né... — Guida disse. — Até pra gente mesmo, agora a gente come e dorme muito bem, e ainda somos tratados como pessoas e não só empregados.... Isso sem falar no valor do salário...
— Por que vocês também nunca denunciaram aquele monstro? — Maitê perguntou.
— E desde quando alguém acredita em empregado e pobre? — Guida perguntou. — Todo mundo precisava do emprego e sabia que se a gente falasse algo, além de tudo, Carlos ainda iria se vingar, ele era o próprio capeta na terra.
— E os bens, como ficou? — Maitê perguntou.
— Stenio e Laís tão cuidando de tudo, vendi minha parte da fábrica pro Luiz, e todo o dinheiro vai ser guardado e entregue ao Carlos Eduardo quando ele tiver idade.... — Helô disse.
— Mas você parece preocupada.... — Maitê disse.
— Essa história do envenenamento do Carlos ainda me tira o sono.... — Helô disse.
— Mas foi bem feito pra aquele porco, se eu pudesse eu abraçava e beijava a pessoa que fez isso. — Guida disse.
—Que o Ricardo jamais me ouça, mas eu concordo com ela viu... — Maitê riu.
— E também... — Helô mordeu o lábio inferior.
— O que? — Maitê perguntou.
— Eu não tô conseguindo me entregar pro Stenio.... — Helô disse baixinho.
— Não me diga que vocês não fizeram nada até agora? — Maitê disse.
— Eu também fiquei chocada quando soube. — Guida disse.
— Desde a morte do Carlos não.... — Helô disse. — Eu me sinto culpada...
— Não, pera aí amada, você traiu o Carlos e agora que tá viúva não consegue por que tá culpada? — Maitê gargalhou e Guida também riu. — Heloísa....
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Amor predestinado
RomanceUniverso alternativo, fic de época onde o pai de Helô perde todo o dinheiro da família e Helô precisa começar a trabalhar, então ela se torna babá do filho de um viúvo misterioso que fica obcecado por ela, mas o coração dela fica balançado pelo tamb...