Amor, sexo e coisa e tal...

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— Oi, será que posso entrar? — Helô bateu na porta do quarto de Laís.

— Claro, tô terminando de me arrumar pra descer pro jantar... — Laís disse. — Como você está?

— Eu mentiria se eu dissesse que estou triste, mas mesmo com raiva  por ele não pagar tudo que me fez,  tô aliviada que acabou. — Helô disse. — É horrível, mas tô feliz.

— Eu imagino... — Laís disse sentando no sofá que tinha no quarto dela e Helô sentou.

— Primeiro eu quero agradecer por toda ajuda que você está oferecendo pra mim e pros meus filhos, muito obrigado mesmo, acho que nunca vou poder retribuir. — Helô disse.

— Se você fizer meu sobrinho feliz, então considere pago toda dívida que você achar que tenha comigo. — Laís sorriu.

— Eu vou fazer, prometo.... — Helô disse. — E falando nele, eu queria saber se tudo bem mesmo a gente ficar morando aqui até resolver minha situação.

— Claro que sim! — Laís sorriu.

— Mas você sabe que as pessoas vão falar, nós não somos casados, ele ainda  não se divorciou, Carlos ainda nem foi enterrado.... Você mesmo deve estar achando estranho... — Helô disse envergonhada.

— Você sabe sobre a história dos meus pais? — Laís perguntou.

— Não muito, só que eles eram incríveis e criaram o Stenio depois da morte da mãe dele... — Helô disse.

— Meu pai era filho de um fazendeiro muito rico,  então chegou uma nova safra de escravos na fazenda do meu avô e meus pais se apaixonaram assim que se viram. — Laís disse.

— Eu não sabia... — Helô disse surpresa.

— Meu avô nunca iria aceitar,  eles fugiram e casaram, tiveram o pai do Stenio e uns anos depois eu nasci, era difícil e passávamos muitas necessidades.... — Laís disse. — Quando meu avô morreu, minha vó chamou a gente de volta, mas mesmo com todo o meu dinheiro, para muitas pessoas, eu ainda sou inferior!

— Como você conseguiu fazer faculdade? — Helô perguntou.

— Meu pai comprou uma faculdade.... — Ela riu. — Helô, eu estou acostumada está envolvida com escândalos e fofocas e isso não me incomoda e também não me importa.

— Obrigado Laís, isso é muito importante pra mim, eu sei o quanto o Stenio te ama. — Helô disse com os olhos marejados.

— Não é uma crítica, mas porquê você nunca nos procurou pra pedir ajuda? Ou contado sobre a Clarisse? — Laís perguntou.

— Na época eu realmente acreditava que poderia ser feliz com o Carlos, eu estava muito magoada e não queria ser obrigada a casar com o Stenio e nem ficar sem meu bebê como meu pai queria fazer ou até mesmo o Stenio tirar ela de mim. — Helô disse. — Mas depois, eu tive medo e pena do Cadu, não podia deixar ele sozinho....

— Entendo.... E você já contou da mãe? — Laís perguntou.

— Não tenho coragem.... Vou esperar um pouco mais, é muito pra cabecinha dele, por isso ele nem vai no Liceu esses dias, tenho medo do que podem falar pra ele. — Helô disse.

— Você é família Helô e a gente faz tudo pela nossa família, da porta pra dentro, a partir de hoje, aqui sempre vai ser seu lugar seguro e você sempre vai ter pra onde voltar e ser acolhida! — Laís disse segurando a mão de Helô. — E isso não está associado ao seu relacionamento com o Stenio!

— Obrigada Lais, de verdade! — Helô abraçou Lais chorando.

As duas ficaram conversando mais um tempo e depois desceram pra jantar, as crianças já estavam sentadas na mesa junto com Stenio.

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