Amor predestinado

Recapitulando

— Carlos contou pro Luis que Antônio pegou eles juntos na cama e obrigou ela a casar com ele, ainda mais depois do seu escândalo. — Laís disse. — Ainda bem, porque depois do casamento eles descobriram que ela estava grávida, imagina o teria sido dela se as pessoas soubessem disso? E da criança?

—Essa história está muito estranha, a Helô não teria ficado com ele o que? Uma semana depois da gente terminar? — Stenio perguntou inconformado.

— Stenio, ela estava magoada, feriada, acuada, tudo se desfez... E o Carlos estava lá, talvez foi uma espécie de vingança, ainda mais que o Carlos sempre amou ela e nunca escondeu de ninguém. — Laís ponderou.

— O que mais você sabe dela? — Stenio perguntou.

— Pouca coisa, ela vive em casa, lembrou que uns meses depois do casamento, o pai dela morreu em um acidente na fábrica, a polícia investigou mas não acharam o culpado..... — Laís contou. — Isso fez ela ter problema na gravidez e psicológico também, Carlos comentou que ela estava vendo e ouvindo coisas.

— Ele disse isso? — Stenio perguntou.

— Não só isso, nós presenciamos, um dia fomos visitar eles, Carlos disse que ela estava dormindo, depois ela desceu, toda suja, gritando, e desmaiou nos braços de Carlos, foi uma cena horrível.

—  Porque você não me contou isso Laís? — Stenio perguntou.

— Ela estava casada, isso era problema do marido dela e não teu. — Laís disse. — E depois eu até fui outras vezes e ela estava melhor, ela mesmo disse que naquele dia havia sido uma crise. — Laís contou. — Aos poucos a gente foi se distanciando, mas o casamento deles é normal Stenio.

— Não sei Laís...Tudo bem que a menina não seja minha... — Stenio disse já aceitando que era uma ilusão dele. — Mas eu conheço a Helô, ela não estava feliz.

— Vai vê eles brigaram, coisa normal na vida de todo casal. — Laís disse. — Para de procurar um motivo pra ir atrás dela.

— Eu não tô, eu juro, mas eu fiquei preocupado. — Stenio falou suspirando. — Tudo que eu mais quero é que ela seja feliz, mesmo que não seja comigo.

— Você é feliz sem ela? — Laís perguntou.

— Eu vou dormir, boa noite. — Stenio falou virando a bebida de uma vez só e subindo pra o quarto dele deixando Laís aflita e preocupada pois sabia que ele não iria esquecer esse assunto.

Heloísa

— Me fala a verdade ou vai ser pior. — Carlos sacudia Helô, ensandecido.

— Eu já disse que eu não sei, eu estava conversando com a esposa do prefeito. — Helô disse chorando.

— Então o que ele queria com as crianças???? Você contou pra ele??? — Carlos jogou ela na cama.

— NÃO. EU NUNCA FARIA ISSO PORQIE SEI DO QUE VOCÊ É CAPAZ DE FAZER. — Ela falou.

— Eu fui legal até agora, assumi o erro dele quando ele te abandonou gravida e sozinha, quando teu pai morreu, nunca deixei faltar nada pra você e a bastarda da tua filha e é assim que você me agradace??? — Carlos esbravejou.

— Eu já disse, não sei o que ele falou com as crianças, nem o que as crianças falaram com ele. — Helô disse aos prantos.

— Escuta bem que eu só vou falar uma única vez, se eu sonhar que você ou as crianças, ou qualquer um dessa casa pensou em falar com ele, eu mando os dois pra um colégio interno fora do país. — Carlos ameaçou.

— Não, eu não vou fazer nada, eu prometo, só não me separa dos meus filhos. Por favor. — Ela disse a última frase abafada.

— Está nas suas mãos, e eu ainda te interno em uma clínica psiquiatra. — Carlos disse.