O plano

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Sensualmente, ela deslizou as mãos pelos braços dele, sentindo-o estremecer e enrijecer desajeitadamente sob seu toque. Seus dedos deslizaram por sua longa cabeleira até se unirem na parte de trás da cabeça de Stenio, a fim de puxá-lo para baixo em um beijo profundo. Seus lábios eram tão macios, incríveis enquanto massageavam os dele. Ele não podia negar a língua escorregando em sua boca, sem conseguir evitar gemer ardentemente com a sensação.

Na verdade, ele não encontrou forças para se afastar da boca saborosa de Helô e não captou suas ações antes que sua língua pudesse rolar para saborear o sabor de seus lábios. Ele se firmou com respirações profundas e rítmicas pelas narinas. Sem palavras, ambos concordaram em se mudar ao mesmo tempo, para outro beijo. Fica claro para eles, enquanto compartilham outro momento, que gostam muito do toque um do outro.

Então o beijo começa a ganhar mais intensidade. Não é mais dócil. Eles escovam juntos, pegando uma porção de lábio, dentes batendo e manchas de saliva derramando dentro ou fora de suas bocas. Helô move sua língua, roçando na de Stenio, acendendo uma faísca ainda maior dentro deles. Mesmo eles sabendo que essa faísca levará a tantas outras coisas que não deveriam ser feitas, eles não conseguem parar.

Ela mal percebe que eles estavam se privando de oxigênio. A necessidade natural de ar faz com que ela respire entre os beijos e gemidos ofegantes. Eles caem na cama de Stenio sem parar de se beijar.

Stenio sente algo se formando dentro dele, dizendo-lhe que lamber sua língua e travar os lábios com Helô é incrível, a melhor sensação do mundo, e ele não consegue parar e fica cada vez mais excitado.

— Ahh... Helô... — Ele tenta falar, mas Helô frustra sua tentativa de falar.

Ela  fecha os lábios com os dele novamente.  Stenio não tem permissão para protestar,  misturando os redemoinhos de sua língua com beijos rápidos. Mas ela não pode reclamar, não quando ela geme como ele.

Eles se perdem, aproveitando freneticamente até que com o último restinho de resistência ele vai parando o beijo aos poucos. Rostos corados, raias de saliva, olhos enevoados, cabelos despenteados, peitos estufados, roupas amassadas e corpos ofegantes.

Os olhos dele vagam para os lábios dela em uma batalha moral onde ele quer muito continuar, mas sabe que não seria o certo a ser feito com ela. Então ele da um beijinho casto nela e senta na cama se afastando dela, respirando fundo e tentando pensar em outra coisa pra tentar desfazer a ereção latejando que havia se formado. Helô o encara pelo que parecem minutos, enquanto também recobra o juízo e o controle de suas ações.

— Desculpa, eu não queria ter te magoado. — Ela falou sentando na cama sem se importar em arrumar a roupa ou cabelo.

— Desculpa, eu também não queria ter te ofendido... — Ele olhou pra ela. — Mas eu não consigo, sinto muito, disse que conseguiria mas não vou aguentar ver você com ele por seis meses...

— Stenio me escuta... — Ela ia falar mas ele colocou o dedo nos lábios dela.

— Eu nunca gostei de ninguém como eu gosto de você Heloísa... — Ele sorriu fazendo carinho no rosto dela com os dedos. — Você é muito especial para mim.

— Você também. — Ela disse pegando a mão dele e dando um beijinho no dedão dele. — Eu juro que não aconteceu nada com o Carlos.

— Eu acredito, mas ... — Ele tentou falar mas ela não deixou.

— Eu disse pra ele que era pra ele desistir, não tô interessada, e também devolvi todos os presentes dele. — Helô disse.

— Mas seu pai... — Stenio disse.

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