Inauguração

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— Muito prazer... — Lais falou estendendo a mão para Helô que estava em choque, sem conseguir respirar.

— Muito Prazer.... — Helô conseguiu responder um pouco tremula.

— Ali estão os novos investidores, vamos lá falar com eles... — Luiz falou.

— Laís, você se incomoda de fazer companhia para a minha amiga enquanto eu e Luiz falamos com os investidores? — Carlos pediu.

— Imagina, será um verdadeiro prazer, acredito que eu e Helô temos muito que conversar, afinal em breve ela compartilhará da mesma tarefa árdua que a minha de ser casada com alguém que é casado com o trabalho não estou certa? — Lais disse.

— Assim eu espero... — Carlos sorriu. — Helô,  volto logo... — Carlos se afastou  com Luiz, deixando Helô e Laís sozinhas.

Uma nunca tinha visto a outra, mas ambas sabiam quem claramente quem uma era para a outra, afinal, era difícil encontrar um mulher com  nome peculiar como Heloísa, sem falar que também era difícil encontrar uma mulher, negra e que tenha financiado um escritório de advogados e também fosse advogada.

— Devo admitir, você tem coragem. — Laís disse de forma dura.

— Não é o que parece. — Helô falou.

— Não me parece que você está aqui obrigada pelo seu pai... — Laís disse, a essa altura, Stenio já tinha contado tudo pra ela e Helô sabia.

— Eu sei que parece que eu sou uma pessoa horrível, mas eu juro que...— Helô tentou explicar mas Laís a impediu.

— Olha eu não quero saber o que parece, o que eu sei é que você está brincando com o coração de dois homens bons, honestos e honrados e que isso está errado. — Laís disse sem delongas.

— Eu gosto do seu sobrinho. Muito. — Helô falou olhando ao redor para vê se encontrava Stenio na multidão.

— Meu sobrinho não é santo, eu sei, mas ele é a pessoa mais importante para mim e eu juro que se você partir o coração dele... — Laís disse.

— Poderíamos chamar de reparação, afinal dessa vez não seria ele a partir o coração de alguém não é mesmo? — Helô falou com sarcasmo. — Olha, entendo que você se preocupe com seu sobrinho, mas ele já está bem grandinho e pode cuidar de si mesmo.

— Você é direta, aprecio isso. — Lais ponderou.

— Você também e já que estamos sendo sinceras uma com a outra, é um pouco hipócrita da sua parte me ameaçar uma vez que o que seu sobrinho mais fez na vida foi partir o coração de alguém.... — Helô falou.

— Então isso é uma espécie de vingança? — Laís perguntou.

—Antes fosse... — Helô suspirou. — Eu realmente gosto dele.

— Você está com medo... huum, interessante... — Laís abriu um meio sorriso. — Me fale sobre sua relação com o Carlos...

— Não que eu tenha que te dar explicações, mas meu pai acredita que o Carlos será um bom marido, ele teme que eu fiquei desamparada quando ele faltar... —  Helô explicou.

— Então seu pai quer te vender? — Laís perguntou com horror.

— Não... — Helô suspirou novamente. — Ele acha que o Carlos pode me fazer feliz. Carlos é um bom homem, tenta ser um bom pai, é um bom chefe, meu pai diz que todos os funcionários na empresa o adoram, é gentil, educado, inteligente...

— Mas você não sente nada por ele... — Laís disse.

— Não. Mas, até agora não consegui encontrar nenhuma justificativa para dizer ao meu pai que não é ele com quem eu quero me casar....  — Helô falou desviando os olhos.

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