A disputa

177 20 3
                                    

Helô não percebeu que tinha pegado no sono, até que uma mão tocou seu rosto de forma delicada a retirando dos mundos dos sonhos.

— Stenio... — Ela sorriu ao vê-lo sentado na beira de sua cama.

— Uma rosa para outra... — Ele entregou uma rosa para ela, se inclinou e deu um beijo casto na bochecha dela.

 — Ela é linda, obrigada... — Helô disse se levantando e pondo a rosa dentro do jarro que tinha na mesinha de cabeceira.

— Você está linda.... — Stenio sorriu. — Ou melhor, você é linda....

— E o senhor está muito galante esta noite... — Helô sorriu de forma tímida e ele sorriu de volta. — E então, como andam os preparativos para a inauguração?

— Bem, eu acho.... — Stenio falou dando de braços.

— Você não parece muito animado com esse escritório... — Helô falou.

— Eu gosto do direito, e agora, gosto de estar aqui! — Stenio falou.  — Mas essas coisas de organização, eventos, vida pública me deixam estressado.

— Você gosta de ser mimado isso sim. — Helô disse rindo.

— Vamos falar de você... — Stenio respondeu.

— De mim? O que você quer saber? — Helô perguntou.

— Não sei, essas coisas que namorados devem saber sobre namoradas... — Stenio falou sorrindo.

— Então estamos namorando? — Helô perguntou de forma provocativa.

— Pensei que tivéssemos deixado isso claro ontem... — Stenio explicou.

— Eu concordei em você vir me visitar, isso não quer dizer que tenhamos algo... — Helô explicou fingindo desinteresse.

— Falarei com seu pai no jantar de inauguração, e pedirei sua mão para ele... — Stenio disse.

— Não faça isso! — Helô falou se levantando da cama nervosa.

— Mas eu pensei... — Ele ficou confuso.

— Não é isso, se você fizer o pedido assim, na frente de todos ou encurrala-lo em uma festa, ele nunca permitira que nós ficassemos juntos... — Helo falou.

— Mas assim, na frente de todos, com a minha família me apoiando, toda a alta sociedade lá, ele não teria motivos pra negar..... — Stenio disse. — Eu posso te dar uma vida digna e confortável ao qual você estava acostumada...

— Desde quando você tem dinheiro? — Helô perguntou surpresa.

— Desde sempre... — Stenio disse colocando uma mexa do cabelo dela atrás da orelha.

— Você tá me dizendo que é rico? — Helô perguntou desconfiada.

— Sou. — Ele suspirou. — Eu nunca liguei pra isso, e tô aqui com a Laís porque ela também não se importa...

— Ela sabe de mim? — Helô perguntou.

— Sabe que eu vou me casar... — Ele sorriu de forma bobinha pra ela.

— Stenio, meu pai se comprometeu com o Carlos e ele não voltará atrás em sua palavra, pelo menos não agora... — Helô explicou. — Você ouviu, ele me pediu seis meses.

— E você acredita em seu pai? — Stenio perguntou.

— Acredito... — Ela falou. — Além disso, a gente mal se conhece, não podemos casar assim.

— Ah você não gosta de mim? — Ele perguntou tristinho.

— Não te conheço o suficiente pra saber responder isso. — Ela disse mordendo o lábio inferior.

Amor predestinado Onde histórias criam vida. Descubra agora