Da morte ao renascimento...

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Logo se formou um falatório, as pessoas estavam chocadas com tudo que haviam vivido naquela noite.

— Seu delegado.... — O médico cochichou no ouvido do delegado.

— O senhor tem certeza? — Ricardo perguntou.

— Não porque tem que fazer autópsia, mas eu apostaria os meus quarenta anos de medicina nisso. — O médico falou.

— Obrigado. — Ricardo disse. — Todos deixando nome e endereço ao sair com os guardas e estão  liberados.

—Helô!!! — Stenio correu pra perto dele, ele ia abraçar mas Laís não deixou, ela mesmo abraçou Helô.

— Ele...ele...morreu... — Ela estava sentada no chão em completo choque.

— Vem cá. — Laís puxou ela do chão e abraçou ela.

— Você não pode ficar aqui, agora isso é cena de crime. — Ricardo disse.

— Ela não vai, mas como assim cena de crime? — Stenio perguntou, ela não estava em condições de dizer nada.

— Não sabemos de que ele morreu e considero uma morte suspeita, até sair a autópsia, isso será tratado como um possível assassinato. — Ricardo disse. — E vocês, nada de deixar a cidade.

— Nós não vamos. — Stenio disse.

— Seu delgado, ela e os filhos vão morar comigo, se o senhor quiser encontra-los para falar com eles, ela estará lá... — Laís disse abraçando Helô.

— Meus filhos, eu quero meus filhos. — Helô pediu ao ouvir citar os filhos.

— Podemos ir? — Stenio perguntou ao delegado.

— Sim, sim.... — O delegado permitiu.

— Claro, vamos! — Stenio disse levando ela de lá junto com Laís.

Quando eles chegaram na casa de Laís, as crianças estavam olhando assustadas, sem entender nada.

— Mamãe! — Os dois correram pra abraçar Helô.

— Eu tentei fazer eles dormirem mas não adiantou, eles só queriam a senhora dona Helô. — Creusa disse.

— Obrigada Creusa, pode ir! — Helô disse abraçando os filhos.

— Olhe, tem uma sopinha pra vocês na cozinha, e Dotô Stenio, cuida direitinho deles tá! — Creusa pediu.

— Eu vou, pode deixar, meu motorista está esperando, e obrigado! — Stenio abraçou a senhora, esses dias em que ela e os outros ajudaram ele a entrar na casa, Stenio acabou se apegando muito a senhora.

— Boa noite, amanhã venho bem cedinho e trago as coisinhas pra eles e dona Helô! — Creusa disse.

— A gente não vai? — Clarisse perguntou confusa.

— Não, vem cá... — Helô levou os dois até o sofá e sentou no meio dos dois. — Olha, por enquanto a gente vai ter que morar aqui um pouquinho....

— Aqui? — Cadu perguntou.

— Por que? E o papai? — Clarisse não entendeu.

Aquilo doeu muito em Stênio ouvir a filha dele ou melhor a filha deles chamando outro de pai, mas, doeu mais ainda em Helô, a culpa atingiu o ápice e ela não aguentou e começou a chorar.

— O que sua mãe tá querendo dizer é que o Carlos morreu. — Stenio falou por ela sabendo que ela não tinha condições de continuar.

— O que é morrer? — Clarisse não entendeu.

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