O julgamento - parte 2

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— Senhora Emília, a senhora foi casada com o réu por quantos anos? — O promotor perguntou.

— Dois anos, quase três. — Ela disse.

— Vocês tinham um casamento feliz? — O promotor disse.

— O mais feliz, se não tivéssemos vindo pra cá, tenho certeza que ainda estaríamos casados. — Emília disse.

— E o que a senhora acredita que acabou com seu casamento? — O promotor perguntou.

— Aquela mulher ali, ela arruinou as nossas vidas. — Emília apontou pra Helô que estava sentada na platéia e começou falatório.

— Protesto, relevância? — Laís pediu.

— Ordem, ordem no meu tribunal. — O juiz disse. — Protesto aceito, promotor...

— Muito bem, nos conte sobre o que a senhora sabe. — O promotor pediu.

— No dia da posse de Carlos, Stenio estava nervoso, ele não queria que eu fosse, quando chegamos, eu vi ele falando com a empregada que trabalhava para o Carlos e hoje trabalha pra ele... — Emília disse. — E quando todo mundo estava no salão, ele foi na cozinha e só voltou quando começaram distribuir as bebidas.

— E depois? — O promotor perguntou.

— Ele ficava olhando no relógio nervoso e olhando prós lados, eu fui embora logo depois do discurso do Carlos, não estava me sentindo bem. — Emília disse.

— Como soube onde ele escondia o veneno? — O promotor perguntou.

— Quando fui assinar o divórcio, cheguei mais cedo e vi, na época, não pensei que poderia ser isso, mas depois, quando achei o recibo do medicamento nas minhas coisas, eu juntei tudo. — Emília disse.

— E você acredita que ele teria coragem de ter envenenado o Carlos? —   O promotor disse.

— O Stenio é leal e muito determinado em ajudar as pessoas que ele gosta... — Emília disse mas o promotor a interrompeu.

— Por favor, responda sim ou não. — O  promotor pediu.

— Sim. — Emília respondeu.

— Sem mais perguntas. — O promotor disse enquanto o falatório seguia.

— Defesa... — O juiz pediu.

— Gostaria de pedir pra ouvi-la por último. — Laís pediu.

— Se a promotoria não se opor.... — Juiz disse.

— Farei essa gentileza. — O promotor disse.

— Bom, então agora gostaria de chamar a primeira testemunha.... — Laís disse.

Ela chamou os funcionários deles, depois Guida e Creusa, Monteiro que contou todos os crimes de Carlos, inclusive sobre a suspeita do assassinato de Rebeca, depois o médico que cuidou de Helô quando Carlos quase matou ela. Então, ela chamou Helô, surpreendendo até Stenio.

Primeiro ela falou do relacionamento dela com Stenio, como era antes de se separarem, depois contou tudo que Carlos fazia com ela, com riqueza se detalhes, nesse momento todos olharam horizados, inclusive o juíz.

— E você e o Stenio organizaram o plano para matar o Carlos? — Laís perguntou.

— Não, eu queria matar o Carlos, queria livrar meus filhos, eu ia pra cadeia, mas meus filhos iria ficar livres dele, mas o Stenio não deixou, ele disse que faríamos tudo dentro da lei. — Helô disse. — E fizemos, Stenio não matou o Carlos tenho certeza!

— Protesto. — O promotor disse

— Aceito. — Juíz disse.

— Muito bem, uma última pergunta, porque você não acredita que o Stenio tenha assassinado o Carlos? — Laís perguntou.

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