Amor predestinado

O acontecido

— Stenio, Stenio, acorda.... — Helô disse cutucando ele.

— Huuummm... — Ele disse sonolento.

— Já é de manhã, daqui a pouco meu pai vem aqui... — Ela disse levantando da cama e vestindo a camisola de qualquer jeito.

— Meu Deus... — Ele disse levantando catando as roupas.

— Helô... já acordou? — O pai dela bateu na porta.

— Já papai... Só um minuto. — Ela disse nervosa enquanto ele terminava de vestir a roupa.

— Tá bom... — Antônio disse.

— Meu Deus a gente tá louco. — Ela disse ajudando ele a cantar o restante das roupas.

— Mas amanhã a gente vai poder acordar juntinho, depois de amanhã, e todos os dias que vierem... — Ele disse largando a roupa no chão e puxando ela pra um beijo.

— Para Stenio.... — Ela disse rindo retribuindo os beijos dele. — Vai embora vai....

— Vou. Eu te amo! — Ele disse.

— Eu também te amo e não se atrase. — Ela disse fazendo carinho no rosto dele. — Agora vai, antes que meu pai volte. — Ela disse rindo ajudando ele a pegar as roupas e abrindo a janela pra ele sair.

Por sorte a rua estava vazia e ninguém viu ele saindo do quarto dela.

— O que aconteceu? — O pai dela perguntou.

— Nada papai, eu só tô feliz... — Helô disse suspirando de alegria. — Eu vou casar com o amor da minha vida, tem como não estar feliz?

— Eu tenho certeza que esse casamento é um erro. — Antônio disse.

— E eu quero saber como o senhor vai viver sem mim por pura birra. — Helô disse de bom humor.

— Não vou morar na casa daquele lá. Nunca jamais. — Antônio disse.

— O senhor que sabe, quando mudar de ideia, seu quarto estará pronto lhe esperando.... — Helô disse beijando a cabeça do pai. — Vou preparar nosso café porque o dia é curto....

O dia vôo, logo as amigas de Helô chegaram na casa dela para ajudar a organização das últimas coisas que faltavam para mudar pra casa nova, arrumar o cabelo e a maquiagem.

— Eu tô tão feliz por você!!! — Maitê disse vendo ela vestida de noiva todo mundo já tinha ido embora e elas os encontrariam direto na igreja.

— Eu também, eu só queria que ela estivesse aqui.... — Helô disse com os olhos lacrimejando segurando o rosário que era da mãe.

— Ela tá Helô, ela tá... — Maitê disse abraçando amiga.

— Helô, Helô... — Moretti bateu aflito na porta do quarto dela.

— O que aconteceu com o Stenio... — Helô perguntou já sentindo as lagrimas escorrer vendo o desespero no rosto do amigo.

— Ele...ele... — Moretti tentou mas não conseguiu falar. 

— Não vai poder se casar com você... — Antônio falou.

— Por que? — Helô perguntou chorosa imaginando o pior.

— Ele foi assaltado voltando para casa, encontramos ele hoje desacordado caído em um beco... – Moretti disse.

—  Como ele está? —  Ela perguntou.

— Ele está muito machucado, levou um golpe na cabeça e uma facada... — Moretti explicou.

— Oh, meu Deus... — Helô disse  desabando na cadeira atrás dela. — Eu preciso ir vê-lo.