Agora você vê, agora você não vê....

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— Infelizmente está de cama, pegou uma gripe forte.... — Laís disse. — O médico queria até internar, mas ele se recusou, é teimoso.

— Esse aqui é igual, homens. — A mulher do prefeito disse.

— Mas essa aqui é a esposa dele, Emília, não sei se lembram... — Luiz apresentou.

Aquilo tinha sido um balde de água fria em Helô, novamente, era só ele brincando com ela. Mas ao olhar pro lado, ela viu os filhos sorrindo de verdade, se divertindo, os olhinhos deles brilhando, eles falando com outras crianças e comendo pipoca, sendo crianças normais que deveriam ser e tudo valeu a pena.

— Eu lembro, acho que os conheci no seu aniversário... — Emília falou comprimentando todos, inclusive Helô.

— Exatamente, nossa, seu vestido é magnífico! — A mulher do prefeito disse.

— Obrigada, esse um dos meus vestidos mais básicos... — Emília respondeu sendo nada modesta.— Meu marido sempre faz questão de que eu ande muito bem vestida.

— E seu marido está melhor? — O prefeito perguntou, Helô estava aérea, encantada com a alegria visível dos filhos.

— Ele é dramático, foi só um resfriadinho... — Emília disse desdenhando.

— Não foi tão simples, ele teve muito febre, dor no corpo, ele tá até de cama. — Laís disse em tom de repreensão.

— Estimamos melhoras, quem sabe da próxima vez ele não se junte a gente. — Carlos disse.

— Oportunidades não irão faltar, ainda mais que parece que o tio dele vai ser o vice-prefeito.... — Emília disse em tom divertido.

— Ela está mais ansiosa que nós, já disse, ainda tem a eleição... — Luiz riu.

— Vai começar o show, vamos entrar!!! — Laís disse.

— Deixa eu chamar as crianças... — A esposa do prefeito fez sinal e os filhos vieram correndo até eles,  mas os filhos de Helô vieram andando tranquilamente.

Eles entregaram o ticket de entrada e logo foram direcionados para os lugares que seria na primeira fileira, na frente do palco. Primeiro teve o show da mulher barbada, depois o cara com argolas, facas e tochas de fogo, teve o leão em cima de um banquinho e depois e mais aguardado, foi o show do mágico.

Ele usou as pessoas da plateia pra ajudar em seus números, primeiro foi Laís, depois umas duas pessoas aleatórias, depois as crianças inclusive o filho do prefeito, mais duas pessoas aleatórias e então Helô.

— Muito bem, vou por a máscara nela, e agora vou sumir com ela.... — Ele disse colocando Helô dentro de um sarcófago. — Agora todo mundo repetindo "Salamim, salabam, bummm"  — Ele pediu, e todo mundo repetiu.

Mas quando ele abriu, Helô ainda estava lá dentro, isso arrancou gargalhadas da plateia.

— Não, não gente, minha assistente trouxe o livro errado, vamos falar as palavras certas agora " Tunka bunk do" — Ele pediu, mas novamente nada aconteceu. — Meu Deus, vê esse negócio direito aí, cê tá me deixando constrangido na frente das pessoas. — Ele disse, voltando a arrancar gargalhadas e gargalhadas da plateia. — Agora, eu sinto que vai " Atum, atum, atum. " — Ele disse e quando abriu, Helô não estava mais lá dentro, arrancando palmas da plateia.

— Tá, agora vamos trazer ela de volta. — Ele disse, então o assistente veio e falou no ouvido dele. — Como assim você perdeu o livro pra trazer ela de volta????

— Oooooooh ! — Todo mundo disse.

— Cadê minha mulher??? — Carlos ficou pé.

— Mantenha calma, mantenha a calma, vamos dá um jeito, por favor, o marido no palco para nos ajudar.... — O mágico pediu e todo mundo aplaudiu quando Carlos subiu no palco.

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