— Você está me seguindo? — Helô perguntou.
Stenio gargalhou. — Por favor, eu tenho mais o que fazer com o meu tempo do que ficar correndo atrás de uma mal agradecida... — Ele disse dando de ombros.
Helô mordeu o lábio inferior. — Ok, obrigada por me salvar! Meu dia estava péssimo e eu acabei descontando em você...
— Como eu sou uma pessoa muito generosa e altruísta, eu vou lhe perdoar.... — Stenio disse.
— Eu não pedi desculpas, apenas agradeço ter salvo a minha vida! — Helô bufou começando a se irritar com a postura soberba dele. — Com licença, eu tenho mais o que fazer do que perder tempo com um... — Ela olhou ele de cima em baixo. — Um qualquer, passar bem! — Helô falou e se virou para se afastar dele.
— Realmente, passar a noite tentando encontrar um bom partido deve ser muito importante... — Stenio disse em tom zombeteiro.
— O que você falou? — Helô voltou.
— Por favor, sabemos o que moças como você fazem em uma festas assim, eu poderia te propor... — Ele não conseguiu terminar a frase pois foi interrompido pelo tapa que Helô deu no rosto dele.
— ATREVIDO! — Ela disse e se afastou dele enfurecida.
Stenio sorriu um pouco sem graça, olhando os convidados que estavam próximos a eles e viram o tapa e foi para o bar. Helô se afastou dele enfurecida, só não foi embora pois isso seria uma desfeita, então ela foi se sentar na mesa em que seus pais estavam.
— Helô querida, onde estava? — Sua mãe perguntou.
— Desculpem, eu fui ao banheiro retocar meu batom... — Ela disse, mas então percebeu que os pais dela conversavam com alguém. — Boa noite!
— Boa noite senhorita! — O homem levantou, se encurvou e beijou a mão dela.
— Oh Helô, esse é o senhor Carlos Almeida de Bragança... — Antônio falou animado. — Ele é o novo dono da nossa antiga casa...
Helô puxou a mão dele e substituiu o sorriso por uma carranca. — Então não temos nada para falar com esse senhor!
— Por favor, senhorita, eu vim me desculpar pela forma que meu empregado conseguiu a casa de vocês, minha esposa faleceu recentemente e eu estava a procura de um novo lar para mim e meu filho, seu eu soubesse, eu nunca teria concordado... — Carlos explicou.
— A questão nunca foi vender, e sim a proposta injusta e abaixo do valor pelo qual o senhor arrematou nossa propriedade. — Helô respondeu séria.
— Eu entendo, estava agora mesmo falando com seu pai que tenho uma vaga em uma das minhas fabricas de algodão, sei que o trabalho é inferior mas é uma forma de redimir mal feito que posso ter lhes causado. — Carlos falou.
— Isso seria ótimo, obrigada... — Antônio disse sorrindo.
— Ficamos gratos. — Carmem disse seca. — Agradeça também Heloísa.
— Isso é mais pra aliviar a consciência dele do que pela gente. — Heloísa resmungou.
— HELOÍSA. — Antônio levantou a voz pra ela e a olhou com raiva.
— A senhorita está certa, por favor, me dee a oportunidade de lhe mostrar que eu sou melhor que todo esse mal entendido. — Carlos pediu.
— Heloísa, vamos, agradeça já. — Antônio falou.
— Obrigada. — Helô disse ainda contráriada, mas de fato o trabalho para o pai seria de muita ajuda, ela sabia que as economias deles estavam perto de findar e logo teriam que começar a vender jóias, roupas e utensílios para sobreviver e comprar os remédios da mãe dela.
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Amor predestinado
RomanceUniverso alternativo, fic de época onde o pai de Helô perde todo o dinheiro da família e Helô precisa começar a trabalhar, então ela se torna babá do filho de um viúvo misterioso que fica obcecado por ela, mas o coração dela fica balançado pelo tamb...