— Cadu, tô canxada, quero sentar. — Clarisse resmungou sentando no meio fio.
— Eu falei que não era pra você vim. — Ele disse. — Já vai escurecer, a gente tem que ir mais rápido, vem, sobe nas minhas costas.... — Ele abaixando um pouquinho pra ela subir nas costas dele.
Eles andaram por mais dez minutos e e enfim chegaram na delegacia.
— Viemos falar com o delegado. — Cadu disse.
— É, a gente veio falar com o delegado. — Clarisse confirmou.
— Vão embora, aqui não é lugar pra criança. — O guarda não deixou eles entrarem.
— Moço, a gente precisa muito falar com o delegado, é caso de vida ou morte. — Cadu pediu.
— Já disse, vão embora, ou eu mesmo dou as palmadas que os pais de vocês não deram, onde já se viu, vim importunar o delegado. Se vocês fossem meus filhos iam ficar de castigo no milho. — O cara mau humorado falou, as crianças ficaram com medo e saíram.
— E agora Cadu? — Clarisse perguntou.
— A gente fica escondidos ali atrás daquela árvore e quando o delegado sair a gente fala com ele. — Cadu disse.
— Mas se ele bater na gente igual o moço falou que iria fazer? — Clarisse perguntou assustada.
— A gente faz assim, você fica escondida e eu vou, se ele me bater você sai correndo. — Cadu disse.
— Tá bom! — Clarisse respondeu, então eles sentaram no chão atrás da árvore.
Heloísa
— Eles não podem ter sumido. — Helô disse desesperada depois de vasculhar a casa toda.
— Eles não levaram nada? — Maitê perguntou.
— Não, a Clarisse levou só a boneca que ela mais gosta, mas só isso, não levaram nada nem pra comer. — Guida explicou.
— Então eles devem estar perto.... — Maitê disse.
— Nada Helô, revirei a cidade e nem sinal deles.... — Monteiro disse.
— E já escureceu... — Helô falou.
— Já avisaram o Ricardo? — Maitê perguntou.
— Não.... — Helô disse aflita.
— Olha, eu aviso e de lá vou pra casa, qualquer notícia por favor, pede pra ir me falar! — Maitê disse.
— Obrigada minha amiga. — Helô disse.
— Mas essas crianças também em, tinham que aprontar justo agora... — Creusa disse.
— Helô, vamos nos lugares que eles gostam de ir.... — Monteiro falou.
— Vamos.... — Helô disse.
— Eu vou ver na casa dos amiguinhos da escola do Cadu! — Guida disse.
Clarisse e Cadu
Clarisse e Cadu ficaram horas atrás da árvore escondidos, se esconderam ainda mais quando viram Monteiro e Guida passear, eles também ficaram nervosos quando viram a Maitê entrando na delegacia, mas depois ficaram tranquilos quando ela saiu. Começou a chover e mesmo assim eles não foram embora, até que finalmente Ricardo saiu.
— Cadu, é ele? — Clarisse perguntou.
— É, fica aqui. — Cadu disse e correu pra falar com Ricardo. — Seu delgado, seu delegado....
— Você novamente moleque. — O guarda disse indo pra cima do menino.
— Cadu? — Ricardo reconheceu o menino, ele estava todo molhado e tremia de frio.
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Amor predestinado
RomantikUniverso alternativo, fic de época onde o pai de Helô perde todo o dinheiro da família e Helô precisa começar a trabalhar, então ela se torna babá do filho de um viúvo misterioso que fica obcecado por ela, mas o coração dela fica balançado pelo tamb...