Passado no Presente

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— É aqui? — Stenio perguntou.

— Esse é o endereço que me deram... — Helô disse. — Deixa eu bater!

— Sim, pois não... Stenio? Heloísa? — Ricardo disse surpreso. — Aconteceu alguma coisa?

— Quem é amor.... Helô? — Ela disse surpresa.

— Maitê! — Helô falou sorridente.

Maitê passou o bebê que segurava para Ricardo e então abraçou a amiga.

— Meu Deus, entrem! — Maitê disse.

A babá veio e levou a criança para outro cômodo.

— Vocês se conhecem? — Ricardo perguntou confuso.

— A vida toda, nossas mães eram amigas desde criança, Helô também era minha amiga.... — Maitê disse suspirando.

— E eu gostaria muito de voltar a ser, por isso vim aqui.... — Helô falou. — Mas eu não sabia que você era casada com o delegado da cidade....

— É uma longa história... — Maitê riu. — Mas que vai ficar pra depois do almoço, faço questão! — Maitê disse sorridente.

—  Eu queria ficar mais, porém preciso voltar pra delegacia....— Ricardo sorriu dando um beijo na mão da esposa. 

— Mas você vai sem almoçar novamente Ricardo? — Maitê brigou com ele.  — Dona Inácia... — Maitê chamou e a empregada veio. — Faz uma marmita para o seu Ricardo levar!

— Já está pronta.... — Dona Inácia entregou pra ele. — Sabia que ele ia acabar saindo sem comer de novo, também, passa a manhã toda com essa criança no colo...

— Eu faço isso porque sei que vocês me mimam... — Ricardo brincou dando um beijo na bochecha da empregada.  — E também, três meses é muito tempo para um pai ficar sem sua filhinha, preciso recuperar o tempo perdido....

—  Eu também vou, assim vocês podem conversar mais a vontade e eu almoço com as crianças ... — Stenio sugeriu.

— Sério? — Helô perguntou, ela ainda ficava surpresa quando ele tratava ela de forma normal.

— Sim, vou de carro de praça e deixo o motorista pra te levar quando você quiser, ou você prefere ir de carro? — Stenio perguntou.

— Pode deixar o motorista mesmo! — Helô respondeu sorrindo, parecia até sonho que ela estava mesmo vivenciando tudo aquilo.

— Quer uma carona, vou passar em frente a sua casa para ir à delegacia de qualquer forma. — Ricardo ofereceu.

— Melhor não, os rumores estão em alta, não quero dar mais munição pra ninguém nessa cidade. — Stenio disse.

— Tá bom então... Até mais tarde amor, qualquer coisa  manda me chamar na delegacia! — Ricardo beijo Maitê e saiu.

— Tchau... — Stenio deu um beijo na bochecha de Helô. — Foi bom te rever também Maitê, qualquer dia vai lá em casa! — Stenio disse e depois saiu.

— Eu não tô entendendo mais nada, você não era casada com o Carlos? — Maitê perguntou.

— Você não tá sabendo? O Ricardo não te falou? — Helô perguntou surpresa. Ela  achava que toda cidade sabia.

— Não estou sabendo, estava fora, minha irmã morreu, tive que ir resolver as coisas fora da cidade, fiquei três meses fora.... — Maitê disse. — Cheguei ontem...

— Sinto muito. — Helô disse. — Mas o Ricardo não te contou?

— E, se depender disso, aí mesmo que não saberia, a gente tem um acordo, da porta pra dentro é terminantemente proibido falar de trabalho,  delegacia, preso ou qualquer coisa disso, ele tem que deixar o delegado lá na delegacia e voltar só como meu marido! — Maitê disse.

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