Coração Selvagem

Do que me acusam?

A aglomeração em frente ao cárcere iniciou assim que correu no porto a informação da prisão de Sasuke Uchiha. Havia li diversos tipos de pessoas: Do mais humilde a alguns com situação financeira proeminente; das solteiras a discretas casadas; dos amigos aos desafetos. Todos desejavam saber os motivos da detenção e quanto tempo o pirata passaria ali.

Abrindo caminho entre a multidão, com sua acompanhante do lado, Hinata caminhava decidida para apoiar o marido, ainda apavorada com a visão da face ensanguentada de Sasuke.

Tinham retirado seu marido de seus braços e o levado para a prisão ainda desacordado. Precisava vê-lo, cuidar de sua ferida e ajuda-lo a retornar para casa.

Ao chegar próximo ao imóvel de pedras, foi barrada por uma espécie de cordão humano feito pelos guardas de São Pedro para conter a população de curiosos e revoltosos, impedindo-os de ultrapassar o portão.

— Sou Hinata Uchiha, esposa de Sasuke — anunciou. — Desejo ver meu marido.

— Desculpe, senhora, mas o capitão é o único que pode dar a permissão para as visitas — disse o cabo responsável pelo local até a chegada do chefe.

— Quando chegara o capitão Danzou?

— Não sei dizer senhora.

— Necessito ver meu marido, pelo menos saber se está vivo ou morto.

— Sinto muito, senhora. O máximo que posso fazer e deixa-la aguarda-lo do lado de dentro dos portões, mas não poderá entrar na prisão sem que o senhor Danzou permita.

Hinata assentiu e entrou junto de Temari, sentando no longo banco de ferro na entrada.

Desnorteada e sem saber como proceder, buscou em sua mente pessoas que poderiam ajuda-la. O único advogado que conhecia, Kakashi Hatake, foi preso junto com Sasuke e um dos amigos dele, que, em meio à confusão e o desespero, não identificou.

— Temari, vá até à casa de minha mãe e diga o que aconteceu — ordenou de repente para sua acompanhante, acrescentando mesmo incerta de que conseguiria a ajuda das pessoas citadas. — Peça que procure minha tia Kushina... E Naruto. Que me ajudem!

— Sim, senhora!

A jovem empregada saiu em disparada, movendo-se entre os populares, nem mesmo percebendo a presença de Ino a alguns metros de onde deixara Hinata.

A loira foi uma das primeiras a chegar ao cárcere, estava quase sem fôlego de tanto gritar para libertarem Sasuke. Quando notou que um espaço se abria, viu Danzou passar pomposo entre os demais com um homem igualmente ostentoso ao lado. Correu na direção dele, agarrando o braço do chefe para detê-lo.

— Quero ver Sasuke.

Tratando-a como uma incomoda mosca, Danzou a emburrou e seguiu seu caminho ignorando as palavras ao seu redor.

Ino só não se estatelou no chão por estar em meio a muita gente. Avançou decidida a alcançar Danzou, mas os guardas barraram sua passagem.

Tocaram seu ombro, ao olhar para trás encontrou Gaara.

— Ino! É verdade o que dizem? Sasuke está preso?

Ino confirmou.

— Deve estar satisfeito com a prisão do capitão

— Juro pelo que há de mais sagrado que não tenho nada a ver com isto.

Gaara analisou a construção de pedra e o cordão de oficiais protegendo-a dos populares, sem entender como conseguiram provas contra Sasuke. Durante meses na casa dos Uchiha não encontrara nada incriminador, então o que causara a prisão?