Delicada e fina

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Naruto e seus personagens não me pertencem.

~*S2*~

Adaptação/tradução da telenovela Corazón Salvaje de 93, que é uma adaptação do romance da escritora Caridad Bravo Adams.

~*S2*~

Fanfic dedicada a Pinkuiro que me convenceu a transcrever essa maravilhosa história. <3

~*S2*~

A campainha fez ambas as mulheres saírem do quarto, descerem as escadas e verem, cada uma com um sentimento diferente, Sakura deixar Kabuto entrar na casa.

— Bom dia, senhoras! — Kabuto cumprimentou com um largo sorriso.

Kurenai e Sakura corresponderam, Hinata voltou-se para sua mãe sem responder ao cumprimento.

— Voltarei a minha casa, nos vemos outro dia mãe.

Preocupada com a segurança da filha, principalmente com a intenção dela de seguir o marido em uma possível fuga, Kurenai a deteve pelo pulso.

— Hinata, mesmo que não tirem sua casa, venha morar comigo e seu pai — Kurenai pediu na tentativa de trazer a filha para perto. Assim, caso Sasuke fosse condenado, impedi-la de torna-se uma fugitiva da lei.

— Obrigada pelo convite, pensarei a respeito.

A resposta foi dada por fachada, para não despertar suspeitas nas duas outras pessoas presentes na sala. Não confiava em Kabuto, por compartilhar a suspeita de estar envolvido na prisão de Sasuke. E Sakura...

Foi inevitável não olhar irritada para a irmã. Além de ser uma péssima pessoa, de ser a culpada indireta do que ocorria com Sasuke, sabia que tramava para roubar seu marido. Só isso explicava se encontrar as escondidas com ele.

Estivera tão emocionada no breve reencontro com o marido que não o questionou a respeito das visitas de Sakura. O que aliviava seu coração era a garantia de Tenten, e das próprias palavras de Sasuke, que ele a amava.

Não podia perguntar a irmã, nem contar a ninguém sobre o assunto, por ter prometido a Tenten e precisar da ajuda da amiga para saber o que ocorria com o marido, por isso apenas se limitou a se despedir de Kurenai e ignorar as duas cobras que ficaram com sua mãe.

~*~

Não se surpreendendo com a recepção fria de Hinata, Kabuto informou o motivo de sua visita, uma conversa particular com Sakura.

Tendo que cuidar do marido, e com tanto a pensar após a conversa com Hinata, Kurenai tranquilizou-se por deixar os dois a sós e subiu as escadas. Levava consigo uma grande esperança de que Kabuto estivesse ali para tentar resgatar o casamento de Sakura com Naruto.

Não podia estar mais enganada.

Ficando sozinho com a calculadora jovem, Kabuto guardou os sentimentos de amizade e a culpa por contribuir com o destino trágico de Sakura e foi logo informando para alegria dela:

— Soube o que propôs a Naruto, sobre a fuga e fingir a morte de ambos. Kushina e eu estamos de acordo e iremos ajuda-los.

~*~

Chegando ao seu bar, depois de se banhar e comer, Shikamaru mandou fecharem o estabelecimento e juntar todos os amigos para conversarem sobre as ordens de Sasuke, dadas antes de sua liberação.

Emocionado em rever o amigo, Kiba foi ao seu encontro e o abraçou com empolgação levantando o outro a alguns centímetros do chão.

— Te soltaram? E cadê Sasuke?

Buscou com os olhos o outro amigo antes de receber a péssima resposta:

— Kakashi não conseguiu a liberdade dele. — O lamento foi seguido da indicação: — E Sasuke duvida que conseguirá. E por isso me pediu para repassar as instruções para soltá-lo — completou lançando um olhar agudo para os outros amigos.

— Não esperará nem o julgamento? — Konohamaru questionou surpreso.

— Tendo certeza que a prisão foi paga pelo Uzumaki, ele acha que não tem a mínima chance de ter um julgamento justo.

— Hum, Sakura me procurou para ajudar numa possível fuga — Chouji informou. — Ela está disposta a oferecer dinheiro para Danzou liberá-lo.

— O delegado odeia o capitão, jamais aceitará — Shino indicou, acrescentando com desprezo pelo oficial: — Capaz que concorde, roube o dinheiro dela e mantenha o capitão atrás das grades.

— Falei isso para ela. Sakura disse que buscaria outra maneira. Ela o ama demais e está empenhada em libertá-lo, acho que mais que a esposa dele — acrescentou recebendo um olhar zangado do primo.

— Não diga bobagens! — Shikamaru o repreendeu.

Chouji deu de ombros, não se abalando com a reprimenda.

— O que a esposa dele está fazendo até agora? Nada. Nem mesmo nos procurou para oferecer ajuda.

— Ela conta com o auxílio do Kakashi, o que faria aqui? E ela concordou em fugir com o capitão — informou causando surpresa nos demais.

— Ela é tão delicada e fina — Kiba disse mais para si mesmo do que para os demais, complementando com algo que povoava a mente dos demais: — Duvido que aguente viver fugindo das autoridades.

— Ela está disposta a isso, o que prova que ama o capitão o suficiente — Shikamaru salientou fixando em seu primo um olhar reprovador. — E o capitão quer Hinata ao seu lado, não a que o largou por riqueza fácil.

Deixando de lado a vida amorosa do Uchiha, Shikamaru focou em narrar o que teriam de fazer para soltar Sasuke, cada passo necessitando da habilidade dos homens ao seu redor.

Kiba, o mais bem humorado, mas que levava o trabalho tão a sério que logo se tornou o braço direito de Sasuke no comando do Satán, puxou uma cadeira para perto de Shikamaru, pronto para cumprir cada pedido. Depois da entrega dos documentos pedidos por Kakashi, tinha feito o possível para descobrir a verdade da apreensão no depósito. Tinha muito pouco que ajudasse, então empregaria sua vida em soltar o capitão.

Shino, o mais alto do grupo, permaneceu em pé, os braços fortes cruzados, ouvidos atentos no que teria de fazer. Perito em armas, com sua discrição e habilidades conquistava fácil à confiança dos demais, ao ponto que conhecia desde o ser mais rastejante do porto a um rico e corrupto mercador. Mas nada disso o ajudou nas últimas horas para descobrir quem era o morto largado no depósito do Uchiha. Não havia dúvidas que cairia de cabeça naquela missão.

Chouji, primo de Shikamaru, era o mais cuidadoso e bonachão, que preferia as funções fáceis, nas sombras, pois carregava cicatrizes horríveis que limitavam os movimentos de sua perna esquerda, por culpa das surras na infância. Mesmo assim, estava disposto a agir ativamente para resgatar Sasuke.

Konohamaru, resgatado das ruas e da negligência dos pais por Sasuke na infância e cuidado por Shikamaru desde então, por ter mais de dez anos a menos que os demais, nunca foi colocado em nenhum dos trabalhos do grupo, mas Shikamaru pensava em utiliza-lo no suporte. O rapaz aceitou sem pestanejar.

Não havia dúvidas para nenhum deles que obteriam sucesso no resgate ou – assim como Hinata e Sasuke pensavam fazer - morreriam tentando.

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