2

960 75 2
                                    

Elisabeth Harrys.

Uma vida bem sucedida não é tudo.

Eu sempre quis me manter estável, uma carreira estável, e acima de tudo uma família amorosa.

Isso foi um sonho que pude realizar, mas um sonho que apenas eu sonhava, me casei aos 23 anos com a homem que achei que era o amor da minha vida. Mas o que eu não contava era com a traição dele, com a mulher eu chamava de amiga.

No nosso primeiro ano de casados eu tive minha pimentinha, a minha Angeline, meu anjinho que adora aprontar, mas é uma criança muito amorosa, apesar da linguinha que tem resposta para tudo. Dois anos depois tive minha Aurora, ela é doce, carinhosa, amorosa e tão, mais tão fofa que dá vontade de morder o tempo todo. Aurora tem muito mais da aparência do pai do que minha, mas a sua personalidade vem da avó paterna, que é tão doce quanto ela.

Gustavo e eu mantemos um " relacionamento de pais" saudáveis por conta das meninas, ele não passa tanto tempo com elas quanto gostaria, elas precisam, querendo eu ou não, de uma figura paterna, entretanto ele não faz tanta questão.

Os avós delas sempre vem visitar, eles as amam com suas vidas, só que apesar disso mantenho distância deles, não quero ter tanto contato com eles.

Apesar de todo amor que elas recebem da família do pai, não gostam tanto de passar muito tempo com eles, apenas com os avós que elas tanto ama, e eu não posso obrigar minhas a ficar com quem elas não querem.

Quando recebi uma ligação de Livy dizendo que Angeline não estava se sentindo bem, eu me desesperei, nada podia acontecer com as minhas meninas, nada.

Assim que chego no apartamento que moro com as minhas filhas, encontro Livy andando de um lado para o outro na sala.

- Livy! - Chamo sua atenção.

- Lis! - Ela fala, um tanto preocupada - Angel, ela ficou febril do nada, estávamos brincando e ela disse que estava com dor de cabeça, então coloquei ela no quarto para descansar. - Ela falou tentando me explicar o que aconteceu com minha filha. - Depois de uns 30 minutos fui verificá-la novamente e ela estava com febre. Lis! Deu 38°C.

Então eu corri para o quarto da minha filha. Enquanto Livy estava ainda falando de tudo o que aconteceu.

- Aurora, está dormindo no berço. - Ela falou - Lis, ela está bem não é?

- Livy, se acalme - Digo à ela - Dá uma olhada na Aurora para mim por favor.- Eu preciso pensar e para isso silêncio é necessário.

- Sim, claro, estou indo.

Então ela se foi, e eu fiquei olhando para a minha pequena pimentinha, ela estava tão bem quando sai. Não posso mais deixar as minhas filhas assim. Não que eu não confie em Livy, só acho que por um tempo eu preciso cuidar das minhas meninas, mesmo que para isso eu precise levá-las para a empresa comigo e adaptar a minha grande, vazia e cinza sala.

- Me desculpa pimentinha, eu vou cuidar de vocês, para sempre. - Sussurro em seu ouvido.

Ela se meche um pouco, mas ainda dorme como um anjinho, só assim para ela ter o significado que o nome dela tem. Rio com o pensamento. Essa pimentinha vai me causar muitos cabelos brancos antes da hora.

Vou até o banheiro anexado no quarto estrelado da minha pequena, e preparo uma compressa fria, assim que volto Livy está lá, com os olhos marejados.

- Livy - A chamo com carinho - Tá tudo bem, não é sua culpa.

- Certo, eu já estou indo.

- Livy? - Ela me olha - Precisamos conversar - Digo e mesma assente. - Me espera sala.

Ela sai do quarto em direção à sala. Fico por volta de 30 minutos com minha pequena, acariciando seu pequeno e redondo rostinho, tão delicada, ela parece tão frágil e de fato é. Minha pequena tem papa na língua, mas ainda assim é uma pequena e frágil criança, por elas eu daria a minha vida.

Levanto escutando os resmungos da Aurora do quarto de frente com o da Angel, todo decorado, safári, foi o tema que coloquei no quarto da minha pequena, ela é apaixonada pelos animais pintados na parede que fica o berço.

- Oi coisinha, mamãe está aqui - Olho os seus olhinhos grandes e redondos - Sabe - comecei - Eu acho que vou morder essas bochechas, mas vou fazer isso depois, vamos conversar com a Livy agora. Andiamo ( vamos lá ). - Ela faz um barulhinho com a boca, tão fofo. Eu vou morder essa menina.

Tive uma conversa com Livy, ela parece ter entendido tudo o que quis dizer, e falou que sempre viria visitar. A porta da minha cada estará sempre aberta para ela, eu amo a Livy , ela é como uma irmã mais nova para mim e ela sabe disso, acho que por isso entendeu super bem o que disse a ela.

Com o passar do dia a noite caiu e eu levei as minhas meninas para dormirem comigo. Não há nada mais gostoso que isso, e vou fazer com que elas se sintam seguras em meus braços para sempre. Angel acordou apenas para jantar e logo dormiu de novo, ainda bem que a febre passou e ela parece estar bem melhor. Mio Dio, como eu amo essas garotinhas.

PURE LOVE.Onde histórias criam vida. Descubra agora