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Elisabeth Harrys.

Acordei um pouco estressada na manhã do dia seguinte, não por conta da noite mal dormida, mas por conta das reuniões que teria hoje. Angel está bem melhor, acordou com uma energia que eu não sei dá onde vem, mas quero um pouquinho para mim.

Teria que falar com Theodore Galanis hoje, pedir permissão para poder levar as meninas para o trabalho. Estou com receio de ele dizer não, entretanto vou tenta convencê-lo, não com as minhas palavras, mas com a fofura das minhas filhas. Ah qual é, ninguém resiste a um sorriso da minha Aurora.

Fui interrompida dos meus pensamentos com uma pimentinha, muito, muito animada.

- Mamãe, mamãe - Disse ela, não a respondi porquê parecia que ela me diria outra coisa. - Eu não quelo mais ir para a casa do Gustavo.

Gustavo?

- Amore mio, por quê está chamando o papai de Gustavo? - Perguntei em um tom calmo, entretanto alerta pelo ela diria. - E por que não quer para a casa do seu pai?

- Dede quando tenho que ter um motivo para deixar de ir a casa dele? - Essa garota.

- Pimentinha, eu não posso proibir seu pai de ver vocês, em algum momento ele virá te busca para passar o dia com ele. - Tentei explicar.

- Mas, ele... - Ela parou, e logo após disse - A Kelly, machucou o meu braço. - Mas o que? Esse idiota, onde ele estava quando isso aconteceu.

Eu confiei nele para cuidar da nossa filha, mas parece que estava errada em fazer isso. Apesar de termos nos separado quando Aurora fez um ano, eu deixei que ele participasse da vida das filhas, o deixei participar porquê é direito dele, entretanto nunca encostamos nenhum dedo nas meninas, apesar das birras que Angeline faziam e as vezes faz, sempre conversamos com ela , colocando de castigo em algumas ocasiões, mas nunca, nunca batendo nela.

E agora essa maluca, machuca a minha filha e ele não faz nada.

Kelly é a mulher com quem ele quebrou a minha confiança, com que ele resolveu destruir o nosso casamento.

- Tudo bem, amore, vou conversar com o seu pai, está bem? - Pergunto e ela assente com os olhos lacrimejantes - Não precisar chorar Angel, a mamãe vai resolver isso. - Falo puxando ela para perto, abraço seu pequeno corpo ao meu e digo - Tudo bem, eu te amo. - Sussurro.

- Te amo, mamãe - Ela sussurra para mim, se aconchegando.

Depois de um tempinho abraçadas, despertamos com o meu celular vibrando, mostrando que já está na hora de nos prepararmos para mais um dia. E então ouvimos uns resmungos de uma pequena coisinha que acaba de acordar.

- Bom dia coelhinha, - Falo chamando sua atenção para mim.

- Dia, mamã. - Ela fala, sua voz um pouco rouca pelo sono, tão fofa - Dia, tata. - Disse para irmã mais velha.

- Bom dia coisinha estranha - Essa menina, a repreendo com o olhar. - Quelo dizer, maninha - Ela fala intercalando os olhos entre a irmã e eu.

- Tá bom - Digo estreitando os olhos para ela - olha, a mamãe tem que falar algo para vocês. - Disse colocando ela sentadas a minha frente. - A titia Livy não vai mais cuidar de vocês até a mamãe chegar - Assim que disse, seus olhinhos se arregalaram - Calma, meus amores, ela vai continuar vindo brincar com vocês. De agora em diante vocês vão com a mamãe para o trabalho. - Contei, e aqueles olhinhos cheios de perguntas me olharam atentos.

- Mamã - Aurora falou erguendo o bracinho para falar - pou que? - Ela me perguntou.

- Tão fofa - Angeline comentou abraçando a irmã, acho que a minha garotinha é mais bipolar do que pensei.

- Porque a minha sala está precisando de um toque infantil. - Falei - E vocês são as pessoi... - Não terminei porque fui interrompida.

- Você é design, é só a senhora decorar mamãe. - Angel fala. - O que a senhora faz naquele lugar se não pode nem decorar sua sala? - Mio Dio, eu tenho uma garotinha, com a língua solta que faz suas frases ficarem menos "agressivas", por conta da sua fofa voz de anjo.

- Porque vai ficar faltando os amores de minha vida lá. - Falei, apertando suas bochechas. - E com essa fofura de vocês, vão convencer o meu chefe junto com a mamãe, que a melhor ideia é vocês ficarem comigo lá.

Fiquei por uns bons 30 minutos tentando convencer minhas filhas em ficarem comigo na empresa e me ajudar, com o talento que elas tem para atuar e conseguir a permissão do sr. Galanis.

Me arrumei e arrumei as meninas para irmos para a empresa. Tentei combinar os nossos looks, acho tão lindinho isso de combinar looks.

Quando chegamos na empresa, algumas pessoas nos olharam, uns surpresos, outros um pouco julgadores, outros olhavam como se quisessem me encher de perguntas, e várias delas como alguém que pensasse "eu quero apertar essas meninas".

Entendo eles, nunca falei que fui casada e muito menos que tinha duas filhas, no meu currículo está constando solteira e eu não comento muito sobre minha vida pessoal. Não tenho amizades aqui na empresa e nem fora dela, exceto pela Livy que é mais que uma amiga. E a minha "fama" aqui não é tão boa quanto gostaria que fosse.

Descobri a um tempinho atrás que, as pessoas com quem trabalho diariamente me chamam de "a design chefe que parece odiar o mundo" , simplesmente porque eu não falava com as pessoas, a não ser nas reuniões e nos cumprimentos formais tipo, bom dia ou boa tarde.

Desde quando eu tenho que ficar sorrindo pelos cantos?

Assim que entro no elevador dou de cara com o meu chefe. Theodore Galanis. Jura que tinha que lidar com isso agora? O que eu falo?

- Bom dia sen... - Fui interrompida pela garotinha ao meu lado.

- Esse é o velhote que temos que convencer a nos deixar ficar aqui com você mamãe? - Angeline, você me paga!

Se isso já não fosse ruim o bastante, Aurora começa a gargalhar no meu colo. E nesse momento eu quero, tanto, tanto me esconder em qualquer lugar, entretanto estou em um elevador com os olhos arregalados, com dois pares de olhos azuis olhando com curiosidade paro o meu chefe, que agora meu olhava, com os olhos azuis como o céu, esperando uma explicação e um tanto indignado com a fala da minha filha.

- Espero vocês na minha sala. - Ele disse intercalando seus olhos entre nós três. - Preciso de uma boa explicação ou a melhor desculpa que você puder inventar srt. Harrys.

Apesar da cara séria, seus olhos estavam brilhando, e eu pudia jurar que vi a sombra de um sorriso em seus lábios.

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