25

339 18 1
                                    

Theodore Galanis.

5 horas depois.

Na bagunça da recepção do hotel tentava resolver todo check-in que eu achei que já estivesse resolvido.

Lise acordou quando aindas estavamos no avião e agora a energia dela se compara com a da Angel, até mesmo o sorriso de quem tinha energia para gasta, nesse momento ela está brincando com algumas crianças que estavam na recepção também.

A alguns metros de mim, via a minha esposa contar alguma coisa para os pequeninos que os fizeram cair na gargalhada e olharem para mim, deduzi que ela falou de mim para eles, e me encontrei curioso para saber.

- Senhor? - A recepcionista chamou minha atenção.

- Sim.

- Teve um problema com o check-in, nos mesmo dia que fora reservado outro casal também ligou pedindo reserva. Sinto muito - Isso não pode estar acontecendo - Vamos resolver o mais rápido possível.

- Não, não precisa - A mulher me olhou com os olhos arregalados - Vou reservar outro quarto, tem algum disponível?

- Sim, claro.

Depois de toda a burocracia de pagar e resolver os horários de tudo que há no hotel, eu estava pronto para subir, até me virar e ver Elisabeth. Ela estava ainda mais rodeada de crianças e os pais do pequenos apenas riam, e com todo o momento os olhos deles brilhavam com a alegria dos filhos.

Lis ainda estava com o vestido dela e isso, com certeza, foi um passe para chamar a atenção dos pequenos.

Não queria atrapalhar o momento, apesar do meu anseio pela noite com ela. Que as nossas filhas nunca fiquem sabendo disso, de todas essas crianças em volta da mamãe.

Andei alguns passos até chegar neles, quando estava perto Lise parece ter notado minha presença, ela olhou para mim com os olhos brilhando em alegria e saudades, que eu tenho certeza que é das nossas garotinhas.

- Pronta? - Disse a ela apenas com o movimento dos lábios.
Como resposta recebi um aceno e um lindo sorriso.

- Certo incríveis heróis e grandes vilões - Disse para a rodinha ao seu redor - Acho que um enorme dragão veio levar essa princesa para a torre - Doze pares de olhos olharam para mim, um dragão, amor? Jura?. Um sorriso sapeca brotou nos rostinhos, Elisabeth Galanis, você me paga.

- Eu sou um bom dragão - Disse com a voz mais grossa, tirando risadas, as melhores de se ouvir - E eu vou levar a senhorita...

- Cerejinha - Uma garotinha falou.

- A senhorita cerejinha - Repiti - Para o paraíso e fazê-la muito, muito feliz. Eu prometo - Falei levantando a mão direita.

Olhinhos desconfiados logo se tornaram receptivos, suspirei em alívio. Ajudei Lis se levantar do chão, e esperei que ela se despedisse dos seus fiéis escudeiros.

Um até logo foi recibo por eles, tenho certeza que nos encontraríamos em algum momento nos dias em que ficariamos aqui, apesar de ser um grande hotel.

Andamos até o elevador, alguns olhares pousaram em Elisabeth, e sinceramente não gostei nada de alguns funcionários e homens do local olhando para minha esposa , sei que não há como não olhar para a beleza que irradia dela, mas olhar demais quando o marido dela está ao lado é um pouco demais.

Rodiei o meu braço em sua cintura a trazendo para mais perto. Um riso saiu de seus lábios, essa mulher. Assim que entramos no elevador perguntei.

- Dragão?

- Bem, foi a história - Justificou - Pelo menos eu não te chamei de ogro - Sussurro, mas eu com toda certeza escutei.

- Ogro? - Exclamei indignado - Toda essa beleza e você nem para me chamar de príncipe?

- Eu prefiro violões, amor. Li livros demais para confiar em loirinhos que socorrem as mocinhas do calabouço do dragão - Ela tinha um ponto, e pelo que eu olhei realmente, os vilões são melhores.

- Houve um problema com a reserva, então não vamos ficar na suíte. Tudo bem para você?

- Claro, qualquer lugar com vocês - Creio que ela se referia as meninas - É um ótimo lugar para mim, desde que estejam comigo e felizes.

- Sempre.

Adentramos o quarto e assim que o fizemos, ansiedade se colocou em nosso meio. Era a nossa noite, eu estava mais feliz do que ansioso, entretanto Lis emanava nervosismo, suas mãos se mexiam se entrelaçando uma na outra.

O que me fez segurar suas mãos e trazê-la para se sentar na cama, o bem estar dela vem antes de qual desejo que eu tenha por ela. Tê-la bem e feliz era o suficiente para que eu também estivesse.

- Tudo bem, ruivinha? - Perguntei.

- Eu não sei - Levei minha mão até seu queixo, fazendo ela olhar para mim - E se você não gostar? - Seus olhos lacrimejando, mas sem derramar lágrimas. Ela estava com medo de que não gostasse? Impossível.

- É claro que eu vou, amor - Disse com convicção - Você não tem noção do que causa em mim apenas com um simples beijo - Um selinho - Não precisa se sentir insegura, querida - Outro - Tudo com você é ótimo, e isso - Minhas mãos foram para suas costas, desabotoando o vestido - Vai ser melhor ainda, nos tornaremos um hoje, amanhã, depois de amanhã e para todo o sempre - A deitei delicadamente sobre a cama, me colocando em cima dela - Se você não gosta, pode me pedir para parar. E só faremos isso quando e se você estiver pronta. Entendeu.

- Sim.

- Certo. Posso? - Disse encarando seus lábios.

- Pode.

A beijei delicadamente, tentando de alguma maneira eternizar o momento na memória, suas mãos pararam no meu pescoço trazendo-me para mais perto, aprofundando nosso beijo.

E durante toda noite nos amamos, nos tornando um como deveria ser, nossos corpos em sintonia perfeita, a todo momento olhando nos olhos um do outro.

Entre beijos e fôlegos palavras lindas iam e vinham entre nós dois, sem pausa.

Não notamos o tempo passar, com a gente constantemente falando palavras de amor um ao outro e tentando recuperar todos esses anos perdidos sem nos conhecermos.

Tudo o que estava entre nós desapareceu.
Não havia nada para ser impaciente
Tínhamos certeza que poderíamos ter um ao outro plenamente hoje.

- Elisabeth, eu te amo - Falei em meio a um fôlego.

- Eu te amo também, Theodore - Correspondeu.

E pelo resto da noite, estivemos no unindo, nos tornando um só corpo e uma só carne, consumando nosso casamento, nossa aliança, era o começo de uma longa jornada, uma vida inteira juntos e a morte nos separasse.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

penúltimo capítulo. . .

PURE LOVE.Onde histórias criam vida. Descubra agora