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Elisabeth Harrys.

Eram as gargalhadas mais lindas que eu já ovuira em toda minha vida. Era como melodias diferentes, mas quando eram postas em sintonia se transformavam na mais bela canção.

Os sorrisos em seus rostos iluminava o meu mundo. Tudo ao me redor parecia fazer muito mais sentido quando aquelas melodias era ouvidas por mim. Cada riso, era como se notas de um piano simples, o mais comum de todos se tornasse o mais belo e precioso quando tocado pela pessoa certa.

O som da risada deles era a minha canção favorita.

O modo como ele sorria fazia com que as covinhas profundas aparecessem, sorri com isso. Sorri porque era tudo o que podia fazer naquele momento, as gargalhadas, o som delas, as covinhas que apareciam no rosto dos três. Se tornou aquele um dos momentos mais preciosos da minha vida.

Quando era pequena, me lembro de sempre ter desejado ter covinhas. Estava sempre perguntando para o meu pai o porquê de eu não ter as covinhas a minha mãe tinha e ele me disse algo que hoje parece estar fazendo mais sentido do que nunca.

- "Filha, as vezes nós não nascemos com algumas coisas, porque talvez simplesmente fomos feitos para aprecia-las."

Hoje essa frase preâmbulo a minha mente. E sou muito grata por isso ter acontecido, nesse momento eu aprecie aquilo que um dia foi o meu desejo ter. Então eu sorri, o mais brilhantemente que pudi.

O restante do caminho fomos cantando músicas infantis, temos que concordar que elas são as melhores, não existe música mais contagiante do que as infantis, na verdade só eu e as meninas cantamos. Theodore estava concentrado na estrada e as vezes o pegava olhando para mim ou para as meninas pelo retrovisor do carro. Sinceramente eu não sabia como ele estava aquentando toda nossa cantoria.

Depois de uns 15 minutos chegamos ao condomínio onde ele mora e eu me surpreendi com o lugar. Tinha casas grandes lá, se é que da para chamar aquilo de casa, entretanto elas tinha algo que chamaria atenção de qualquer pessoa. Elas tinha o jeito convidativo de lar, apesar de grandes pareciam aconchegantes, ao menos por fora.

Paramos em frente a uma casa linda, julguei ser a dele. A casa é lind, em tons de marron, talvez seja por isso que eu ache que as casas daqui tenham o jeito convidativo de lar, a casa é bem grande, mas tem o jeito lar, do modo dela.

O pequeno jardim do lado de fora combinava com a arquitetura. A porta de entrada grande e preta posta entre as colunas, era uma das casas mais lindas que já tinha visto. Até as pedras colocadas lá combinava.

Será que foi ele que fez toda essa paisagem e arquitetura? Na minha mente, tudo tinha um toque feminino.

Assim que estacionou o carro, ele desceu e abriu a porta ao meu lado, fiquei sem entender o motivo de ele querem que eu desça do carro. Olhei para ele com o olhar interrogativo esperando um explicação.

- Então, eu posso ter dito para minha mãe que, eu levaria uma amiga e suas lindas filhas para almoçar conosco - Falou nervosa e logo depois deu um sorriso, é estranho dizer que é o mesmo sorriso que as meninas oferece para mim quando aprontam alguma coisa? - Desculpa ruivinha - Ele sussurra.

- Você... Não acredito que fez isso, eu nem te conheço direito, eu... - Ia continuar, mas ele me interrompeu.

- Não finja que não sente o que acontece entre nós, ruivinha - Sua mão subiu até a minha tempurá, deslizando meu cabelo para trás da orelha - Vamos conversar sobre isso depois - Disse e depois olhos para as meninas, que estavam distraídas com a música que tocava.

Desci do carro e fechei a porta, quando ele andou para abrir a porta para tirar as meninas eu o puxei pelo braço. Ele me olhou confuso.

- Não pode fazer isso - Falei - Não conheço você nem a sua família. Foi irresponsabilidade minha expôr as minhas filhas e a mim desse jeito. Entrar no seu carro sem nem ao menos te conhecer - Disse rapidamente - Conversar? Sobre a gente? Não há nada o que conversar, você é meu chefe e eu sua funcionária. Tá que eu noto um brilho diferente em seus olhos sempre que eles estão focados em mim, mas isso... eu não posso expôr as meninas a isso - Apontei para nós dois.

- Ruivinha - Começou tentando se aproximar, mas eu dei um passo para trás - Não faz isso, não se afaste de mim como se eu fosse te machucar - Seus olhos perderam um pouco do brilho - Vamos conversar, sobre nós. Vamos dar um jeito, vamos tentar, vamos recomeçar juntos - Se aproximou de novo e dessa vez eu não me afastei - Tá tudo bem, não nos conhecemos direito então vamos nos conhecer, eu vou te levar a um encontro, vou pedir até a sua mão para o seu pai se você quiser - Rimos.

Faz mais de um ano que eu não me relaciono com alguém, mas a minha preocupação não é apenas comigo, não seria apenas eu envolvida, as meninas poderiam se apegar a ele, se acostumarem com a presença dele e elas já estam se adaptando a nova rotina, sei que já faz mais de um ano que eu e Gustavo nos separamos, mas e se eu não estiver pronta para um novo relacionamento?

Quando foi que as coisas se tornaram tão mais complicadas do que já eram. Talvez esteja na hora de seguir, não que eu tenha parado de viver, mas a questão é tentar de novo com alguém para compartilhar a vida. Entretanto, os "e se?" rondam a minha mente.

- Ruivinha? - Chamou minha atenção - Tudo bem? - Perguntou acariciando meu rosto. Assenti, acomodando-me a sua palma e pelo sorriso de canto ele gostou de como reagi.

Fomos tirados desse momento quando escutamos o vidro do carro sendo aberto e uma cabecinha loira sendo colocada para fora.

- Vamos passar o dia aqui? - Angeline perguntou - Eu quero gastar o dinheiro da minha mãe - Rimos e muito.

- Filha, o que acha de fazermos isso depois hum? - Perguntei. Angeline olhou pra mim e depois para Theodore, os olhos atentos e observadores intercalando entre nós.

- Vamos almoçar aqui? - Apontou para casa - Estou com fome e acho que a coisinha estranha também - Disse, não sei mais o que fazer para ela parar de chamar Aurora assim. Não acho que seja por maldade, esse apelido fora dado por ela porquê Aurora quando está nervosa meche os pezinhos da mesma forma que, e admito que é estranho mesmo.

- Minha irmã mais nova quer conhecer você - Theodore se pronunciou - Achei que seria legal ela conhece alguém tão... - Angel olhou para ele como se o desafiasse a falar o que estava pensando - Uma pessoa como você, acho que peculiar?

- Hum - Murmurou ela - Sei. 'Tá legal podemos descer?

Assim que acabamos de tirar as meninas do carro, colocando-as no chão, a porta da casa se abriu, uma mulher muito linda acenou para nós, no mesmo instante nervosismo tomou conta de mim, meus ombros ficaram tensos. É a mãe dele. Sem muito tempo para pensar uma garotinha linda passou por ela correndo, e assim que chega perto de nós se joga nos braços do irmão.

- Irmãozão - Exclamou ela toda sorridente - Você veio - Agora entendo o porque ele é tão bom com crianças. Perto da sua irmã a postura dele muda, tudo ao seu redor fica mais leve, mais brilhante.

- Oi querida - Cumprimentou - Oi mãe - Eu nem tinha notado que a mulher se aproximando - Ele está aí? - Ela assentiu, ele respirou fundo e olhou de mim para as meninas.

- Vai ficar tudo bem querido - A mãe dele falou colocando a mão no ombro dele, ele não pareceu convencido das palavras dela, mas ainda assim concordou - Oi, me chamo Margo, você pode me chamar assim ou de sogra você escolhe - Dito isso me abraçou. Sogra?

- Não... nós não t... - Fui interrompida.

- A querida, pode até não ser agora - Ela olhou nos meus olhos, aquelas esferas castanhas e brilhantes - Mas vai acontecer - Sorriu - Vamos.

Ela simplesmente pegou as três garotinhas, que por sinal se deram muito bem, e entrou para a casa. E eu fiquei ali como uma estátua, tentando raciocinar o que acabara de acontecer. Sinto minha cintura ser abraçada e então eu fui levada para dentro da casa.

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