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Elisabeth Harrys.

Acordei deitada na cama de Theo, não sei por quanto tempo dormi ou como cheguei aqui, mas já estava escuro lá fora, olhei para o quarto em tons de preto e branco, iluminado apenas pelo abajur, a procura de Theodore.

Com preguiça voltei a me deitar, abracei o travesseiro macio contra meu peito, me deleitando no aconchego da cama, estava preste a dormir de novo quando me lembrei que tinha que ir para casa, mas continuei deitada.

As meninas me ligaram quando estávamos assistindo, pareciam felizes e animadas para o fim de semana, contaram do parque de diversões e de como o pai decorara a casa para poderem assistir filmes.

Fiquei feliz por elas estarem felizes, Aurora e Angel estavam a pulos para voarem de alegria, fico ainda mais feliz por elas estarem bem adaptadas e com todas as lembranças que estão sendo formadas com o pai.

Fico feliz por ele não ser negligente com a felicidade delas.

Colecionar momentos com crianças não é perder tempo de nossas vidas, é dar a elas momentos felizes, para quando crescerem e lembrar da infância, saberem que foram amadas, protegidas, cuidadas e que tem boas lembranças para compartilhar.

Colecionar com elas momentos especiais é também um aprendizado para nós, pais ou responsáveis, as vezes estamos tão ocupados com tudo que esquecemos de desacelerar um pouco e aproveitar a vida como uma criança.

Fui tirada dos meus pensamentos quando a porta do quarto se abriu, revelando Theo.

- Oi, dormiu bem? Achei que iríamos maratonar Phineas e Ferb - Falou rindo.

- Oi. Dormi muito bem, eu também achei. Mas as coisas saíram do previsto - Me sentei na cama espreguiçando, mandando embora a preguiça.

Theo se sentou na cama e se aproximou de mim, colocando uma mecha rebelde do meu cabelo para trás da orelha. Inclinou seu rosto até minha clavícula, inspirando meu cheiro, senti meu rosto arde. Meu coração batendo forte. Theo e eu tínhamos concordado em irmos devagar. Mas não consigo evitar pensar que talvez ele só não se atraía por mim.

Seus olhos encontram-se com os meus, uma das coisas que mais me chamava atenção nele, era seus olhos, na verdade acho que sou apaixonada por eles. Alí eu conseguia ver o quanto ele me amava, apesar de nunca termos dito tais palavras, e agora me pergunto porque acho que ele não se sente atraído por mim, Theo é muito transparente quando se trata de mim, e é um dos aspectos que eu gosto nele.

Os olhos azuis céu estavam brilhando em amor, a demonstração dele vai além das palavras, como tínhamos conversado. Sorri para ele, me aproximando dos seus lábios.

Damos início a um beijo um pouco mais intenso dessa vez, uma explosão de sentimentos e sensações surgiram, me movi sentando em seu colo, com as pernas esparramadas pela cama. Seus dedos adentraram meu cabelo, acariciando o mesmos, minha mãos estavam em sua nuca e uma delas foram un pouco mais acima sendo colocadas em seus fios.

Minhas mãos mão escorregaram pela camisa que ele usava e quando passei pela barra na intenção de tirá-la ele segurou minhas mãos.

Paramos de nos beijar, estava tentando tomar o fôlego que tinha fugido e quando estamos estabilizados olhei para ele, dúvidas percorria minha mente.

Ele não quer?
Theo não me quer?

Me soltei de seu aperto e me afastei, sentando na cama.

- Amor - Ele começou, mas eu o interrompi.

- Você não quer? - Perguntei com voz falha - Eu não... - Prendi a respiração e meu Deus, estava perdida nesse momento, não sabia o que pensar ou falar - Você...

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