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Elisabeth Harrys.

Três meses depois.

Com o coração prestes a sair pela boca de tanto nervosismo, não achei que me sentiria assim novamente, neste momento estou prestes a me casar com o amor da minha vida.

Decidimos a data alguns meses atrás, após as meninas o chamarem de pai pela primeira vez, é uma cerimônia simples, para os mais íntimos. Livy que estava viajando durante esse tempo de muita comoção, mas sempre sendo atualizada de tudo, também está aqui.

Depois que ela parou de cuidar das meninas, ela resolveu tirar um tempo para ela, viajar o país e conhecer mais sobre a sua própria cultura, Livy está linda, tão radiante quanto era, os cabelos escuros mais brilhantes que a luz da noite, os olhos caramelos também.

No meio de toda essa viajem ela conheceu o Jeremy, ele é um cara legal e pelo que parece vai deixar de cabelos em pé, Theodore, Jeremy adora aprontar com as meninas.

Durante uma semana inteira eles fizeram pegadinhas com o Theo, o que eu podia fazer além de rir? Óbvio que coloquei limites neles e repreendi as meninas, mas logo depois de rir e muito.

Foram longos e bons três meses e agora uma longa e boa vida vêm em frente, estou mais que ansiosa. Temos como padrinhos Henry e Diane, Livy e Jeremy. O amor que eu sinto por esses quatro é incondicional, inexplicável, como irmãos.

Diane está no ápice da sua gravidez, a cada instante ansiamos pela chegada do bebê; qualquer movimento dela entramos em alerta, tentamos manter a calma por Henry, que toda vez que acontece um alarme falso, uma parte da sua alma vai junto.

Meus pais e sogros estão abençoando nossas alianças agora, tivemos essa ideia semana passada, ter a benção dos nossos pais no dia do casamento também, ao orarem pela nossa aliança.

Estou quase caindo de tanta ansiedade, estou esperando a minha entrada e isso parece fazer uma eternidade, Dio mio, quando estou prestes a colocar na boca a mão o meu pai chega.

- Ainda bem que iria ser as unhas das mãos - Ele falou cobrindo minhas mãos com as suas - Imagina se eu tivesse chegado tarde de mais e você estivesse nas dos pés? - Ri, meu pai é muito bom em me destrais. Segundo ele é um dom de pai.

- Está tudo bem lá fora? E as meninas? Os convidados? Os padrinhos? E o T... - Não deu tempo de terminar, porque meu pai pousou sua mão sobre minha boca.

- Shh - Falou - Está tudo bem filha, não fique nervosa. Você fala demais quando está nervosa - Gargalhei da sua fala, não dava para descordar - Você está amando de novo. Eu falei que saberia quando acontecesse novamente - E lá vem as lágrimas - Estou orgulhoso de você, filha. Por não ter desistido disso, do amor.

- Pai...

- Está na sua hora, hoje vou te colocar nas mãos do amor para sua vida e vou me certificar que o Galanis assine um contrato comigo - Neguei com a cabeça, rindo - Eu prometo, filha, que você será para sempre os meus fios de ouro, apesar de agora ser meus fios de cobre - Sua mão passeia pelo meus fios ondulado, arrumando a coroa, delicada, que pousa sobre minha cabeça - Eu te amo, fios de cobre. Para sempre minha garotinha.

- Eu te amo, pai. Muito mais do que o senhor possa saber - Ouvimos minha música lá fora.

- Está na hora, princesa - Entendeu o braço - Vou te entregar agora para o seu quase marido e meu genro. Vou colocar nas mãos dele os meu tesouros e sei que ele cuidará bem de vocês ou eu não deixaria você se casar de novo e te colocaria em uma torre.

- Certo, pai. Antes que você me chame de Rapunzel, temos que ir - Recebi um beijo em minha testa e caminhamos pela decoração linda e escolhida por nós, cada detalhe perfeito, desde o céu aberto até o piso.

Logo alí em frente o amor da minha vida me espera e eu estou indo com ele me encontrar.

Os pequenos passos pareceram quilômetros, tive vontade de correr até lá, mas me forcei a manter o caminhar calmo. Theo estava lindo, o terno preto perfeitamente alinhado ao seu corpo faziam contraste com o rosto e o sorriso que mostrava as tão amadas covinhas. Os olhos tão brilhantes quanto o sol que estava se ponto no horizonte.

Theo escolheu o horário do nosso casamento, a lembrança faz meu sorriso aumentar.

- Que horas acha que deve ser? - Perguntei.

- No fim da tarde - Falou.

Estamos sentados no sofá do seu escritório. Seus braços passam por cima dos meus ombros pousados no sofá, os olhos que deveriam estar no tablet em minhas mãos, estão em mim.

- Theo...

Não termino de falar, porque o senhor distrai noiva se inclinou em minha direção, dando início a um beijo. Ainda não havíamos dado um passo adiante, mas as vezes Theodore gostava de testar meus limites e tenho certeza que os seus também eram testados.

Sua língua deslizou pela minha, aprofundando nosso beijo. Um arrepio percorreu pela coluna quando uma de suas mãos apertaram me cintura, me trazendo para mais perto, perto demais.

As minhas pararam em seu pescoço, na tentativa de não deixar que ele se separasse de mim. O fôlego estava acabando, mas estávamos em tão perfeita sintonia que não queria para agora.

- No fim da tarde, porque o sol faz contraste com seus cabelos aumentando sua beleza, tanto quanto é possível - Falou ao se separar de mim e pegar uma almofada colocando sobre seu colo. Um sorriso travesso brotou no meu rosto - O que acha do fim da tarde? - Apenas concordei com a cabeça - Você vai ser a mais bela noiva de todas. E mais maravilhosa esposa, vou dar a você todo o amor que merece, em todos os sentidos - Meu rosto corou, eu fiquei como um tomate de tão vermelha - Você fica linda corada desse jeito.

Um selinho foi depositado nos meus lábios, antes de um dos acionistas entrar na sala para um reunião.

Nos pés do altar onde iríamos firmar nossas alianças, eu estava de frente para ele, antes dos votos e de toda a cerimônia, meus olhos já estão banhados em água.

- Cuide bem da minha filha, Galinis - Disse meus sério, apesar do sorriso no rosto.

- Com a minha vida - Theo respondeu, seus olhos fixos nos meus.

- De mim também, papai - As meninas gritaram, risos foram ouvidos de todos os presentes.

- De vocês também, amores - Repondeu.

Recebi um beijo na testa do meu pai antes de ser entregue para Theo, que fez o mesmo que o mais velho. De frente um para o outro, celebramos nosso casamento.

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