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Theodore Galanis.

Elisabeth Harrys me encanta ainda mais cada vez que e a vejo. Principalmente quando ela está interagindo com as crianças, apesar de ser a primeira vez que eu a vejo fazendo isso.

Quando a garotinha no meu colo se jogou em meus braços, tudo parece ter mudado. Foi uma sensação tão gostosa e contagiante, é diferente de quando eu peguei a minha irmã pela primeira vez.

É como se algo em toda a minha existência, que eu não sabia que existia e precisava, se colocasse no lugar certo. Desde o modo que ela se convidou a estar em meus braços até o modo como me olhou. De um jeito que dissesse "estou escolhendo você para me proteger", pelo menos é o que eu imagino.

Tive uma conversa de bebê para um adulto, que não decifrou nada das palavras ditas por uma garotinha, muito calorosa. Ela não parece o tipo de criança que tem essa dinâmica com pessoas desconhecidas e gosto do fato de ela ter sido diferente comigo.

Ela gosta de mim. Modéstia parte não tem como não gostar de mim, eu sou um cara muito legal. Ao menos com 1% das pessoas que me cerca.

Elisabeth ficou uns 5 minutos lá dentro, então eu resolvi ir lá ver o progresso de acordar a pimentinha. E avisar a ela que teríamos que buscar a minha irmã. Eleonor é uma criança fácil de lidar, acho que ela e as meninas se dariam bem.

Chego perto da porta, que estava aberta, e me encosto no batente. Colocando a coisinha no meu colo em uma posição que ela fique confortável para conseguir tomar sua água com facilidade.

- Não, não mamãe - Escuto Angeline reclamando - Me deixa - Resmungou.

- Você quem sabe - Falou Elisabeth - Eu vou sair com a sua irmã e meu chefe e decoradar minha sala só com a Autora. - Tentou mais uma vez.

- Hunrum - Resmungou novamente e se virou para a parede - Fica a vontade.

Angeline não parece uma garotinha fácil de se acordar. Mas ao que parece, quando ela acorda toda a energia dela parece voltar. Ligando a garotinha no 220. Angel parece ser o tipo de menina que é fácil fazer amizade, desde que ela goste de você.

- Tudo bem, então isso quer dizer que só a coelhinha vai poder gastar o dinheiro da mamãe. - Elisabeth anúnciou, e logo Angeline pulou da cama e abraçou a mãe que começou a gargalhar da garotinha.

- Você adora gastar meu dinheiro né? - Perguntou Elisabeth brincalhona - Certo, amore. Escove esses lindo dentinho para não criar cárie. Rapidinho já estamos saindo. - Comunicou colando Angel no chão.

- 'Tá bem - Falou caminhando para o banheiro anexado no quarto - O velhote vai? - Perguntou a garotinha. Um sorriso brotou no meu rosto, intercalei o olhar entre as duas que estavam no cômodo e a garotinha que se encontra no meu colo. Admirando-as, apesar de não saberem já tem todo o meu coração em suas mãos.

- Já falei para não chamar ele assim - Repreendeu a garotinha, mas com um sorriso no rosto. Ela parece gostar do apelido que me foi imposto - E sim ele vai.

Angel sem falar mais nada foi para o banheiro. Queria não ter sido pego, mas uma criança muito, muito esperta não pensou o mesmo que eu.

- Mamã - Resmungou para mãe, que logo olhou em nossa direção. Ofereço um sorriso amarelo a ela - Epionamos você e a tata - Depois de falar colocou as mãozinhas nos olhos e sorriu mostrando os dentinhos branquinhos. Ela é tão fofa que não resisti em abraçar o pequeno corpo contra o meu.

- Me desculpa - Falei, me repreendendo mentalmente - Não era a minha intenção espionar - Ela me deu um sorriso, como se me dissesse para ter calma - É que você estava demorando, então vim ver vocês estavam. E avisar que vamos passar na minha casa e buscar minha irmã, acho que Angeline vai gostar dela.

- Claro, tudo bem - Disse vindo em minha direção e logo após pegando a pequenina em seus braços.

Assim que ela o fez, parecia que um vazio tinha se instalado, no lugar que tinha um ser minúsculo precisando de proteção, não tinha mais nada.

- Angel já deve estar acabando, vou colocar uma roupa mais leve na Aurora e logo vamos - Falou antes de se virar com a garotinha. Andei de volta até o sofá que tinha ma sala dela e ali as esperei durante 5 ou 10 minutos.

Aurora. Combinava perfeitamente com ela.

Assim que elas acabaram de se preparar, fomos para o térreo. E foi ali que discutimos sobre a teimosia da srt. Harrys e em que carro elas iriam. Essa mulher é mais teimosa que uma mula quando empaca na estrada. Coloquei meus dedos rente ao nariz e os olhos e respirei fundo antes de falar.

- Nós vamos para a mesma direção. Vamos voltar para o mesmo lugar. Por que diabetes você não entra no carro? - Perguntei.

- Um você não tem cadeirinhas para as meninas - Você pensa que não, mas eu tenho, poderia ter falado isso. Entretanto, amansar a fera era mais fácil - Dois você tem que buscar a sua irmã, é só eu ir na frente e esperar vocês lá. Três as meninas ainda vão almoçar. - Disse.

- Todos os problemas estão resolvidos ruivinha - Ela franziu a testa, o que a deixou muito mais linda do que já - Eu providenciei cadeirinhas para as meninas, as três. A miha irmã já está nos esperando e eu disse que vocês iriam com a gente. Depois você e eu também temos que almoçar, vamos precisar da ajuda um do outro para lidar com três garotinha, que tem energia para dar e vender - Ela suspirou, fazendo um biquinho em seguida - Podemos ir? - Perguntei.

Ela revirou os olhos. E como um bom observador, ela sempre fazia isso quando estava nervosa ou era contrariada ou se dava por vencida. Ela tentou fazer da forma dela, mas a minha ideia era mais simples e me daria mais tempo para ficar com elas.

- Podemos - Falou

Abri a porta traseira ajudando colocar as meninas lá dentro. E rodei o carro junto com ela para abrir. Quando ela entrou dei a volta e me coloquei na direção. Olhei para ela e ali ainda estavam as sombrancelhas juntas e o biquinho.

Suspirei e ela olhou para mim.

- O que? - Perguntou e eu comecei a gargalhar junto com as garotinhas no banco de trás - Vocês podem parar? - Falou ela.

- Mamã, não gota de ser tontaliada - Foi Aurora quem disse, Angel e eu só continuamos a dar risada.

- O que? Não! Não é verdade, eu... - Ela se interrompeu - Quer saber, podem continuar, riam a vontade - Resmungou.

- Certo, vamos - Comuniquei depois de conseguir me controlar. Dei partida no carro e fomos em direção ao condomínio onde moro.

Fazia muito tempo desde que não ria dessa maneira. De modo sincero e leve, a muito tempo deixei que os pensamentos me dominasse durante todo dia e estava perdendo toda essência que os momentos tinham. E com elas, assim tão facilmente eu fui tirado do mundo que eu criei. As barreira que eu tinha criado para o mundo exterior se tornou algo fácil para elas ultrapassarem, mesmo que não soubessem disso.

PURE LOVE.Onde histórias criam vida. Descubra agora