ELE GOSTOU DE VOCE

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• E M A N U E L L Y •

E a gata aqui acordou cedo de novo... Eu tenho que parar de ser preguiçosa.

Tu é uma adulta garota, esqueceu?

Vesti uma calça jeans azul escuro que tinha alguns rasgos espalhados pela minha perna e uma blusa preta que tinha uma imagem que eu não consigo identificar na frente.

Pra falar a real essa blusa mais parece um vestido do que uma blusa. Então arrumei ela para dentro da calça do lados deixando ela solta só na parte da frente.

Calcei meu all star preto e arrumei meu cabelo.

Peguei meu celular e minha carteira e coloquei dentro da pequena mochila preta que eu tenho.

Sai de casa notando que faltava trinta minutos pra dar meu horário, o tempo certinho de chegar na casa.

Depois de vinte minutos cheguei em frente a casa, e que casa em meus amigos.

Nem se eu vendesse meus rins eu conseguiria comprar algo do tipo.

Toquei a campainha e esperei alguém abrir a porta.

--- Quem é você?--- um garotinho falou quando abriu a porta.

--- Oi pequeno, meu nome é Emanuelly, eu vou ser sua babá.

--- Eu não sou pequeno.--- cruzou os braços.

Eu ri com a atitude dele e agachei na frente do mesmo.

--- Claro que não.--- abaixei um pouco mais minha cabeça.--- Tá vendo, você é maior que eu.

Ele riu e correu pra dentro de casa gritando o pai.

Entrei na casa também observando em volta e percebendo que a primeira coisa que eu preciso fazer aqui é uma faxina.

--- Papai!--- o pequeno gritou.--- A moça bonita chegou.

--- Que moça boni...--- parou de falar quando em viu.--- Ah, é ela.

Ele terminou de arrumar a gravata e pegou a maleta que estava em cima do sofá e foi até a porta.

--- Tchau Théo.--- abraçou o filho.--- Se comporta tá?

--- Pode deixar pai.--- o garotinho afirmou.

--- Eu chego pro almoço.--- falou dessa vez pra mim e eu assenti.

Depois que o Lucky saiu o Theo foi correndo para o segundo andar da casa que eu julgo ser lá os quartos.

Fiquei observando melhor a casa quando o baixinho voltou para a sala.

--- Eu posso te chamar de Manu?--- perguntou com um sorriso e eu assentiu.

--- Você vai me mostrar a casa?--- perguntei.

--- Sim, vem!--- pegou na minha mão e me puxou para o andar de cima.

Ele me explicou cada cômodo desse andar e explicou também que o quarto do pai dele é o único que eu não posso entrar.

Mas disso eu já sabia.

Quando descemos ele me mostrou a cozinha, o escritório do pai dele, o quintal, a área da piscina e a sala de jogos.

--- Vamos brinca?--- perguntou correndo para a mesa de totó que tinha ali.

--- Só não chora quando eu ganhar de você beleza?--- pisquei para ele.

--- Não vai se iludindo.

(...)

Eu não achei que ia perder pra uma criança de quatro anos.

Mas eu perdi.

Depois dele ter ficado uma hora jogando isso na minha cara ele foi assistir tv enquanto eu preparava o almoço dele.

Depois que tudo ficou pronto eu fui arrumar a mesa, o pai dele disse que ia chegar antes do almoço mas como não chegou até agora eu resolvi arrumar só o cantinho do Théo mesmo.

--- Théo vem comer!--- gritei ele da sala de jantar.

Alguns minutos depois ele veio correndo e sentou na cadeira abrindo um sorriso ao ver o prato.

--- Você não vai comer?--- perguntou.

--- Não, pode aproveitar garotão.

Depois de um tempinho ele estava comendo a sobremesa quando ouvimos a porta abrindo e fechando.

Logo uma figura apareceu encostando no portal da cozinha.

--- Eu arrumei a mesa so pro Théo por que eu não achei que voce ia chegar agora, mas tem comida suficiente para os dois.--- expliquei.

--- Ta liberada.--- passou por mim e foi falar com o Théo.

--- Que?!-- me fiz de desentendida.

Mas pra falar a real eu consigo ser bem lerda quando eu quero.

--- Voce é burra?--- perguntou seco.--- Eu disse que voce já pode ir.

Fui para a sala pegar minha bolsa pra poder sair dali.

Só faz um dia que eu to aqui e já to me perguntando como o Théo aguenta o pai dele.

Será que o Lucky faz com o Théo a mesma coisa que o poderoso chefinho faz com o Tim? "Voce vai ser demitido da família"

Ri com o meu pensamento e sai andando ate a porta quando escutei o Théo me chamando.

--- Promete que volta amanhã?--- o pequeno perguntou abraçando minha perna.

Notei o pai dele encostado no portal da cozinha de novo e agachei na frente do Théo.

--- Eu só vou parar de vir quando seu pai me demitir.--- sussurrei no ouvido dele.

--- Ele não vai te demitir, ele gostou de voce, assim como eu.--- falou e saiu correndo de volta pra cozinha.

Como assim ele gostou de mim?


BABÁ DO FILHO DE UM MAFIOSO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora