• E M A N U E L L Y •
Já tinha passado duas horas, DUAS HORAS!!!
Ele falou que voltava em uma hora e até agora nada, se eu já estava preocupada antes dele sair, imagina agora
O Théo foi dormir na casa do amigo dele que é nosso vizinho e eu tô literalmente sozinha nessa casa enorme andando de um lado para o outro que nem uma barata tonta.
--- Puta que pariu!--- exclamei olhando para a porta que foi aberta.
Uma figura toda ensanguentada se fez presente, mancando e com uma arma na mão.
--- Precisa xingar?--- Lucky exclamou tentando sorrir.
Meus olhos lacrimejaram e em poucos segundos eu estava derramando rios de lágrimas.
Observei o Lucky indo até o escritório e sentando na cadeira dele pingando sangue pela casa inteira.
Ele olhou na minha direção enquanto limpava o pouco do sangue que estava espalhado pelo corpo dele.
--- Não precisa chorar.--- levantou e veio na minha direção mancando.
Me afastei quando ele tentou tocar meu rosto, limpei as lágrimas e senti uma leve frustração percorrendo meu corpo.
--- Eu te falei pra não ir!--- exclamei agora encarando o chão ainda derramando lágrimas.--- EU AVISEI E VOCÊ NÃO ME ESCUTOU.--- falei um pouco mais alterada dessa vez.
--- Mas eu voltei....
--- TODO MACHUCADO E SANGRANDO. VOCÊ DISSE QUE VOLTARIA EM UMA HORA E VOLTOU DEPOIS DE TRÊS HORAS MANCANDO, EU FIQUEI PREOCUPADA PRA CARALHO CONTIGO, O THÉO ME PERGUNTAVA O TEMPO INTEIRO QUE HORAS O PAI DELE VOLTARIA E EU NÃO CONSEGUIA RESPONDER PORQUE NEM EU SABIA!!--- falei tudo de uma vez, colocando a mão no rosto tentando controlar o choro.
--- Ei...--- se aproximou de mim e dessa vez eu não me afastei.--- O que aconteceu não importa, eu tô aqui agora, desculpa se eu te deixei preocupada, não era minha intenção, mas nem eu esperava isso.
--- Você tinha que ter me escutado!--- me debati contra o abraço dele.
--- Eu sei.--- fez um leve carinho na minha cabeça me abraçando mais forte ainda.--- Me desculpa, de verdade. Eu prometo te escutar daqui pra frente.
--- Bom mesmo, idiota.--- dei um leve soco nas costas dele.
--- E cada meu filho em?--- perguntou me soltando.
--- Tá na casa do amigo.--- falei indo até o armário pegar a caixa de primeiros socorros.
--- Manu não precisa.--- falou assim que me viu chegando com o curativo.
--- Precisa sim.
Me aproximei dele e limpei todos os machucados tirando o excesso de sangue.
Coloquei um curativo em cada um deles e passei uma pomada nos arranhões que tinha.
--- Vai terminar de se limpar lá em cima.--- mandei jogando os pacotes do curativo e os algodões fora.
--- Sim senhora.--- levantou saindo do escritório.
Fui até a cozinha e peguei o esfregão e um balde com água pra poder limpar o chão que tava cheio de sangue.
Depois de ter limpado tudo, guardei as coisas na salinha de limpeza e fui para cozinha preparar alguma coisa pra ele comer.
Ele merecia uns belos de uns tapas? Sim.
Mas eu vou ser boazinha com ele, por enquanto.
Coloquei um prato com um sanduíche reforçado na bancada e um copo de suco de maracujá do lado.
E logo o Lucky apareceu sem blusa, só com uma calça de moletom preta e os cabelos molhando pingando gotas de água por aquele abdômen definido.
--- Gostou?--- perguntou me tirando dos meus pensamentos.
--- Se fode.--- falei sentindo minhas bochechas queimarem.
Ele se aproximou e me abraçou por trás, beijando meu pescoço.
--- Preparou um lanche pro seu homem?--- perguntou quando notou o sanduíche em cima da bancada.
--- Tu não é meu homem.
--- Ah não?--- perguntou com um sorriso divertido no rosto.
Eu ri e sai da cozinha deixando ele comendo sozinho.
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BABÁ DO FILHO DE UM MAFIOSO 1
Фанфик[Concluída] Conexões com a máfia?!?! Apenas coincidência ou mero fruto do destino? Uma breve desilusão na qual nada sai como realmente é esperado, história de amor e desastres no qual são levemente suportados, que fim isso terá?