BILHETES

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~ L U C K Y ~

Entrei em casa depois de um dia extremamente estressante no trabalho, meu pai não larga do meu pé falando que um bebê a essa hora só vai atrapalhar os negócios da família e coisas do tipo.

Eu sinceramente não ligo, não ligo pra ele, nem pro Jackson. Eu não to nem aí pro que vão falar ou o que vão pensar. Eu to sendo feliz com alguém que eu amo e é isso que importa!

Subi as escadas entrando no quarto do Théo e vi ele dormindo que nem um anjo debaixo das cobertas, dei um beijo na testa dele e saí do quarto do pequeno indo em direção ao meu.

A Manu também já estava dormindo tranquilamente, vestida com uma blusa minha por sinal. Dei um sorriso bobo com isso e fui até a mesinha de canto que tinha aqui no quarto para guardar as chaves, minha carteira e relógio.

Quando fui abrir a gaveta acabei derrubando a bolsa da Manu no chão e reparei em um pequeno papel rosa que saiu da bolsa.

Peguei o mesmo e li o que estava escrito nele, era uma ameaça.....

Lembrei que esse papel era o mesmo que a Manu escondeu de mim quando ela voltou pra casa.

--- O que você ta fazendo?--- Manu perguntou com a voz sonolenta.

--- Por que você não me contou?--- perguntei erguendo o papel.

Emanuelly sentou na cama encarando o que estava na minha mão por um tempo e depois abaixou a cabeça pensativa.

--- Responde Manu, por que você não me contou?--- refiz minha pergunta me aproximando.

--- Eu não queria te preocupar.

--- Me preocupa muita mais descobrir sozinho e depois de um bom tempo, do que você me contar e na hora!--- exclamei tentando manter a calma.

Eu não quero brigar com ela, até porque não tem motivo algum pra isso, eu só quero descobrir o porque dela não ter me contado nada.

--- Desculpa.--- falou ainda com a cabeça baixa.

--- Você recebeu mais ou tem só esse?

Ela levantou da cama e pegou uma caixa de tamanho médio no fundo guarda roupa, atrás de um monte de roupas.

Caminhou de volta até a cama e me entregou a mesa. Quando abri vi vários bilhetes ali dentro, com ameaças horríveis.

--- Manu isso é grave demais.--- falei ainda olhando os bilhetes.--- Você tem noção da gravidade disso?

--- Eu sei, eu só fiquei com medo de te falar e você fazer alguma besteira. Eu tava esperando a hora certa pra ir na delegacia e entregar tudo isso.

--- Eu sei que as vezes eu acabo fazendo as coisas precipitadas mais você tinha que ter me contado! Eu ia te ajudar!

--- Eu já pedi desculpa--- falou com os olhinhos enchendo de água.

--- Não precisa pedir desculpas amor, eu só queira que você tivesse me contado.--- me aproximei mais puxando ela para o meu colo.--- Por que não é justo a gente rir juntos e na hora da dor você sofrer sozinha, eu to aqui pra você e só pra você. Eu vou te ajudar no que for preciso sem pensar duas vezes, mais pra isso você precisa me contar as coisas.

Ela me olhou com os olhinhos vermelhos e me deu um leve selinho.

--- Eu te amo.--- falou me abraçando.

--- Eu também te amo demais. 

BABÁ DO FILHO DE UM MAFIOSO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora