EUROPA?!?!

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• E M A N U E L L Y •

Já tinha passado duas semanas, e nada de novo aconteceu.

Depois que o Lucky chegou em casa todo arrebentado a pessoa do número desconhecido parou de mandar mensagens.

Porém, depois do ocorrido, o Lucky tá quase morando no trabalho, ele sai de casa cedo e volta tarde.

Eu já perguntei várias vezes o que ele tanto faz no "incrível mundo da máfia" do qual ele tanto ama. Mas ele só fala que são assuntos delicados e confidenciais.

Me irrita demais esse negócio dele não me contar nada, principalmente da família dele.

Ele já reclamou comigo diversas vezes porque eu não contava nada para ele, e agora quem não em conta nada é ele.

Isso é extremamente frustrante.

Escutei a porta da frente batendo com força e logo depois o Théo gritando o pai dele.

Continuei lavando a louça quando o Lucky entrou na cozinha, junto com o Théo que estava no seu colo.

--- Oi princesa.--- me deu um selinho e colocou o Théo em cima da bancada.

Eu apenas olhei pra ele com uma expressão neutra.

--- Ela tá brava contigo, parceiro.--- Théo brincou rindo.

Eu tava brava?

--- Por que meu amor?--- perguntou me olhando fixo.

--- Eu não tô com raiva.--- enxuguei minhas mãos no pano e fui guardar umas coisas no armário.

--- Eu tenho algo pra falar.--- Lucky falou alternando o olhar.--- Nós vamos viajar.

--- Ebá!!!--- Théo exclamou com alegria.

--- E por que eu tenho que ir junto?

--- Por que você é minha.--- fez gracinha.--- E babá do Théo, ele ficaria muito triste se você não fosse.

--- É manu.--- Théo olhou para o pai concordando.--- Eu entraria até em depressão.

--- E nós vamos pra onde?--- enfatizei a palavra "nós'

--- Europa.--- disse simples.

--- Europa?!?!--- repeti sem acreditar.--- Que merda você vai fazer lá.

--- Trabalho.--- disse seco.

--- E você pode falar que trabalho é esse?--- perguntei vendo o Théo observar uma possível briga.

--- É complicado...

--- Claro, é complicado e confidencial, igual você me contar sobre outras coisas.--- interrompi com raiva saindo da cozinha e indo em direção a porta.

--- Manu, espera.--- gritou atrás de mim.

Entrei no meu carro ignorando o homem atrás de mim gritando igual um louco.

Comecei a dirigir pela estrada cheia de carros e em poucos minutos já tinha chegado em casa.

Entrei no meu apartamento deixando as chaves na mesinha de canto perto da porta e tirei os sapatos indo direto pro meu quarto.

Peguei uma toalha qualquer dentro do guarda roupa e fui até o banheiro pra tomar um banho quente e demorado.

Liguei o chuveiro e minha pele arrepiou instantâneamente por conta do contato com a água, passei shampoo no meu cabelo esfregando bastante e logo depois o condicionador e o sabonete pelo corpo.

Assim que terminei o banho me enrolei na toalha e deixei meu cabelo solto, pingando pelo chão.

Quando ia pegar uma roupa para vestir escutei a campainha tocando, e sem pensar eu fui só de toalha atender.

Abri a porta e vi o Lucky e o Théo.

--- Pai.--- Théo deu dois tapinhas na perna do lucky.--- Você tem sorte de ter essa mulher, cuida viu.

Depois de falar isso Théo entrou na minha casa se jogando no sofá.

Senti meu rosto quente e o Lucky me olhar divertido.

--- É assim que você me recebe depois de ter saído com raiva?

--- Se fode.--- saio andando em direção meu quarto.

E o Lucky vem atrás...

Peguei um short preto e uma regata da mesma cor que o short com alguns detalhes brancos.

Me virei encarando o Lucky sentado na minha cama me olhando.

--- Vai ficar aí?--- perguntou sem paciência.

--- Pretendo.--- levantou se aproximando mas eu me afastei.--- Ah Manu qual é, o que eu fiz?

--- Nada.--- falei frustrada indo até o banheiro pra me vestir.

Assim que terminei de me vestir, peguei a escova de cabelo que estava em cima da pia e penteie meu cabelo.

Quando sai do banheiro o Lucky estava sentado na minha cama de novo, só que dessa vez olhando pro chão.

--- Minha mãe você já conhece, meu pai eu não suporto e não vejo necessidade de falar dele, meu trabalho, eu fiz um juramento em não contar nada do que acontece nele, e a mãe do Théo é uma filha da puta que me largou quando eu mais precisei.--- falou tudo de uma vez sem me encarar.

Fiquei surpresa com tudo que ele falou em uma velocidade impressionante.

Eu fiquei sem reação quando ele se referiu daquele jeito sobre a mãe do Théo.

Me aproximei dele e sentei ao seu lado na minha cama.

--- E por que você tá me falando isso?--- perguntei olhando pro chão também.

--- Você tava irritada por que eu não conto nada.--- explicou calmo.--- Então eu tô falando.

Olhei de relance para ele, e notei sua expressão neutra.

--- Por que sua ex foi embora?--- perguntei com medo dele não querer responder.

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CONTINUA....
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BABÁ DO FILHO DE UM MAFIOSO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora