BABÁ DO FILHO DE UM MAFIOSO 1

NOVO EMPREGO

• E M A N U E L L Y •

Acordei estressada pelo fato do despertador estar tocando as seis horas da manhã em pleno domingo.

Levantei da cama me frustando mais ainda quando lembrei que eu tenho que ir pra várias entrevistas de emprego hoje.

O motivo?

Simples.

No meu antigo emprego parece que eu fui muito grossa com meu chefe.

Mas eu penso o contrário, eu fui super educada com ele, só falei algumas verdades.

A culpa é minha que as pessoas se doem com tudo ultimamente?

Fui em direção ao banheiro, escovei meus dentes e tomei um banho rápido.

Parei em frente ao meu guarda roupa depois do banho e fiquei analisando o mesmo atrás de uma roupa.

Optei por um vestido branco com glitter e de mangas e meu tênis branquinho da Nike.

Ajeitei meu cabelo deixando ele solto mesmo e decidi que já estava bom.

(...)

--- Eu já fui pra nove entrevistas hoje.--- falei cansada tomando meu café.

--- E tem mais uma ne?--- Emilly perguntou.

Ela é minha melhor amiga desde que eu me entendo por gente.

--- Infelizmente.--- suspirei.--- E se eu não for aceita nessa eu tô ferrada.

--- Mas... Eu tô lendo errado ou a entrevista é pra babá?--- assentiu depois que ela falou.--- E ainda pra um mafioso?!?!

--- E o que que tem?

--- É um mafioso.--- repetiu

--- Eu não duvido nada que eu consigo ser bem mais malvada do que esses muleques que se fingem de mafiosos.

--- Você não entende.--- analisou de novo o papel.--- Ele é da família Lucchese.

--- Idai?--- levantei para pagar meu café e minha amiga veio atrás.

--- Idai, que a família Lucchese é simplesmente a família mais poderosa no mundo da máfia.

--- Eu não ligo.--- dei de ombros e saímos da cafeteria.

--- Quando eu não aparecer no seu funeral não vem puxar meu pé a noite.

--- Você esqueceu que somos amigas de um mafioso?

--- Que?!--- se fez de lerda.

--- O Jackson!--- quase gritei.

--- Ah, mas o Jackson é de boa.

--- Exatamente.

Ela ia falar mais alguma coisa, mas eu entrei no meu carro e sai dali deixando ela plantada na calçada.

Cheguei no local marcado para entrevista e assim que entrei avistei um homem com um terno preto e a gravata que era vermelha.

Imaginei que ele seria quem estou procurando.

--- Licença.--- falei chamando atenção dele.--- Senhor Lucky?

--- Só Lucky.--- respondeu seco.

Me sentir na cadeira na frente dele e observei melhor a peça.

E mano... Tá que nas fanfics que eu leio os mafiosos sempre são uns gostosos, mas eu acho que nenhum ganha desse que tá bem aqui na minha frente.

--- Você tem experiência com criança?--- perguntou com a voz grossa.

--- Um pouco.--- respondi receosa.

O que, que deu em você Emanuelly?

Não vem me dizer que tá com medo desse maromba.

--- Tanto faz.--- levantou da cadeira.--- Você começa amanhã.

Passou por mim me deixando sozinha ali.

Eu arranjei um emprego? Sério mesmo? Sem brincadeira nenhuma né?

Senti a presença de alguém atrás de mim, e era ele, será que já desistiu de me contratar?

--- Seu número.--- colocou o celular na mesa.

--- Pra que?--- perguntei.

--- Pra mim te passar o horário e endereço.--- respondeu como se fosse óbvio.--- Da pra ir logo?

Segurei a vontade de revirar os olhos e digitei meu número no celular do engomadinho aí.

Depois de ter a certeza que ele realmente foi embora dessa vez comecei a comemorar por ter finalmente conseguido o emprego.