UM DIA DE PAZ

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● L U C K Y ●

Depois de muita insistência da Manu eu levei todos os bilhetes com as ameaças para a delegacia e consequentemente contei tudo o que aconteceu.

Estava terminando de lavar as louças do café da manhã quando o Theo entrou saltitando na cozinha.

--- Aconteceu alguma coisa?--- perguntei estranhando a felicidade dele.

--- Não, eu só tô feliz que amanheceu o dia e nada aconteceu com a Manu ou com você.--- sentou na cadeira da bancada.--- A gente merece um dia de paz.

Pensei um pouco no que ele falou e tive uma ideia.

--- Theo a Manu tá lá em cima?

--- Tá no quarto.

--- Vem.--- chamei ele saindo da cozinha.

Subi a escada junto com o Théo e entramos no quarto encontrando o amor da minha vida lendo um livro debaixo das cobertas.

Théo pulou em cima dela tirando risadas de ambos e a Manu guardou o livro. Me sentei na cama ao lado dela

--- Vida, a gente vai passar o final de semana fora.--- falei sem aviso prévio.

--- Assim do nada?--- me olhou confusa.

--- Sim Manu, a gente precisa de um dia de paz.--- Théo explicou.

--- Tabom, já que são dois contra uma.--- levantou da cama e foi até o guarda roupa.

O Theo saiu do quarto dizendo que ia assistir tv e eu fiquei observando aquela obra de arte, arrumando as coisas dela na mala.

--- Vai fica me encarando ou vai arrumar sua coisas também?--- perguntou com as bochechas coradas.

--- Tá com vergonha vida?--- me aproximei dela prendendo a mesma contra a parede.

--- N-não.--- respondeu com a voz falha sem olhar nos meus olhos.

--- Olha pra mim então.--- peguei no queixos dela fazendo a mesma me encarar.

Fui me aproximando devagar enquanto apertava a cintura dela lentamente.

E a campainha tocou....

Que porra, não dava pra esperar cinco minutos?!?!

Escutei a Manu bufando algo, ela realmente queria isso tanto quanto eu.

Descemos as escadas reparando no Theo sentado no sofá vendo TV. A Manu sentou ao lado do pequeno e eu fui ver que atrapalhou meu momento.

--- Luckyzinho.--- uma voz fina falou me agarrando.--- Como você tá amor?

--- Mãe?--- Théo olhou para a mulher que eu tentava afastar de mim.

Percebi o semblante da Manu mudar quando o Théo falou que era a mãe dele.

--- Para de tentar me afastar luckynho.--- pediu voltando a me agarrar e olhou na direção da Manu.--- Essa é a empregada? Tem um monte de mala pra você carregar lá fora.

A Manu olhou com os olhos cerrafos para ela.

--- Ela não é empregada, Ariane.--- me soltei de vez dela arrumando minha roupas.--- Ela é minha mulher então vê se para de me agarrar caso contrário ela voa no teu pescoço.

Depois que eu falei isso percebi um olhar convencido se formando no rosto da Manu.

--- Sua mulher sou eu.--- indagou com raiva.--- Eu sou mãe do seu filho!

--- Minha mãe é a manu.--- Théo falou com os olhos começando a lacrimejar.

--- Ninguém tá falando com você peste!--- Ariane exclamou apontando o dedo pro Théo.

Antes que eu falasse algo a Manu tomou frente.

--- Olha o jeito que você fala com ele sua descarada.--- Manu se aproximou.--- Você abandona o garoto e depois volta fingindo que nada aconteceu e quer que ele te aceite como mãe?

--- Do que você me chamou sua vadia?--- Ariane perguntou com raiva.

--- Cê me chamou de vadia? Gostei, sabia que é assim que o Lucky me chama na cama?

Eu senti uma vontade imensa em rir agora, mas a minha única reação que eu tive no momento foi tampar os ouvidos do Théo.

--- Idiota.--- Ariane falou nítidamente com raiva.--- Lucky precisamos conversar.

BABÁ DO FILHO DE UM MAFIOSO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora