VOLTA PRA MIM

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• E M A N U E L L Y •

Alguns meses foram passando e minha raiva aumentando cada vez mais.

Aquela mulher vivia me xingando e tentando coisas contra mim, mas sempre tá quando o Lucky não tava perto.

Eu já estava cansada disso tudo, eu queria muito voltar pros braços dele e sentir o toque do mesmo, porém eu tô evitando até olhar para o Lucky.

Eu posso tá fazendo um drama a mais? Sim, mas também eu tenho motivos.

Bato duas vezes na porta do quarto do Lucky mas ele não respondeu nada então eu apenas resolvi abrir.

Assim que entrei no quarto vi ele deitado na cama sem roupa e a Ariane por cima dele tentando arrumar um jeito de beijar o mesmo.

Eu ia apenas sair dali junto com minha frustração, mas antes de virar eu percebi que o Lucky estava com os olhos fechados.

--- O que você fez com ele?--- puxei a loira aguada de cima do Lucky.

--- Eu não fiz nada.--- se ajeitou.--- E o que você tá fazendo aqui, atrapalhando meu momento?

--- Sai daqui agora.--- mandei porém ela ficou parada no mesmo lugar.--- SAI DA MINHA CASA AGORA OU EU LIGO PRA POLÍCIA.--- falei novamente um pouco mais exaltada.

Ela bufou e saiu do quarto, se ela vai embora mesmo eu não tenho nem ideia, mas o que importa agora é ver se o Lucky tá bem.

Cobri ele com um lençol e sentei ao seu lado na cama tentando acorda-lo.

Depois de alguns minutos ele abriu os olhos com dificuldade e eu levantei para fechar a cortina.

--- Por que eu tô pelado?--- perguntou confuso.

--- Ótima pergunta.--- voltei a sentar na cama.--- Eu cheguei aqui e a Ariane tava em cima de você tentando te beijar.

As vezes parece que aquela mulher é uma adolescente de 16 anos.

--- Eu não lembro de nada.--- colocou as mãos na cabeça e fez uma careta de dor.--- Minha cabeça tá latejando.

--- Você saiu pra beber Lucky?--- perguntei séria e ele negou.--- Lucky eu vou repetir, você saiu pra beber ontem?

Ele balançou a cabeça assentindo sem olhar pra mim.

--- Foi só um pouco.--- falou manhoso.

--- Um pouco quanto?

--- Uma...--- começou e eu olhei seria pra ele.--- Cinco garrafas de vodka e dez latinhas de cerveja.

--- Tu quer morrer homem?--- perguntei surpresa pela resposta dele.

Um silêncio se fez no quarto, mas não foi um silêncio perturbador.

--- Manu, me desculpa.--- me olhou fixo.--- Eu não queria ter que esconder nada de você, mas é algo que eu ainda não consigo controlar, querendo ou não o meu pai tem poder sobre mim, eu não me importo com o que ele faz pra mim, mas ele começou a usar você e o Théo como chantagem e isso me abalou demais, eu já não pensava direito.

--- Você podia ter me contado, porque esperou passar tantos meses?

--- Foi nesse tempo que eu percebi que tava fazendo tudo errado, nesses três meses que passaram desde que a Ariane chegou aqui, eu percebi que não consigo viver sem você. Eu te amo demais e me arrependo de todas as vezes que te fiz sofrer.---pegou na minha mão.--- Volta pra mim, por favor Manu.

Minha única reação foi beijar aqueles lábios vermelhos sem pensar em mais nada, apenas na saudade que eu tava dele.

Lucky me puxou para o colo dele, apertando minha cintura e soltando alguns suspiros em meio ao beijo.

Depois que cessou o beijo foi trilhando um caminho de selinhos pelo meu pescoço deixando meu corpo todo arrepiado.

Ele me deitou na cama ficando por cima e colocando as mãos por dentro da minha blusa fazendo a mesma subir aos poucos.

--- T-tranca a p-porta.--- falei com a voz falha enquanto ele mordia meu pescoço.

Ele levantou e foi rapidamente trancar a porta e voltou para cima de mim continuando o que estava fazendo.

BABÁ DO FILHO DE UM MAFIOSO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora