• L U C K Y •
Conforme o combinado, assim que cheguei no aeroporto fui direto buscar o Théo na escola.
Eu tô morrendo de saudade da Manu e do Théo.
--- Uai cadê a Manu?--- Théo perguntou quando entro no carro e colocou o cinto.
--- Tá em casa, eu vim direto te buscar.
Liguei o carro e dirigi direto para casa, demorou apenas quarenta minutos e cheguei em frente a mesma.
Entrei em casa junto com o Théo, as luzes estavam apagadas e a casa em um silêncio perturbante.
Théo nem ligou para nada e subiu as escadas correndo, provavelmente foi ir tomar banho pra dormir.
Rodei pela parte interna da casa procurando a Manu mas não achei ela, observei a porta do meu escritório entreaberta e fui na direção daquele cômodo.
--- Manu?--- falei adentrando o lugar.
Estava tudo escuro, tinha só um desfecho da luz da lua passando pela janela no canto da parede.
Olhei ao redor tentando enxergar o máximo possível mas não deu, liguei a lanterna do meu celular e vi a Manu...
Sentada em uma cadeira com as mãos amarradas na parte de trás e com a cabeça caída, com um pano branco envolvendo sua boca.
Corrido na direção dela e senti um cheiro forte vindo do pano.
Eu não acredito...
Tirei o pano da boca dela, desamarrei as mãos dela e peguei a mesma no coloco levando para fora daquele cômodo.
--- Théo!--- gritei ele.--- Eu vou dar uma saída, sua vó Jajá chega pra ficar com você.
Ouvi ele gritando um "ta" e sai de casa com a Manu no colo colocando ela com cuidado dentro do carro.
Entrei no carro também dirigindo com uma certa velocidade, até chegar no hospital.
Quando uma das recepcionistas viram eu entrando com a Manu no colo chamaram alguns médicos que estavam passando com uma maca, para que eu pudesse colocar ela deitada ali.
--- O que aconteceu?--- um dos homens com jaleco perguntou quando levaram ela.
--- Não sei, eu cheguei em casa e ela já estava desmaiada, eu acho que drogaram ela.--- expliquei tentando conter as lágrimas.
--- Tabom, veremos o que será possível fazer.--- falou se afastando.
--- Doutor!--- chamei fazendo ele se virar.--- Ela tá grávida....
Ele assentiu e voltou a andar rapidamente até a área restrita do hospital.
(...)
Já faz três horas que eu tô aqui e nada.
Ninguém sabe de nada!!!
Sentei na cadeira da recepção apoiando a cabeça nas minhas mãos tentando me acalmar o máximo possível.
--- Sr. Lucchese?--- alguém me chamou com a voz debochada.
Olhei de cima a baixo tentando saber se eu conhecia essa pessoa, até que lembrei quem é o sujeito.
--- Foi você!--- levantei pegando na gola da blusa dele.--- Você fez isso com ela.
--- Me solta desgraçado, eu não fiz sozinho pra você descontar a raiva só em mim.
--- E foi com quem? Com o cachorro da esquina?
--- Se o cachorro da esquina for seu pai....
Eu juro que não quero acreditar que meu pai tem parte nisso, mas é difícil demais ter essa possibilidade em mente.
Eu sei muito bem a pessoa suja que meu pai é.
--- Mas me conta.--- sentou na cadeira em que eu estava.--- A vadia perdeu o bebê?
Antes que eu conseguisse fazer qualquer coisa contra esse imbecil um médico apareceu chamando meu nome.
--- A Emanuelly passa bem.--- falou me aliviando.--- Por muito pouco ela não perdeu o bebê, a droga que usaram nela foi forte e se tivesse demorado só mais um pouco o bebê iria falecer por conta do pouco tempo de gestação.
--- Mas eles estão bem né?--- perguntei apenas para confirmar.
--- Sim, os dois estão bem. Ela só precisa ficar em observação essa noite.
Ele falou o número do quarto dele e eu agradeci muito a Deus por tudo ter ficado bem.
--- Você vai embora daqui, e avisa meu pai que vocês dois vão pagar caro pelo que fizeram com a minha mulher e meu bebê.--- avisei confiante das minhas palavras.
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BABÁ DO FILHO DE UM MAFIOSO 1
Fanfiction[Concluída] Conexões com a máfia?!?! Apenas coincidência ou mero fruto do destino? Uma breve desilusão na qual nada sai como realmente é esperado, história de amor e desastres no qual são levemente suportados, que fim isso terá?