SEUS PAIS

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• L U C K Y •

Eu fiquei pensando por um bom tempo em um assunto bem específico.

Eu nunca vi os pais da Manu e muito menos ela falando sobre. Eu nunca insisti porque achei que um dia ela falasse por conta própria mais isso nunca acontece.

E agora com a pessoa que fica mandando mensagens anônimas eu precisava urgente que alguém ficasse de olhos no Théo e na Manu, além de mim.

--- Tá pensando em que?--- Manu chegou sentando na ponta da minha cama.

--- Nada.--- olhei para a porta esperando o Théo aparecer como sempre, mas ele não veio.--- Cadê o Théo?

--- Você esqueceu?

--- Esqueci o que?

--- Lucky, você tá bem?--- perguntou preocupada.

--- Me fala o que eu esqueci.

--- Hoje é o primeiro dia de aula do Théo.--- assim que ela falou eu me lembrei.--- A van acabou de buscar ele.

--- É mesmo.--- voltei a encarar o teto.

--- Você tá bem?--- Manu perguntou deitando ao meu lado.

--- Eu tava pensando em uma coisa.

--- Em que?

--- Que você nunca mencionou nada da sua família.--- percebi um certo desconforto nela quando eu falei isso.

--- É porque... Não tem importância, eu tô aqui a trabalho.

--- Sério Emanuelly?--- olhei para ela.--- A gente literalmente transou nessa cama bem aqui, e você diz que tá aqui a trabalho?

--- Isso é diferente.

--- Me conta.--- virei para ela e tirei uma mecha de cabelo que tampava o olho dela.

--- É uma longa história.

--- Eu tenho todo o tempo do mundo.

Ela suspirou, com certeza percebendo que eu não ia desistir de tentar saber pelo menos um pouco da família dela.

--- Minha mãe morreu e meu pai...--- hesitou um pouco antes de falar.--- Eu nunca vi ele desde o dia que ele fez um negócio.

Cerrei os olhos na direção dela tentando entender que negócio foi esse que o pai dela fez com ela.

--- O que ele fez com você?

--- E-ele me...---- tentou falar porém não saia nada.

Parei pra raciocinar um pouco e cheguei em uma conclusão.

Mas não podia ser isso.

Eu me recuso a acreditar que um pai fez isso com a própria filha.

--- Ele te...--- ela me olhou.--- Ele te estuprou?

Ela balançou a cabeça assentindo e eu percebi o medo e a confusão que se formava nela só pelo olhar que ela me deu.

Puxei ela para mais perto de mim e dei um forte abraço nela.

--- Desculpa.--- pedi ainda abraçando ela forte.

--- Pelo o que?--- se afastou um pouco e me olhou confusa.--- Você não fez nada.

--- Eu não devia ter insistido.

--- Tá tudo bem, não tinha como você saber.--- ela me deu um beijo calmo.

Eu retribui o ato só que um pouco mais intenso.

Apertei a cintura dela e desci os beijos para o pescoço dela sentido sua pele arrepiar a cada toque meu.

E meu celular vibrou, estragando tudo.

Peguei o celular no criado mudo e vi que era uma foto daquele número desconhecido.

A foto era de ontem a noite, na hora que eu tava com a Manu no escritório, deve ter sido esse o flash que a gente viu.

--- É aquele número?--- Manu perguntou me olhando.

--- É.

--- Isso tá ficando assustador Lucky.

--- Será que não é aquele seu ex que tá com ciúmes?--- perguntei tentando fugir do assunto.

--- A gente nem namorava pra ele ser meu ex.--- fez bico e cruzou os braços.

Eu ri com a atitude dela e dei vários selinhos nela tentando tirar aquela cara de emburrada.

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Em segundos o nosso casal esqueceu das mensagens....

Quem vocês acham que é o número desconhecido????

@dudKZ_

BABÁ DO FILHO DE UM MAFIOSO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora