DEIXA EU CUIDAR DE VOCÊ

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L U C K Y •

Théo subiu junto com a Emanuelly para o andar de cima.

Jackson me encarava com um sorriso nervos.

--- O que você tá fazendo na minha casa?--- perguntei calmo, sem querer arrumar briga.

--- Vim ver minha mina.

--- Ela não é sua.--- cerrei os olhos na direção dele.

--- Não mesmo? Tem certeza?--- se aproximou mais de mim.--- A garota fica que nem uma cadelinha, caindo nas minhas tentações, a bixa é uma vadia que não valoriza o corpo que tem só porque ninguém quer ela.

--- Olha o jeito que você falar dela cara...--- senti uma raiva percorrer meu corpo.--- Se ela ficar sabendo disso.

--- Você acha mesmo que aquela imprestável vai acreditar em você? É só eu falar que é mentira e ela vem correndo para os meus braços.

Olhei para a escada e percebi a Emanuelly parada ali, com os olhos lacrimejando.

Desferi um soco no meio do abdômen do Jackson que fez o mesmo cair para trás e bater a cabeça forte no chão.

Ele levantou com raiva e me deu um soco também. Limpei o sangue que escorria pela minha boca e voltei a bater nele.

O garoto caiu no chão novamente e dessa vez não dei tempo para ele levantar e fiquei em cima dele, dando vários e repetidos socos.

Senti alguém segurar meu braço e por impulso só empurrei para trás.

Assim que ouvi um gritinho de dor vi a Emanuelly sentada no chão com as costas apoiadas na parede.

Eu machuquei ela?

Por um vacilo o Jackson me empurrou e descontou todos os socos que tinha dado nele.

Eu não me importava mais com esse imbecil, só queria saber se ela tava bem...

Consegui me recompor e tirar o idiota de cima de mim pegando pela gola da blusa dele dando uma leve enforcada no mesmo.

--- Vai embora.--- falei firme.

--- Eu já perdi muito tempo aqui.--- resmungou e saiu da minha casa.

Tranquei a porta e fui na direção da Emanuelly que ainda estava no mesmo lugar, só que com a cabeça baixa.

--- Ei...--- levantei o rosto dela.--- Você tá bem?

--- Eu que devia perguntar isso.--- deu um sorriso falso passando a mão pelos meus dedos sujos de sangue.

O toque dela foi pequeno, mas foi o suficiente pra fazer meu corpo se arrepiar e eu não sei porque disso.

Ela levantou e me puxou para o sofá me fazendo sentar ali.

Foi até a cozinha e voltou com a maleta de primeiro socorros na mão.

Emanuelly molhou um algodão no álcool e passou em volta da ferida no meu braço, minha mão e quando ia passar no da minha boca se aproximou um pouco.

--- Não precisa.--- falei segurando seu pulso.

--- Deixa de ser teimoso, você só tá assim por culpa minha.--- tentou passar de novo mas eu impedi.

--- É sério não precisa.

--- Deixar eu cuidar de você Lucky.--- falou calma.--- O Théo não vai gostar de ver o pai dele assim.

Soltei o pulso dela e deixei ela passar o algodão no machucado que tinha no canto da minha boca.

Aquela aproximação....

Eu escolhi ela por um motivo, eu só nunca imaginei que algum dia teria ela.. cuidando de mim?

Por um vacilo eu deixei meus olhos caírem para os lábios dela , e parece que ela percebeu.

--- Por que você tá me olhando assim?--- perguntou se afastando jogando o algodão dentro de uma sacola que estava em cima do sofá.

--- Nada.--- me ajeitei e logo percebi o Théo descendo as escadas.

---Foi a Manu que fez isso?--- o Théo perguntou olhando pra mim.

--- Não, ela não conseguiria fazer nenhum pequeno arranhado.--- falei rindo depois que ela colocou o curativo em mim e deu um tapa na minha testa.

Pera por que eu to rindo?

Cadê sua postura Lucky Lucchese?

BABÁ DO FILHO DE UM MAFIOSO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora