"O meu nome é Sara, mas todos me chamam Sarita. Todos menos ele. Nunca soube o real motivo de ter ficado assim comigo mas adoraria saber, mesmo não tendo a certeza se o perdoava..." - Sara Gouveia
"Eu tive os meus motivos para fazer o que fiz! Talv...
Após longos dias, sempre a estudar para testes e avaliações, resolvi aproveitar as poucas horas de fim de sábado livres e sair com o meu irmão e com a sua namorada.
Assim como qualquer casal, aproveitavam eles também as horas juntos, deixando-me levemente à parte.
— Podem parar de se beijar à minha frente, por favor? — perguntei irónica.
— Cunhadinha, tu tens de arranjar alguém! — agarrou-me, na brincadeira, nas duas mãos a minha cunhada.
— Não tem não! — protestou o meu irmão. Mas logo se calou depois de ouvir um "shiu" da Manita.
Revirei os olhos, nada discretamente, focando o meu olhar em algum outro ponto do restaurante se não o casal apaixonado à minha frente.
Arregalei os olhos e arrependi-me logo de ter vindo sair com eles ao ver quem tinha acabado de entrar pela porta de vidro.
— Diz-me, por favor, que é uma coincidência e não foste tu a chama-lo! — olhei furiosa para o jogador à minha frente.
Nada me respondeu, nem sequer me olhou, dando logo a entender que foi a segunda opção.
Ri-me com sarcasmo e encostei, bruscamente, as costas na cadeira e cruzei os braços em frente ao peito.
— Sarita...eu só o chamei porque tu reclamas sempre que ficas sozinha. — tentou justificar-se. Só piorou.
— E ele era a única opção?! — questionei-lhe irritada. — E mesmo que fosse, não chamavas ninguém, sabes muito bem que dele só quero distância! — calei-me imediatamente ao ver o médio das águias chegar perto da nossa mesa.
Comprimentou toda a gente, no geral, mas não obteve nenhuma resposta da minha parte.
Passei o restante do jantar calada, mal toquei na comida. Era impresionante o quanto me sentia mal perto dele.
Ele que um dia cheguei a considerar meu lar.
Mas nada me preocupa...estamos assim por culpa dele, inteiramente dele, não minha.
Não minto, sinto falta de ser como antes. Muita falta. Mas agora, só desejo nunca lhe ter falado. E é muito mau, é horrível, sentir isso.
Enquanto o meu irmão e o João falavam sobre algum assunto sobre futebol e a minha cunhada falava, fora do restaurante com alguém no telemóvel, agarrei no telemóvel e comecei a mexer nele.
...
_saragouveia_
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