Podia um sonho durar tanto tempo? Um, três, cinco anos?
Meu bebê que ontem engatinhava pela casa já causava confusões na escola. Jade, que ontem era uma menina, hoje só pensa em ficar trancada no quarto no auge da sua rebeldia adolescente. Apesar disso, ela é muito parceira com o pequeno irmão, Guilherme, que, meu Deus, já vai fazer cinco anos!Todas aquelas ameaças de Taís não foram páreo para nós. Ela não tem mais poder algum sobre nossa vida. Vez ou outra temos notícia dela, viajando em mais um dos 190 países.
Nesse dia eu estou especialmente cansada. Desde que Guilherme nasceu, eu trabalho meio período. André faz o possível pra ajudar, mas às vezes, quando tem uma investigação um pouco mais complicada, meus pais ajudam muito com as crianças (na verdade, com a criança, Jade já é uma moça e nem pode desconfiar de que ela ainda segue sendo nossa menina).
Chego em casa e jogo minha bolsa no sofá. Meu pé dói, minhas costas ardem, ali mesmo eu adormeço. Acordo com André balbuciando meu nome.
- Graça, amor? Hora de ir pra cama, não acha?
- Hãn? Quanto tempo dormi?
- O suficiente pra eu não ter mais pena de te acordar. Vem jantar, fiz comida pra você. Já coloquei Guilherme para dormir. - Assenti levemente. Eu estava muito cansada, e André também, mesmo assim, ainda depois de tanto tempo, ele continuava a cuidar de mim.
Jantamos, a comida que estava deliciosa, e depois fomos tomar banho. Jade tinha ido dormir na casa de uma amiga, o que nos rendia um raro momento a sós de noite. André massageava meus cabelos com todo carinho, e em seguida minhas costas.
- Você deve ter se estressado muito, seus músculos estão tensos demais, amor.
- Hoje foi especialmente irritante ter que lidar com esse caso novo do assalto ao banco. Me sinto andando em círculos.
- A gente vai conseguir. Mas, lembra da regra, proibido falar de trabalho em casa.
- E a gente vai falar do quê então? - Me virei de frente para André, que me olhava com admiração.
- Talvez do quanto minha esposa é linda? Do quanto ela é atraente? Maravilhosa? Do quanto eu quero beijá-la?
Era tão acolhedor estar nos braços de André, aquele cheiro que eu conhecia bem, os músculos que eu sabia a textura e o gosto, os braços que eu gostava tanto de me acalentar, era tudo tão nosso, tão meu, que só aquilo poderia me fazer desfazer a tensão após um longo e estressante dia de trabalho. Nossos anos de prática e de duas crianças (agora uma) em casa nos fizeram ser ágeis, e ali mesmo no banheiro André me tomou em seus braços, entrelacei minhas pernas em sua cintura, e logo me vi espremida na parede do banheiro por aquele homem que ainda conseguia me fazer sentir borboletas no estômago.
Depois de um longo e gostoso banho, finalmente fomos dormir.
- Amor, me lembre por favor amanhã de comprar o presente do chá da Alana.
- Meu Deus, já é sábado!
- Sim... você acha que é menino ou menina?
- Não sei, mas estou muito feliz por eles.
- Eu também - disse, enquanto apagava o abajour. Nossos amigos Marcos e Alana estavam grávidos do primeiro bebê, isso não é lindo? - Abracei André e adormeci em seu peito. Esse foi mais um dos dias do nosso felizes para sempre. E eu amo cada pedaço dele.
FIM!!
Muito obrigada a quem acompanhou essa história até aqui! Peço desculpas por ter deixado ela um pouco de lado. Eu tive muitos percalços, mas finalmente terminei. Querem ver mais histórias? Deixem nos comentários. Gostaram do desfecho do nosso casal? Aceito feedbacks, mas sejam gentis <3 Um beijo!
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Entre a paixão e a razão - André e Graça
FanfictionAndré não consegue parar de pensar na sua nova colega de trabalho, Graça. Após anos fechado para o amor e focado em ser um bom pai para Jade, sua filha, o delegado precisa se decidir entre se declarar para a moça, ou ser profissional, pois começar u...